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Fundação Champalimaud em projeto europeu para reproduzir cérebro humano em computador

Amoom

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A Fundação Champalimaud anunciou hoje a sua participação num projeto europeu "ambicioso" que reproduzirá um modelo do cérebro humano em computador e a criação de uma equipa para tratar o cancro colo-retal de forma menos invasiva e mutiladora.

No final de uma reunião do Conselho de Curadores da Fundação Champalimaud (FC), a presidente, Leonor Beleza, revelou que dois investigadores do programa de neurociências da fundação fazem parte do "Human Brain Project", um projecto com o objetivo "extremamente ambicioso" de fazer um modelo em computador do cérebro humano.Este "grande empreendimento europeu" é um projecto de investigação que abrange 200 investigadores em todo o continente e 80 laboratórios diferentes, deverá durar 10 anos e será financiado por mil milhões de euros, acrescentou.Outra novidade apresentada hoje por Leonor Beleza foi a criação de uma equipa para trabalhar na área do cancro colo-retal, sob a direcção de um médico do Reino Unido, "considerado o papa da cirurgia colo-retal, que introduziu técnicas muito menos mutilantes do que tradicionalmente são"."Acabámos de constituir uma equipa para abordar o cancro colo-retal", afirmou, explicando que este grupo de trabalho nasceu da vontade de "investir de maneira particular na área do cancro colo-retal, um cancro com grande incidência em Portugal, que causa grande mortalidade, causa muito sofrimento e muita mutilação na forma como é normalmente abordado"."Muitas vezes a cirurgia afecta funções essenciais das pessoas e fá-las passar a viver com muito menos qualidade de vida", afirmou, justificando assim a necessidade que a fundação sentiu de procurar formas menos mutilantes de abordagem e que preservem as condições das pessoas, não investindo imediatamente, e enquanto for possível, com meios de tratamento de cancro que são invasivos.Trata-se de uma técnica baseada numa vigilância activa e que só recorre a um ataque de forma agressiva se o cancro se apresentar também de forma muito agressiva e for necessário intervir imediatamente.E mesmo nestes casos -- destaca a presidente -- em que é necessário uma abordagem de carácter cirúrgico, o objectivo é tentar que esta "preserve as funções essenciais das pessoas e não lhes cause mutilação para o resto da vida".O agora director da Unidade de Cancro Colo-Retal da FC, Bill Heald, explicou aos jornalistas que o ponto está em não fazer a cirurgia rapidamente, mas "devagar, cuidadosamente e removendo de forma segura uma parte muito precisa, que controle todo o cancro". No entanto, sublinha, por melhor trabalho que o cirurgião faça, há áreas do cancro espalhadas localmente que não vão ficar controladas e, nestes casos, é necessário recorrer a tratamentos com radiação, guiados através de imagem por ressonância magnética."É uma ideia revolucionária que destrói o tumor, com imagens bem focalizadas em áreas de destruição muito bem mapeadas", explicou.O especialista faz a comparação com a diferença entre um "horrível bombardeamento" que destrói toda uma cidade e o envio de um míssil guiado que apenas atinge a base militar, o que "com esta máquina é possível" para o cancro.Relativamente à criação de uma escola para formação de profissionais em radioterapia com recurso ao acelerador linear, anunciada pela presidente da FC em 2012, Leonor Beleza anunciou que "o primeiro curso terá lugar a seguir ao verão".Lusa/SOL


 
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