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Guloseimas

Luz Divina

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Guloseimas




As crianças são loucas por açúcar?




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Está a organizar uma festa para os amigos dos seus filhos. Que tipo de alimentos lhes apresentaria?

Bem , quer que eles se divirtam bastante , por isso escolhe os alimentos de que provavelmente eles mais gostam. Uma excelente selecção de bolos coloridos, um prato com bolachas com compota, uma taça de chocolates , alguns refrigerantes açucarados e gelado para rematar.


Mas espere um pouco. A maioria dos pais presume que : crianças + alimentos cheios de açúcar = a comportamento turbulento e descontrolado. Aqueles alimentos deixá-los-ão como coração apertado: o tão temido «estímulo do açúcar». Quase dá para ver a expressão horrorizada nos rostos deles. Não pode fazer-lhes isso.


É muito fácil uma criança consumir o equivalente a vinte ou trinta colheres de chá de açúcar numa típica festa de anos infantil. Só que, mais uma vez, é uma festa, por isso impõe-se uma variedade de guloseimas com açúcar.


Talvez não precise de se preocupar: segundo os peritos em nutrição, a crença de que as crianças ficam «excitadas com o açúcar» não passa de um mito.


Não todo de uma vez

Todos sabemos que o açúcar constitui uma fonte de energia rápida. O açúcar nos alimentos mais doces é a sacarose, que se transforma rápida e facilmente no intestino em glicose, que é o alimento por excelência do cérebro. Claro que consumir grandes quantidades de alimentos com açúcar lhe trará uma energia sem limites, não é verdade?


Assim como dizemos aos nossos filhos para não comerem os doces todos de uma assentada, o seu organismo não consome todo o açúcar de uma só vez. Se existir mais glicose, o organismo não a gasta mais rapidamente: arrecada-a para usar mais tarde.

Os nossos corpos sabem perfeitamente manter constantes os níveis de glicose no sangue. Se se empanturrar de alimentos ricos em açúcar, o nível de glicose aumentará ligeira e temporariamente, mas não tardará a voltar ao normal.


Mesmo que o nível de glicose no sangue seja ligeiro, o cérebro não começa a trabalhar mais depressa nem perde o controlo. Não existe um acelerador: na realidade, as células cerebrais possuem apenas uma velocidade. Não é possível «pò-las a trabalhar mais depressa».

Por isso, se os miúdos comerem imensos bolos e chocolates numa festa, podem sentir-se cheios, até maldispostos, porém, isso não os tornará hiperactivos.


Mas já todos o vimos: os nossos filhos podem ser pequenos pesadelos quando os vamos buscar depois de uma festa. A explicação dos psicólogos para este facto é que as festas de crianças são acontecimentos de muita excitação, algo fora do normal.

As crianças encontram-se com outras crianças, andam na brincadeira. Pode inclusivamente haver um animador — balões com animais, fantoches e ilusionismo são o suficiente para ficarem todos cheios de energia.


É evidente que as crianças podem encher-se de «energia química» por outras vias. Alguns alimentos e bebidas doces podem conter outras substâncias que actuam de facto como estimulantes.

Por exemplo, o chocolate e alguns refrigerantes doces contêm cafeína, e alguns aditivos alimentares têm estado associados à hiperactlvidade.


Segundo o Dr. Richard Surwit, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, o mito do estímulo do açúcar pode ter-se iniciado durante a Segunda Guerra Mundial. O Dr. Surwit salientou que durante a guerra, quando havia falta de açúcar, o governo americano tentou reduzir a procura informando as pessoas de que o açúcar nos faz mal e pode causar hiperactividade.


O Dr. Surwit tem orientado estudos que se debruçam sobre o efeito da ingestão de açúcar sobre o cérebro e a mente. Monitorou a ingestão de açúcar, os níveis de glicose no sangue e o comportamento — e não encontrou qualquer efeito de hiperactividade.

Diversos outros estudos chegaram a idêntica conclusão. No entanto, o mito do estímulo do açúcar encontra-se tão arraigado na nossa cultura que o quisemos investigar pessoalmente.



0 que são os açúcares?

Qualquer ingrediente que termine em «-ose» na composição de um alimento é um açúcar.
Os mais comuns são a sacarose, a glicose, a frutose e a galactose.

As plantas produzem glicose — a partir do dióxido de carbono e da água — sempre que o sol incide nas suas folhas. A glicose é um exemplo de um «monossacárido», o tipo de açúcar mais simples. As plantas podem reunir dois monossacáridos para formar dissacáridos, como a sacarose, ou reunir centenas para formar polissacáridos como o amido.


0 teste científico

Resolvemos comprovar se o açúcar deixa realmente as crianças intensamente enérgicas como tantas pessoas presumem, mas quisemos igualmente comprovar as percepções que os pais têm do comportamento dos filhos. Assim, organizámos duas festas de crianças cuidadosamente preparadas.


A primeira foi uma festa clássica de brincadeiras cheias de energia. Convidámos um animador infantil, cujo entusiasmo seria contagiante. Havia música. Mas quase não havia açúcar. Quando os pais vieram trazer os filhos, viram os pratos cheios de guloseimas ricas em açúcar que presumiram irem ser consumidas durante a festa. Escondemo-las rapidamente mal os pais se retiraram.


Duas semanas depois, o mesmo grupo de crianças veio a uma segunda festa. Esta era bem mais calma. Havia contadores de histórias e actividades tranquilas como se estivessem numa sala de aula. As crianças fizeram bolos e máscaras de peixes.

Desta vez, porém, havia uma série de alimentos com açúcar — apresentados de forma discreta, mas, não obstante, deliciosamente cheios de açúcar. Então, quando os pais vieram trazer os filhos não viram quaisquer alimentos com açúcar — apenas um almoço saudável. Mais uma vez, retirámos o almoços audável mal eles se foram embora.


Em que é que diferiu o comportamento das crianças depois das duas festas? Após a primeira, todas as crianças estavam de facto muito agitadas, cheias de energia, até malcomportaditas — não obstante o facto de não terem consumido praticamente nenhum açúcar ao almoço.

Depoís das segunda festa, estavam muito mais calmas, apesar de terem consumido menos alimentos com açúcar.

A conclusão foi evidente: o açúcar não fez qualquer diferença no comportamento das crianças, que, ao invés, fora influenciado pelo que se passava à volta delas.

E então as percepções que os pais tiveram do comportamento dos filhos? Após cada uma das festas, pedimos-lhes que classificassem, até quanto é que os filhos tinham sido afectados pelo consumo de açúcar.


Como seria de esperar atribuíram valores muito elevados depois de os filhos terem estado na primeira festa, e valores significativamente mais baixos após a segunda.

E quando os entrevistámos, eles mostraram-se realmente convencidos de que o comportamento desaustinado dos filhos na sequência da primeira festa se ficara inteiramente a dever ao açúcar.


Por conseguinte, se estiver a organizar uma festa de crianças, ou se levar os seus filhos a uma, não se preocupe com o açúcar. Deixe-os comerem bolo. Deixe-os empanturrarem-se de gomas, bolachas e refrigerantes. Claro, estamos apenas a referir-nos a ocasiões especiais.

Não existe nenhum problema com uma guloseima de vez em quando, mas existem fortes indícios de que comer alimentos com açúcar todo o dia e todos os dias contribui para cáries dentárias e obesidade, diabetes e doenças cardíacas.


Sugetões úteis

Livre-se dos snacks com açúcar, experimente trocá-los por estas opções mais saudáveis.

Experimente antes:

Bebidas ricas em açúcar: Água, leite com redução de gordura ou bebidas adoçadas artificialmente.

Doces: Fruta cortada ou uma mão-cheía de frutos secos.

Chocolate: Iogurte.

Bolachas doces: Aperitivos de cenoura e pepino.

Bolo: Pão de frutas, bolos de arroz com apetitoso creme de barrar como o extracto de levedura, segmentos de fruta em geleia adoçada artificialmente.



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