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Festival Mozart no ano I de Paolo Pinamonti
Edição 2008 do evento é a primeira programada por ex-director do São Carlos
Em vésperas do arranque do Festival Mozart da Corunha 2008, o primeiro que programou, Paolo Pinamonti está optimista: "Os dados mais recentes indicam um aumento em 15% das assinaturas em relação ao ano passado!" E contente: "A população vive o festival como um momento altamente simbólico e identitário da sua cidade." Além disso, "esta edição coincide com os 800 anos da Corunha".
A "marca" de Pinamonti é-nos familiar: "A fisionomia particular que pretendo dar ao Festival passa por oferecer um momento de reflexão sobre o 'teatro de encenação'." Razão por que entende a programação deste ano como "parte de um todo trienal [duração do seu contrato], em que iremos homenagear, sucessivamente, vários grandes encenadores". Discrimina: "Este ano, Giorgio Streh- ler e Herbert Wernicke; em 2009, Graham Vick - uma grande homenagem nos seus 30 anos de carreira - e Klaus-Michael Gruber e Stéphane Braunschweig em 2010."
Novidades por si introduzidas são "a simultaneidade de duas diferentes produções de ópera, o que nunca havia acontecido antes na Corunha", também "a figura do artista-residente, que será o pianista Piotr Anders- zewski"; finalmente, "a presença de um compositor, que será Maurício Kagel, que virá pela primeira vez cá dirigir um concerto com obras suas".
Face ao São Carlos [de que foi director de 2001 a 2007], um festival "oferece um modelo muito diferente de produção", centrado num "momento de grande intensidade com um mês de duração" por oposição a uma temporada. "É muito simpático", diz, ter o festival distribuído por três teatros e também ajuda "saber o orçamento com grande antecedência"... Este é de 2,5 milhões de euros e "destina-se só às produções, artistas convidados e técnicos contratados para as produções líricas". Pinamonti quer "inscrever o festival no quadro dos festivais europeus de Verão" e desenvolver "colaborações, para já, com os congéneres de Aix- -en-Provence e Schwetzingen".
Veria "com muito prazer" parcerias com instituições portuguesas: "partilha de produções ou concertos recíprocos, por exemplo, da Sinfónica da Galiza e da Nacional do Porto: são menos de 300 km - era fácil!".
O Festival Mozart da Corunha prolonga-se até dia 28 de Junho.
DN
Edição 2008 do evento é a primeira programada por ex-director do São Carlos
Em vésperas do arranque do Festival Mozart da Corunha 2008, o primeiro que programou, Paolo Pinamonti está optimista: "Os dados mais recentes indicam um aumento em 15% das assinaturas em relação ao ano passado!" E contente: "A população vive o festival como um momento altamente simbólico e identitário da sua cidade." Além disso, "esta edição coincide com os 800 anos da Corunha".
A "marca" de Pinamonti é-nos familiar: "A fisionomia particular que pretendo dar ao Festival passa por oferecer um momento de reflexão sobre o 'teatro de encenação'." Razão por que entende a programação deste ano como "parte de um todo trienal [duração do seu contrato], em que iremos homenagear, sucessivamente, vários grandes encenadores". Discrimina: "Este ano, Giorgio Streh- ler e Herbert Wernicke; em 2009, Graham Vick - uma grande homenagem nos seus 30 anos de carreira - e Klaus-Michael Gruber e Stéphane Braunschweig em 2010."
Novidades por si introduzidas são "a simultaneidade de duas diferentes produções de ópera, o que nunca havia acontecido antes na Corunha", também "a figura do artista-residente, que será o pianista Piotr Anders- zewski"; finalmente, "a presença de um compositor, que será Maurício Kagel, que virá pela primeira vez cá dirigir um concerto com obras suas".
Face ao São Carlos [de que foi director de 2001 a 2007], um festival "oferece um modelo muito diferente de produção", centrado num "momento de grande intensidade com um mês de duração" por oposição a uma temporada. "É muito simpático", diz, ter o festival distribuído por três teatros e também ajuda "saber o orçamento com grande antecedência"... Este é de 2,5 milhões de euros e "destina-se só às produções, artistas convidados e técnicos contratados para as produções líricas". Pinamonti quer "inscrever o festival no quadro dos festivais europeus de Verão" e desenvolver "colaborações, para já, com os congéneres de Aix- -en-Provence e Schwetzingen".
Veria "com muito prazer" parcerias com instituições portuguesas: "partilha de produções ou concertos recíprocos, por exemplo, da Sinfónica da Galiza e da Nacional do Porto: são menos de 300 km - era fácil!".
O Festival Mozart da Corunha prolonga-se até dia 28 de Junho.
DN