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G7: entre cerveja, chapéus bávaros, sanções à Rússia e muitos protestos

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Set 27, 2006
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Merkel e Obama tomaram um pequeno-almoço de salsichas, pretzels e cerveja

Presidente dos EUA apelou a líderes da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá para se imporem perante "a agressão russa na Ucrânia". Grécia e ambiente também estiveram na agenda.
Para Angela Merkel e Barack Obama, o dia começou com um pequeno-almoço de cerveja, salsichas e pretzels na aldeia de Krün. Foi aí que a chanceler alemã levou o presidente americano para conhecer um pouco mais da cultura alemã, mostrando ao mundo que a relação não ficou afetada pelo escândalo de espionagem em massa de cidadãos alemães pelos serviços secretos americanos. Sentado entre habitantes de chapéu bávaro e traje tradicional, Obama até brincou dizendo que não sairia da Alemanha sem comprar uns calções de pele. Mas antes disso, os dois líderes tiveram de se juntar aos restantes dirigentes do G7 reunidos no castelo de Elmau para uma cimeira de dois dias.



E o primeiro foi dominado pelos apelos ao reforço das sanções à Rússia. Membro do G8, esta foi suspensa em 2014 depois da anexação da Crimeia e do alegado envolvimento na guerra no Leste da Ucrânia, em que o Ocidente acusa Moscovo de apoiar os separatistas pró-russos. À chegada à Baviera, Obama apelou aos líderes de Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão para que se imponham perante "a agressão russa na Ucrânia". Mais tarde, a Casa Branca emitiu um comunicado em que defende que "a duração das sanções deve estar ligada à implementação completa dos acordos de Minsk e ao respeito pela soberania ucraniana". Assinados em setembro na capital bielorrussa, estes acordos previam o estabelecimento de uma zona-tampão de 30 quilómetros entre o exército ucraniano e os separatistas apoiados por Moscovo no Leste do país. Mas nas últimas semanas os combates voltaram a ganhar intensidade.

As sanções, que o primeiro-ministro David Cameron admitiu terem "um impacto em todos nós", expiram em julho. E num momento em que alguns países da União Europeia parecem inclinados em deixar de apoiar as sanções a Moscovo, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond, lembrou na BBC que "temos de enviar um sinal claro à Rússia de que não a vamos deixar ultrapassar as nossas linhas vermelhas. Mas ao mesmo tempo temos de perceber que os russos sentem que estão cercados e sob ataque e não queremos provocações desnecessárias". Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk - que participa na cimeira com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker -, afirmou que se alguém quer reabrir o debate sobre alterar as sanções [à Rússia], "a discussão será sempre no sentido de as reforçar". No sábado, Vladimir Putin garantira que a Rússia não constitui "uma ameaça" para o Ocidente. Numa entrevista ao diário italiano Corriere della Sera, o presidente russo afirmou: "Só se for louco, e apenas em sonhos alguém pode imaginar que a Rússia, de repente, vá atacar os países da NATO."



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