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Fim de linha para Blatter, que mandou na FIFA sem rivais

kokas

GF Ouro
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Dirigente suíço estava na presidência há 17 anos e esteve outros 17 como secretário-geral.
Reeleito sexta-feira para mais quatro anos como presidente da FIFA, Joseph Blatter só sobreviveu quatro dias à imensa onda de contestação, sem tréguas desde que a organização se viu enredada no maior escândalo de corrupção da sua história.



Para o velho dirigente suíço, de 79 anos, é o fim do caminho no comando do futebol mundial. Inesperadamente, convoca uma reunião magna para a sua sucessão, no final do ano ou início de 2016, e diz que, desta vez, não é candidato.

O quinto mandato do Sepp Blatter fica assim consideravelmente encurtado e a saída é pela porta pequena, mesmo que, pelo menos na aparência, saia pelo seu próprio pé.
É um longo reinado que chega ao fim e Blatter fica necessariamente ligado a tudo o que de bom e mau aconteceu na FIFA nos últimos 35 anos. Indigitado para secretário-geral em 1981, esteve 17 anos ao lado do brasileiro João Havelange, o presidente que lhe cedeu a cadeira em 1998.
Nascido a 10 de março de 1936 na pequena cidade de Visp, Blatter tem uma vida ligada ao futebol desde 1948. Primeiro como jogador dos campeonatos amadores, até 1971, depois, e ainda antes de chegar à FIFA, como dirigente do Neuchatel Xamax, até 1975.
Paralelamente, formou-se em Administração e Economia em Lausana (após passagens por Sion e St. Maurice) e iniciou a vida profissional nas Relações Públicas do Conselho de Turismo do cantão de Valais.
A primeira ligação ao dirigismo desportivo não foi no Neuchatel Xamax, mas sim na Federação de Hóquei sobre o Gelo da Suíça, em 1964. E continuou depois, na Longines, em 1968, onde assumiu funções de direção na Cronometragem e também nas Relações Internacionais.
A marca suíça de relógios permitiu-lhe estar nos Jogos Olímpicos de 1972 e 1976, onde começou a tecer a sua enorme teia de contactos, nomeadamente no que toca ao futebol. Fluente em cinco línguas - alemão, francês, italiano, inglês e espanhol, percebeu-se logo que era um mestre em gerir influências.
Na FIFA, sai no meio da maior crise da instituição, mas se recuarmos ao início do seu consulado já se detetavam sinais de que as coisas não estavam sempre bem.
Em 2002, Michel Zen-Ruffinen, então secretário-geral da FIFA, entrou em choque público com Blatter, aquando da primeira reeleição. Considerou-a conseguida à base de subornos e dizia-se pronto a apresentar documentos a comprovar má gestão dos recursos financeiros.
Ao mesmo tempo, os membros do comité executivo da FIFA apresentavam queixa em tribunal contra Blatter, justamente por desvio de fundos, mas um acordo extrajudicial deixou tudo como estava e Blatter cada vez mais reforçado.
Em 2002, ainda teve uma ténue oposição para a presidência, protagonizada pelo camaronês Issa Haatou. Em 2007, ninguém o tentou derrotar e, em 2011, apareceu na corrida Mohamed Bin Hammam, do Qatar, que seria expulso da FIFA, acusado de corrupção.
O estilo imperial ia-se acentuado e já em 2004 despertava a ira do futebol feminino, quando insinuou que as jogadoras deveriam vestir calções mais justos, como no voleibol
Mas o que marca mesmo os últimos anos da sua passagem pela cadeira de presidente da FIFA são as sucessivas insinuações de corrupção generalizada, nomeadamente quanto à atribuição dos Mundiais de futebol à Rússia e, sobretudo, ao Qatar.
O Mundial de 2022 começou a dar celeuma desde a primeira hora da escolha e Bin Hamman foi expulso pelo Comité de Ética da FIFA. Mas a Blatter o escândalo não chegou, mesmo que se dissesse que, pelo menos, sabia das 'luvas' pagas pelo Qatar e não agiu.
A idade e os 'casos' mais recentes levaram-no a assumir que a eleição de 2011 era a última. Mas mudou de ideias e avançou para um quinto mandato, este ano, numa corrida em que só enfrentou o príncipe jordano Ali bin Al Hussein.
Pelo caminho ficaram os outros pré-candidatos, entre os quais o português Luís Figo, que voltaram a insistir na tecla da falta de credibilidade da eleição e de que se tratava de um processo 'viciado' à partida.
A semana passada acabou por ser a pior da vida de Blatter, com a polícia a entrar pelos hotéis de Zurique e a prender sete dirigentes da FIFA.
Tudo aconteceu a mando da Justiça dos Estados Unidos - com acusações de associação criminosa e corrupção, mas é certo também que a Suíça prossegue a sua própria investigação sobre a FIFA e que mais notícias poderão acontecer, nos próximos tempos.
Ainda assim, num ambiente antes impensável, Blatter acabou por ir a votos, na sexta-feira, e quase chegou aos dois terços na primeira contagem de votos. Não foi feita segunda volta, porque Ali bin Al Hussein renunciou.
Recém-eleito defendeu que para estes tempos "o futebol precisa de um líder forte e experiente, que o conheça por dentro e por fora", mas acabou por ser uma vitória de Pirro e sem futuro.
"Crise, o que que uma crise? O futebol não está em crise", dizia Blatter em 2011, quando acabou por 'rolar a cabeça' de Bin Hamman. Quatro anos depois, quando percebe que perdeu muitos apoios, como o do antigo amigo Michel Platini, presidente da UEFA, consciencializa-se que a crise existe mesmo e é grande, e que o futuro não passa por ele.



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kokas

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FIFA: Blatter está sob investigação, garante televisão americana

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Joseph Blatter, que esta terça-feira se demitiu da presidência da FIFA, está a ser investigado pelo FBI e pela procuradoria-geral norte-americana no âmbito do escândalo de corrupção que envolve o organismo que tutela o futebol mundial, avança a ABC News.

Fonte ligada ao processo garantiu à cadeira de televisão que Blatter estará na mira das autoridades, uma vez que estará envolvido nas ligações que levaram à detenção de vários dirigentes da FIFA.

O FBI recusou comentar o assunto, alegando que Blatter não foi publicamente identificado como alvo da investigação.

Ainda assim, várias fontes asseguram que os agentes federais estão a lidar com o assunto da mesma forma como fariam num qualquer caso de extorsão.

«Agora que as pessoas vão querer salvar-se, provavelmente vai haver uma corrida para ver quem o vai [Blatter] atingir primeiro», assegurou fonte citada pela ABC News.



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kokas

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Como o mundo viu a demissão de Joseph Blatter

Joseph Blatter demitiu-se, esta terça-feira, da presidência da FIFA na sequência dos escândalos que abalaram o edifício que tutela o futebol mundial.

O assunto merece destaque na imprensa internacional, que faz alusão ao momento e coloca-o em plano de evidência.
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