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Guerra na Geórgia - Ossétia do Sul

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Forças georgianas retomam controlo de Gori

As forças georgianas retomaram, esta quinta-feira, o controlo de Gori, depois da partida das tropas russas, segundo informações oficiais. Entretanto, ainda não existem sinais de que a ajuda humanitária possa começar a chegar ao país.

As forças georgianas retomaram o controlo da cidade de Gori, perto da república separatista da Ossétia do Sul, depois da partida das tropas russas, anunciou esta quinta-feira o ministério do Interior georgiano.

Num serviço especial para a TSF, o jornalista do Diário Económico Luís Rego, que se encontra na Geórgia, confirmou que «as forças policiais georgianas, não militares, que estavam em Tbilissi e nos arredores estão a chegar a Gori para restabelecer a ordem» na cidade.

Esta acção decorre numa altura em que a maior parte das tropas russas saíram daquela região, prevendo-se que a retirada fique concluída ao longo desta quinta-feira, acrescentou.

Luís Rego acrescentou que existe um «render de guarda entre as tropas russas e as forças policiais georgianas que contrasta fortemente com os combates dos últimos dias e com o caos que ocorreu quinta-feira em Gori e nas suas imediações».

Segundo habitantes de Gori, que quarta-feira fugiram da localidade, a cidade sofreu pilhagens e violência quando as tropas russas entraram com forças da Ossétia do Sul.

Entretanto, ainda não há sinal de que a ajuda humanitária possa começar a chegar às populações do país, no dia em que está prevista a chegada da assistência humanitária norte-americana composta por mais de 45 toneladas de comida que vão ser distribuídos em campos de refugiados nos arredores de Tbilissi.

TSF
 

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Estados Unidos e Rússia no limiar de uma nova guerra fria

A imprensa russa de hoje escreve que o Ocidente pretende castigar a Rússia pela ingerência no conflito entre a Georgia e a Ossétia do Sul.

Segundo os jornais da manhã, os Estados Unidos tentarão isolar internacionalmente a Rússia, o que poderá originar uma nova guerra fria.

"Entre Washington e Moscovo começou de facto uma guerra fria. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, deu uma resposta dura a George Bush e, como resposta, a Casa Branca ameaça a Rússia com o isolamento internacional e o início da exclusão do país de organizações internacionais", escreve o diário electrónico gazeta.ru.

Este jornal considera que se trata da maior crise nas relações entre a Rússia e o Ocidente depois da crise da Jugoslávia, quando os países da NATO bombardearam esse país dos Balcãs.

O Nezavissimaia gazeta, no artigo "Washington tenta castigar Moscovo", escreve que "a primeira sanção contra a Rússia foi a suspensão da participação dos países da NATO nas manobras conjuntas com a Rússia no Mar do Japão".

"Além disso, pretendem anular o convite à Rússia para participar nas próximas manobras navais no Mar Negro", acrescenta o diário.

"Os Estados Unidos enviaram para a Geórgia um avião militar S-17 com ajuda humanitária... Bush anunciou que Washington irá prestar ajuda a Tbilissi, para onde já enviou Condolizza Rice. A sua tarefa é levantar o mundo livro em defesa da Geórgia", considera o diário Kommersant.

O jornal Novie Izvestia chama a atenção para o facto de a Europa do Leste ter também manifestado solidariedade com a Geórgia.

"Os presidentes da Ucrânia, Polónia, Lituânia, Estónia e o primeiro-ministro da Letónia chegaram a Moscovo para prestar ajuda moral ao povo georgiano e a Mikhail Saakachvili", escreve o diário.

Os órgãos de informação russos consideram que o conflito na Ossétia do Sul fechou as portas da Organização Mundial do Comércio, mas fontes do Ministério da Economia da Rússia disseram ao Nezavissimaia Gazeta que "não acreditam na seriedade dessas ameaças".

Quanto à possibilidade do Ocidente enviar tropas de paz para a região do conflito, o jornal Vremia Novostei considera ser inaceitável para a Rússia e as repúblicas separatistas da Geórgia.

"Por isso" - frisa o diário - "a UE, por enquanto, decidiu enviar para lá observadores seus. Também irá ser aumentado até 300 homens o número de observadores da OCSE".

O Rossiskaia gazeta, órgão oficial do Governo russo, considera que no Ocidente há uma "tendenciosidade unânime" face aos acontecimentos no Cáucaso.

"Nos órgãos de informação ocidentais, a Rússia é abertamente considerada o agressor. Isso deve-se ao facto de os jornalistas ocidentais terem sido desinformados", considera o diário.

O Kommersant defende que a "Europa dividiu-se face à Geórgia", sublinhando a cisão entre os membros velhos e novos da União Europeia.

"Porém, em geral, a situação na Ossétia do Sul poderá conduzir à formação de um cordão sanitário em torno da Rússia. A única brecha nele poderá ser a Bielorrússia, embora Minsk, nos últimos dias, guarde silêncio em relação ao conflito", escreve o jornal.

Segundo ele, o Presidente bielorrusso, Alexandre Lukachenko, terá dado ordens ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros para "dar passos no sentido de melhorar as relações com a UE e os EUA".

LUSA
 
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