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Grupo chinês Wingtech garante fornecimento de 'chips' aos clientes
Empresa informou que a Nexperia Países Baixos deixou de enviar as pastilhas de silício utilizadas para fabricar 'chips' alegando supostos pagamentos em atraso.
O grupo chinês Wingtech Semiconductor garantiu este domingo que poderá manter o fornecimento de 'chips' aos clientes, apesar da interrupção dos envios da filial holandesa Nexperia, centro de uma disputa comercial entre a China e os Países Baixos.
Numa carta enviada aos clientes, a Wingtech informou que a Nexperia Países Baixos deixou de enviar, em 26 de outubro, as pastilhas de silício utilizadas para fabricar 'chips' para a fábrica de montagem e testes na cidade chinesa de Dongguan, alegando supostos pagamentos em atraso por parte da administração local.
A casa-mãe chinesa classificou as acusações como "falsas" e afirmou que, pelo contrário, é a Nexperia que mantém dívidas com a fábrica de Dongguan no valor de cerca de 1 bilião de yuans (121 milhões de euros).
A Wingtech garante ter acumulado inventários suficientes de componentes acabados e em processo "para satisfazer as encomendas até ao final do ano e além".
A empresa acrescentou que implementou planos de contingência para reforçar a produção e evitar perturbações futuras, num momento em que os fabricantes de automóveis europeus alertam para possíveis paralisações das linhas de montagem devido à falta de componentes.
O conflito teve início no final de setembro, quando o governo dos Países Baixos interveio na Nexperia, alegando motivos de segurança nacional e a necessidade de impedir a transferência de tecnologia para a China.
Em resposta, Pequim proibiu a exportação de 'chips' fabricados pela empresa a partir da fábrica chinesa, uma medida que afetou o abastecimento mundial.
Este sábado, o Ministério do Comércio chinês anunciou que concederá isenções às exportações de empresas que cumpram determinados requisitos para aliviar a crise, enquanto a Comissão Europeia confirmou que a suspensão chinesa do controlo à exportação de materiais estratégicos também se aplica à União Europeia.
O Ministério do Comércio da China afirmou através de um comunicado que "a interferência inadequada do Governo holandês nos assuntos internos da empresa provocou o atual caos nas cadeias globais de produção e abastecimento" e sublinhou que a China, como "país responsável", está a considerar medidas para garantir a estabilidade das cadeias industriais.
"Convidamos as empresas que enfrentam dificuldades reais a contactar o Ministério ou as autoridades locais competentes. Consideraremos as circunstâncias e concederemos isenções de exportação às que cumprirem os requisitos", indicou o comunicado.
A Nexperia, fundada na cidade holandesa de Nimega e adquirida pela Wingtech em 2019, produz semicondutores de uso comum em automóveis e aparelhos eletrónicos.
A fábrica em Dongguan, no sul da China, mantém operações limitadas desde a imposição das proibições de exportação.
Correio da Manhã
Empresa informou que a Nexperia Países Baixos deixou de enviar as pastilhas de silício utilizadas para fabricar 'chips' alegando supostos pagamentos em atraso.
O grupo chinês Wingtech Semiconductor garantiu este domingo que poderá manter o fornecimento de 'chips' aos clientes, apesar da interrupção dos envios da filial holandesa Nexperia, centro de uma disputa comercial entre a China e os Países Baixos.
Numa carta enviada aos clientes, a Wingtech informou que a Nexperia Países Baixos deixou de enviar, em 26 de outubro, as pastilhas de silício utilizadas para fabricar 'chips' para a fábrica de montagem e testes na cidade chinesa de Dongguan, alegando supostos pagamentos em atraso por parte da administração local.
A casa-mãe chinesa classificou as acusações como "falsas" e afirmou que, pelo contrário, é a Nexperia que mantém dívidas com a fábrica de Dongguan no valor de cerca de 1 bilião de yuans (121 milhões de euros).
A Wingtech garante ter acumulado inventários suficientes de componentes acabados e em processo "para satisfazer as encomendas até ao final do ano e além".
A empresa acrescentou que implementou planos de contingência para reforçar a produção e evitar perturbações futuras, num momento em que os fabricantes de automóveis europeus alertam para possíveis paralisações das linhas de montagem devido à falta de componentes.
O conflito teve início no final de setembro, quando o governo dos Países Baixos interveio na Nexperia, alegando motivos de segurança nacional e a necessidade de impedir a transferência de tecnologia para a China.
Em resposta, Pequim proibiu a exportação de 'chips' fabricados pela empresa a partir da fábrica chinesa, uma medida que afetou o abastecimento mundial.
Este sábado, o Ministério do Comércio chinês anunciou que concederá isenções às exportações de empresas que cumpram determinados requisitos para aliviar a crise, enquanto a Comissão Europeia confirmou que a suspensão chinesa do controlo à exportação de materiais estratégicos também se aplica à União Europeia.
O Ministério do Comércio da China afirmou através de um comunicado que "a interferência inadequada do Governo holandês nos assuntos internos da empresa provocou o atual caos nas cadeias globais de produção e abastecimento" e sublinhou que a China, como "país responsável", está a considerar medidas para garantir a estabilidade das cadeias industriais.
"Convidamos as empresas que enfrentam dificuldades reais a contactar o Ministério ou as autoridades locais competentes. Consideraremos as circunstâncias e concederemos isenções de exportação às que cumprirem os requisitos", indicou o comunicado.
A Nexperia, fundada na cidade holandesa de Nimega e adquirida pela Wingtech em 2019, produz semicondutores de uso comum em automóveis e aparelhos eletrónicos.
A fábrica em Dongguan, no sul da China, mantém operações limitadas desde a imposição das proibições de exportação.
Correio da Manhã