• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Guerra entre GNR e PJ promete continuar acesa

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
A polémica está instalada, sobretudo entre as chefias da GNR e da PJ na detenção de incendiários. Os dois ministérios envolvidos desvalorizam oficialmente a questão e apontam para o cumprimento da lei.

Militares da GNR e inspetores da Polícia Judiciária no terreno garantem que não está em causa a relação profissional, mas a disputa mediática entre as chefias nacionais. Cada uma reclama para si a ação de detenção de presumíveis incendiários, mas a Polícia Judiciária (PJ), quinta-feira, nos dois comunicados que enviou sobre detenções de incendiários, refere em ambos "a colaboração da GNR".
O JN apurou que o comandante da GNR, general Newton Parreira, decidiu ordenar verbalmente aos guardas para não prestarem quaisquer informações aos inspetores da Polícia Judiciária, depois de várias situações de divulgação pública em que a PJ, alegadamente, ignorou o papel dos militares da GNR. Uma decisão tomada após uma reunião entre chefias de ambas as forças policiais com a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Um dos casos mais claros de mal-estar pelo "esquecimento" por parte da PJ, terá sido no incêndio no Caramulo, em que os militares da GNR conseguiram identificar um suspeito, mas depois os "louros" ficaram na PJ.
Porém, houve várias reações à ordem interna da GNR. Em alguns postos da GNR, os guardas continuam, segundo fonte da PJ, a partilhar a informação. Noutros ainda, produziram eles mesmos o comunicado reivindicando as detenções. Por exemplo, na zona da Póvoa de Varzim, Marco de Canaveses e Amarante, quando inspetores da PJ chegaram a um posto da GNR, foram informados da proibição de entregar cópia do expediente. Mesmo depois da polémica, divulgada pelo JN, fonte da GNR garantiu que vai continuar a manter a ordem de entregar os detidos por fogos florestais ao Ministério Público e não diretamente à Polícia Judiciária
De acordo com as mesmas fontes, a GNR entende não estar a violar a Lei da Organização da Investigação Criminal (LOIC), uma vez que apenas os crimes de fogos com dolo são da competência da Judiciária, tal como prevê o diploma. Ora, não é possível, entendem as mesmas fontes, que durante uma detenção se venha de imediato a perceber que o incêndio foi causado por dolo, e essa qualificação é da competência do Ministério Público.


jn
 
Topo