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França garante envio de tropas para Polónia em menos de 30 dias em caso de ataque
Macron insistiu na convicção de que é necessário avançar para "uma Europa da defesa que não seja uma alternativa à NATO", a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A França enviará tropas para ajudar a Polónia no prazo de 30 dias em caso de ataque, garantiu esta sexta-feira o Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a apresentação de um acordo de cooperação bilateral, sobretudo na área da defesa.
Macron compareceu perante a imprensa ao lado do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, durante a assinatura do acordo na cidade de Nancy, no nordeste de França, e insistiu na sua convicção de que é necessário avançar para "uma Europa da defesa que não seja uma alternativa à NATO", a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Questionado sobre o compromisso de prestar assistência militar à Polónia em menos de 30 dias, em caso de ameaça, o Presidente francês respondeu: "Não tenho dúvidas de que essa intervenção seria possível".
E, para o provar, refere a agência noticiosa espanhola EFE, Macron recordou os cinco dias que a França demorou a enviar tropas para a Roménia, no flanco oriental da NATO, aquando da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Por outro lado, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP), o tratado, semelhante aos já assinados pela França com a Alemanha, Itália e Espanha, foi rubricado no Hôtel de Ville de Nancy, na Lorena, cidade que se tornou refúgio do rei Estanislau após o seu exílio forçado da Polónia pelas tropas russas e austríacas no século XVIII.
Macron insistiu que os "interesses vitais" da França, que constituem a base da sua estratégia de dissuasão nuclear, também incluem os dos seus "principais parceiros" na Europa.
"Desde os anos 1960, com as palavras do general [Charles] de Gaulle, a dimensão europeia desta dissuasão foi afirmada e foi constantemente reafirmada por todos os meus antecessores e eu próprio pude fazê-lo", recordou Macron, ladeado por Tusk.
"Os interesses dos nossos principais parceiros estão integrados nos nossos interesses vitais" definidos pela doutrina nuclear, disse Macron em resposta a uma pergunta sobre se o "guarda-chuva atómico francês" protegerá os parceiros da França no caso de um ataque externo.
Macron acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de estar "do lado da guerra", acrescentando que aqueles que acreditam no contrário "estão por sua conta".
"O Presidente Putin está do lado da guerra, não do lado da paz e aqueles que acreditavam que ele desejava a paz, estão enganados", afirmou.
Por seu lado, Tusk considerou ser "uma vergonha" assistir ao desfile de 09 de maio em Moscovo, que comemora a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, na Segunda Guerra Mundial (1939/1945).
Nesse sentido, criticou os dirigentes que se deslocaram a Moscovo para assistir às cerimónias desta sexta-feira, incluindo a parada militar, afirmando que estavam "envergonhados" com a sua presença no evento.
"A presença no desfile do Dia da Vitória daqueles que bombardeiam cidades, hospitais e infantários e que, nos últimos três anos, causaram a morte de mais de um milhão de pessoas ou ferimentos graves [...] é uma vergonha", disse Tusk à imprensa em Nancy, França.
Entre os presentes estiveram ao lado de Putin nas bancadas da Praça Vermelha, os Presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula da Silva, bem como os chefes de Estado do Cazaquistão, Bielorrússia, Vietname, Arménia, Cuba e Venezuela.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, - desafiando as posições da União Europeia (UE) - e o chefe de Estado sérvio, Aleksandar Vucic, também estiveram presentes, assim como o Presidente dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik, procurado pela justiça da Bósnia.
Correio da Manhã

Macron insistiu na convicção de que é necessário avançar para "uma Europa da defesa que não seja uma alternativa à NATO", a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A França enviará tropas para ajudar a Polónia no prazo de 30 dias em caso de ataque, garantiu esta sexta-feira o Presidente francês, Emmanuel Macron, durante a apresentação de um acordo de cooperação bilateral, sobretudo na área da defesa.
Macron compareceu perante a imprensa ao lado do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, durante a assinatura do acordo na cidade de Nancy, no nordeste de França, e insistiu na sua convicção de que é necessário avançar para "uma Europa da defesa que não seja uma alternativa à NATO", a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Questionado sobre o compromisso de prestar assistência militar à Polónia em menos de 30 dias, em caso de ameaça, o Presidente francês respondeu: "Não tenho dúvidas de que essa intervenção seria possível".
E, para o provar, refere a agência noticiosa espanhola EFE, Macron recordou os cinco dias que a França demorou a enviar tropas para a Roménia, no flanco oriental da NATO, aquando da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Por outro lado, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP), o tratado, semelhante aos já assinados pela França com a Alemanha, Itália e Espanha, foi rubricado no Hôtel de Ville de Nancy, na Lorena, cidade que se tornou refúgio do rei Estanislau após o seu exílio forçado da Polónia pelas tropas russas e austríacas no século XVIII.
Macron insistiu que os "interesses vitais" da França, que constituem a base da sua estratégia de dissuasão nuclear, também incluem os dos seus "principais parceiros" na Europa.
"Desde os anos 1960, com as palavras do general [Charles] de Gaulle, a dimensão europeia desta dissuasão foi afirmada e foi constantemente reafirmada por todos os meus antecessores e eu próprio pude fazê-lo", recordou Macron, ladeado por Tusk.
"Os interesses dos nossos principais parceiros estão integrados nos nossos interesses vitais" definidos pela doutrina nuclear, disse Macron em resposta a uma pergunta sobre se o "guarda-chuva atómico francês" protegerá os parceiros da França no caso de um ataque externo.
Macron acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de estar "do lado da guerra", acrescentando que aqueles que acreditam no contrário "estão por sua conta".
"O Presidente Putin está do lado da guerra, não do lado da paz e aqueles que acreditavam que ele desejava a paz, estão enganados", afirmou.
Por seu lado, Tusk considerou ser "uma vergonha" assistir ao desfile de 09 de maio em Moscovo, que comemora a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, na Segunda Guerra Mundial (1939/1945).
Nesse sentido, criticou os dirigentes que se deslocaram a Moscovo para assistir às cerimónias desta sexta-feira, incluindo a parada militar, afirmando que estavam "envergonhados" com a sua presença no evento.
"A presença no desfile do Dia da Vitória daqueles que bombardeiam cidades, hospitais e infantários e que, nos últimos três anos, causaram a morte de mais de um milhão de pessoas ou ferimentos graves [...] é uma vergonha", disse Tusk à imprensa em Nancy, França.
Entre os presentes estiveram ao lado de Putin nas bancadas da Praça Vermelha, os Presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula da Silva, bem como os chefes de Estado do Cazaquistão, Bielorrússia, Vietname, Arménia, Cuba e Venezuela.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, - desafiando as posições da União Europeia (UE) - e o chefe de Estado sérvio, Aleksandar Vucic, também estiveram presentes, assim como o Presidente dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik, procurado pela justiça da Bósnia.
Correio da Manhã