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Há guerra na Ucrania

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Kyiv lança mandado de busca e captura de líder checheno


Os Serviços de Segurança da Ucrânia (SBU) lançaram um pedido de busca e captura do líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, considerado um dos homens fortes do Presidente russo, Vladimir Putin.


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Em agosto, as autoridades ucranianas acusaram Kadyrov de levar a cabo uma "guerra agressiva" e de tomar "ações deliberadas para mudar as fronteiras do território da Ucrânia".



Agora, os serviços de segurança ucranianos atualizaram o seu banco de dados e adicionaram uma foto do líder checheno, alegando que ele se escondeu das autoridades, na fase de investigação pré-julgamento".

Se vier a ser capturado e julgado, ao abrigo da lei ucraniana, Kadyrov pode ser condenado a uma pena de 10 a 15 anos de prisão.

Kadyrov - considerado um dos homens fortes do Presidente russo - tem sido um fervoroso defensor da guerra na Ucrânia, enviando várias das suas patrulhas de guerra, bem como patrulhas de familiares seus, para as linhas de frente de combate.

Outros representantes e funcionários russos também aparecem na lista de pessoas procuradas, como o diretor do Serviço de Segurança, Alexander Bortnikov; o chefe da Guarda Nacional, Viktor Zolotov, ou o ministro do Interior, Vladimir Kolokoltsev.



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Míssil na Polónia? "Rússia tem a responsabilidade final"


Um projétil caiu em território polaco, na terça-feira, provocando dois mortos.


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Citada pelo jornal The Kyiv Independent, a fonte da Casa Branca refere que não vê "nada" que contrarie estas afirmações de que se poderá tratar de "um míssil de defesa aérea ucraniano".

Recorde-se que o presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu hoje que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, "tenha sido lançado pela Ucrânia", mas disse que nada indica que tenha sido um "ataque intencional".

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que a explosão "foi provavelmente causada" por um míssil ucraniano, mas ressalvou que "não é culpa da Ucrânia".



Andrzej Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer dos Estados-membros da Aliança Atlântica.




nm

 

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Ucrânia diz ter descoberto "outra" câmara de tortura em Kherson


O SBU acusa a Rússia de ter interrogado e torturado brutalmente residentes de Kherson e abriu uma investigação.

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Areconquista da cidade de Kherson, tal como noutras cidades já recuperadas, deixa a descoberto horrores cometidos pelas tropas russas ao longo dos meses de invasão.


Os serviços de segurança ucranianos informaram terem descoberto “outra” câmara de tortura russa em Kherson durante uma inspeção, descobrindo “objetos que indicam diretamente sinais de tortura”.

Os russos mantinham na câmara - um antigo centro de detenção juvenil - “patriotas locais que se recusaram a colaborar com o inimigo em condições desumanas”, diz o comunicado.

O SBU acusa a Rússia de ter interrogado e torturado brutalmente residentes de Kherson e abriu uma investigação.



Testemunhas que viviam perto do local contaram ao The Guardian terem começado a ouvir gritos seis semanas depois de os soldados russos tomarem o edifício. Disseram ainda que começaram a ver pessoas chegarem ao local com sacos na cabeça e corpos a serem retirados.





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Península da Crimeia, Odessa e outras regiões ucranianas alvos de ataques


Várias explosões foram ouvidas hoje de manhã no norte da Península da Crimeia, território ucraniano ocupado pela Rússia, enquanto Odessa foi atingida por mísseis russos e há relatos de ataques em vários locais da Ucrânia.







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Várias explosões foram ouvidas hoje de manhã na cidade de Dzhankoy, no norte da Península da Crimeia, território ucraniano ocupado pela Rússia em 2014, divulgou a agência de notícias Ukrinform, enquanto Odessa foi atingida por mísseis russos.


Os meios de comunicação ucranianos citam, como fontes, moradores que gravaram vídeos na área e posteriormente publicaram nas redes sociais. A agência de notícias também divulgou fotos de uma coluna de fumo na cidade administrada pela Rússia.


A Ukrinform referiu ainda que os sistemas de defesa aérea foram ativados na manhã de hoje nesta área. Nas redes sociais, segundo o meio de comunicação ucraniano, é sugerido um possível ataque ao aeródromo militar localizado na periferia da cidade.


"As defesas antiaéreas russas provavelmente estão ativas em Dzhankoy", de acordo com as redes sociais, citadas pela Ukrinform, mas são informações que não puderam ser confirmadas de forma independente.


O Governo da Ucrânia assegurou há dias que parte das unidades militares russas que partiram da região de Kherson, no sul da Ucrânia, dirigiram-se para a Crimeia para defender aquele território.


Um ataque russo com mísseis atingiu também hoje a região de Odessa, no sul da Ucrânia, pela primeira vez em semanas, disse o governador regional.

Uma infraestrutura local foi atingida, declarou o governador regional de Odessa, Maksym Marchenko, na rede social Telegram, alertando sobre a ameaça de um "enorme dilúvio de mísseis em todo o território da Ucrânia".


A declaração de Marchenko ocorre quando há relatos dos meios de comunicação sobre explosões em outras partes da Ucrânia e governadores regionais a pedir aos moradores que permaneçam em abrigos antiaéreos enquanto persiste a ameaça de ataques com mísseis.


Estes ataques de hoje ocorrem após um outro na terça-feira, que também resultou na queda de um míssil na Polónia e provocou duas mortes.


"O míssil não era nosso, sem qualquer dúvida", declarou na quarta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na televisão.


"Julgo que era um míssil russo", acrescentou, mas responsáveis da NATO e do Governo polaco admitem que se tratou provavelmente de um míssil pertencente ao sistema ucraniano de defesa antiaérea.



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'Sniper' ucraniano terá abatido soldado russo a quase 3 kms de distância


A confirmar-se, trata-se do segundo tiro mais longo de sempre.




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As Forças Armadas da Ucrânia divulgaram, esta semana, imagens que mostram um ‘sniper’ ucraniano a abater a tiro um soldado russo a cerca de 2.710 metros de distância. A confirmar-se, trata-se do segundo tiro mais longo de sempre.





“O tiro preciso do ‘sniper’ das nossas Forças Especiais eliminou o ocupante [soldado russo] a uma distância de 2.710 metros”, escreveu o Comando de Comunicações Estratégicas da Ucrânia na plataforma Telegram.

Este poderá ser o segundo tiro mais longo da história. O primeiro pertence a um militar canadiano que abateu, em 2017, um combatente do Estado Islâmico a uma distância de 3.450 metros, no Iraque.

Atualmente, o segundo lugar é detido pelo britânico Craig Harrison, que, em 2009, abateu um talibã na província de Helmand, no Afeganistão, a 2.475 metros de distância.





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Ativistas da Ucrânia usam filmes e séries para informar os russos sobre o conflito​



A Rússia está a tentar conquistar o território da Ucrânia desde fevereiro deste ano, num conflito que tem agitado a Europa e o mundo. Pela possibilidade de a informação estar a chegar aos russos de forma adulterada, há ativistas ucranianos a utilizar filmes e séries para dizer a verdade.

A iniciativa surgiu a partir do grupo Torrents of Truth.



Guerra na Ucrânia





Enquanto as forças armadas e os voluntários permanecem na linha da frente, desde 24 de fevereiro, alguns ativistas ucranianos estão a tentar informar as pessoas que vivem na Rússia sobre a realidade do conflito. Em tempos de guerra, é habitual que a informação não seja sempre legítima. Aliás, vimos por aqui que o Kremlin já difundiu vídeos de propaganda.



Assim sendo, e para que a informação chegue também à Rússia, um grupo de ativistas está a utilizar filmes e séries pirateadas como meio para entregar a verdade sobre o conflito na Ucrânia.



Torrents of Truth procura informar os russos do conflito na Ucrânia através de filmes e séries



Os cidadãos da Rússia não têm acesso a serviços de streaming ou filmes devido às sanções que foram impostas – os próprios cinemas começaram a exibir filmes piratas para manter o negócio em funcionamento. Por isso, e para satisfazer as suas necessidades de entretenimento, os russos recorrem a torrents.



O Torrents of Truth é um movimento liderado pelo jornalista Volodymyr Biriukov, que, com a ajuda de outros ativistas, edita arquivos de filmes e séries populares da Netflix e da Marvel para inserir mensagens sobre o que está a acontecer na guerra. Os vídeos são carregados como torrents, para que as pessoas que vivem na Rússia possam descarregar e aceder.

Torrents of Truth, um movimento liderado pelo jornalista Volodymyr Biriukov, que, com a ajuda de outros ativistas, edita arquivos de filmes e séries populares da Netflix e da Marvel para inserir mensagens sobre o que está a acontecer na guerra.

O objetivo do movimento passa por contornar propaganda russa que controla tudo aquilo que é transmitido no país. Para isto, o grupo abriga-se numa nova lei que legaliza o roubo de propriedade intelectual para combater as sanções económicas.



A maioria dos russos não sabe o que realmente se está a passar na Ucrânia. É-lhes impossível descobrir a verdade num país onde o Kremlin proíbe dizer a verdade em canais de televisão e em jornais. O objetivo do Torrents of Truth é abrir um novo canal disfarçado massivo que dê força aos jornalistas face a esta guerra de informação.


Explicou Guillaume Rukhomovsky, diretor criativo da 72andSunny, uma das agências que apoia o movimento.



Por exemplo, quando alguém descarrega Doctor Strange In The Multiverse of Madness (2022) RUS SUBS Russian Subtitles 1080p HDTS x264 e o coloca a reproduzir, é interrompido por uma mensagem do Torrents of Truth. Os vídeos são apresentados como uma publicidade, na qual os atiivistas detalham as atrocidades cometidas pela Rússia em algumas cidades da Ucrânia. No final, o jornalista ucraniano pede ao espectador para aceder ao ficheiro ReadMe.txt que inclui fontes fiáveis de informação.




"Isto não é o que esperavas ver. Mas é algo que deverias ver. A verdade.", lê-se no início do vídeo, depois da introdução que, normalmente, antecederia o filme.



Até agora, existem 21 torrents alterados em circulação. Os ficheiros incluem filmes, séries, e software como o Photoshoo e a Adobe Master Collection.



De acordo com o Torrents of Truth, 43% dos russos obtém filmes e séries de televisão ilegalmente. Por isso, 62 milhões de pessoas poderão estar expostas às mensagens enviadas pelo movimento.



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Erdogan declara que EUA e Rússia não vão utilizar armas nucleares


"Nem os Estados Unidos nem a Rússia vão tentar usar armamento nuclear" disse hoje o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, referindo-se à reunião de representantes dos serviços de informações dos dois países em Ancara.

Erdogan declara que EUA e Rússia não vão utilizar armas nucleares




"De acordo com os dados que recebi do meu diretor dos serviços secretos no que diz respeito aos Estados Unidos e à Rússia, nenhuma das duas partes vai cair na tentação de utilizar armas nucleares", disse Erdogan, citado hoje pela agência oficial turca Anadolu.


O chefe de Estado turco confirmou que o diretor da CIA William Burns (serviços de informações dos Estados Unidos) e o homólogo russo Serguei Narychkine (FSB) estiveram no princípio da semana na capital da Turquia.


No encontro, Burns alertou o chefe dos serviços secretos russos das consequências da utilização de armas nucleares, sendo que Washington tinha afirmado anteriormente que a Rússia tinha ameaçado utilizar este tipo de armamento na Ucrânia.


Antes, a Casa Branca tinha afirmado também que a reunião de Ancara "não foi uma negociação de qualquer tipo" ou "uma discussão de um acordo sobre a guerra na Ucrânia".



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Líder russófono de Lugansk admite intensificação da ofensiva ucraniana


Os ataques do exército ucraniano na região de Lugansk, leste da Ucrânia e anexada pela Rússia em setembro passado, intensificaram-se nos últimos dez dias, mas estão a ser contidos, indicou hoje o dirigente russófono local, Leonid Pasechnik.



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"Nos últimos dez dias aumentou a pressão [do exército ucraniano]", disse Pasechnik em declarações à televisão pública russa.


No entanto, assegurou que as forças russas e as milícias russófonas da região "aguentam" a pressão e que "o inimigo não conseguiu obter êxitos".


O porta-voz militar de Lugansk, Andrei Marochko, tinha referido na quarta-feira que as forças ucranianas concentraram forças perto desta região e tentavam romper insistentemente as linhas de defesa russas.


Pasechnik também indicou que os ucranianos efetuam "tentativas quase diárias" para garantir avanços territoriais em Lugansk e "em todas as direções".


"Repelimos essas tentativas com regularidade", asseverou, e acrescentando que "o inimigo sofre muitas baixas".


O dirigente russófono local assinalou que apenas "uma ínfima parte, cerca de 1%" do território da região de Lugansk não se encontra sob controlo das forças russas, e quando Moscovo anunciou em julho passado o controlo de toda a região.


Em paralelo, bombardeamentos russos provocaram hoje danos em instalações da empresa de gás ucraniana Naftogaz no leste do país, segundo indicou o seu presidente Oleksiy Chesnyskov, citado pelo portal digital Ukrinform.


"Sabemos de várias peças destruídas, outras foram danificadas. Atualmente estão a ser analisadas as consequências e a recolher informações sobre as vítimas", disse o responsável da Naftogaz, principal fornecedor de gás do país.


As autoridades ucranianas têm acusado a Rússia de ataques sistemáticos contra instalações relacionadas com a produção e fornecimento de gás e contra outras infraestruturas essenciais, incluindo centrais elétricas e outras instalações energéticas.


Esta situação está a originar frequentes cortes no fornecimento de energia elétrica, incluindo em Kiev, a capital ucraniana.


Hoje, o chefe da administração militar regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, indicou que estes cortes de emergência vão continuar a ocorrer.



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Moldova pede apoio da Roménia e Ucrânia para defesa de mísseis russos


As autoridades da Moldova solicitaram à Roménia e à Ucrânia que monitorizem e protejam o seu espaço aéreo, informou hoje o presidente da Assembleia Legislativa, Igor Grosu.

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"Aneutralidade não protege dos mísseis, mas deve ser defendida e, por isso, somos obrigados a defender o nosso espaço aéreo", disse Grosu à rádio Chisinau.



"Beneficiámos de um programa da UE no valor de 40 milhões de euros, inclusive para isto [defesa do espaço aéreo]. Falamos também com os nossos parceiros ucranianos e romenos porque têm sistemas muito melhores", disse Igor Grosu numa emissão televisiva do canal Jurnal.

Qualificando o momento de "complicado", Grosu referiu dois incidentes recentes, em que mísseis russos entraram no espaço aéreo moldavo, tendo um caído em Naslavcea, no norte do país, junto à fronteira com a Ucrânia.

A República da Moldova tem sido também alvo de ciberataques sem precedentes desde o outono passado.

"Nunca tivemos tal onda de ataques e não só a correspondência de autoridades foi alvo, mas sistemas informáticos inteiros. As nossas avaliações mostram que vieram da Federação Russa", disse o chefe da legislatura moldava.

Grosu anunciou também que dará entrada no parlamento um projeto de lei sobre o Serviço de Informações e Segurança, que fornecerá ferramentas adicionais na luta contra a espionagem.

A República da Moldova está "cheia de espiões da Federação Russa", disse Grosu, acrescentando que haverá novas emendas legislativas que irão endurecer as penas para crimes de traição e outros associados.




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Cerca de 100 ataques russos "repelidos" em Donetsk em 24 horas




O presidente ucraniano realçou o trabalho dos serviços ucranianos para restaurar o fornecimento de energia elétrico, que continua sob enormes dificuldades.


Cerca de 100 ataques russos repelidos em Donetsk em 24 horas





O presidente ucraniano contou esta sexta-feira que as forças ucranianas conseguiram repelir cerca de cem ataques russos na região de Donetsk, só durante o dia de ontem.


No seu discurso noturno habitual, publicado nas redes sociais, Volodymyr Zelensky disse que "a luta continua na região de Donetsk", onde "não houve aliviar de hostilidades nem descanso".


"Cerca de cem ataques russos foram repelidos na região de Donetsk ontem [17 de novembro]. Todos os guerreiros que estão a segurar o Donbass são verdadeiros heróis", disse Zelensky.



A região de Donetsk é uma das mais contestadas entre ucranianos e russos. Apesar do presidente russo Vladimir Putin ter declarado a anexação da região, com a benesse das autoridades da autoproclamada república separatista de Donetsk, os russos não controlam a totalidade do território e têm sido empurrados para leste pela renovada contraofensiva ucraniana (à semelhança do que acontece também em Lugansk, Zaporíjia e Kherson).


Destacando a luta nas linhas da frente em Kharkiv, Suny e Bakhmut, Zelensky elogiou o trabalho das forças ucranianas. "Em nenhum ponto da linha da frente desistimos para o inimigo. Respondemos em todo o lado, mantemos posições em todo o lado. Estamos a preparar sucessos futuros em certas áreas", vincou.



Zelensky também abordou as enormes dificuldades energéticas da Ucrânia - devido ao bombardeamentos russos em infraestruturas energéticas críticas, mais de 10 milhões de ucranianos não tem eletricidade e os grandes centros urbanos assistem a apagões constantes, o que tem deixado a população e as autoridades preocupadas com a chegada do inverno.


O presidente ucraniano reconheceu os problemas e deu conta de avanços positivos na matéria, especialmente na cidade recentemente libertada de Kherson.


"Durante todo o dia, o staff trabalhou para restaurar as capacidades técnicas do fornecimento elétrico e, por isso, hoje já vimos muitos menos apagões de emergência. A situação difícil com o fornecimento de energia persiste em 17 regiões e na capital", explicou, salientando que a situação de Kyiv é "muito difícil". Mas em Kherson, os trabalhos estão a surtir efeito e "enquanto a eletricidade é reposta na cidade, as pessoas podem carregar os seus telemóveis, aquecer-se, beber chá e pedir ajuda. Também providenciamos serviços de comunicações", acrescentou.


O conflito na Ucrânia já fez mais de 6.500 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.



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Rússia tem cada vez menos mísseis cruzeiro para atacar a Ucrânia?​



A guerra entre a Rússia e a Ucrânia não tem fim à vista. As "baixas" humanas têm sido muitas e os gastos em armamento são exorbitantes... mas será que a Rússia está mesmo a ficar sem mísseis cruzeiro?


Se por um lado há indicações do ocidente que a Rússia tem cada vez menos mísseis cruzeiro, por outro lado o número de ataques não tem abrandado.









Mísseis Cruzeiro estão a ser fornecidos pelo Irão?


Na terça-feira, a Rússia levou a cabo o maior bombardeamento contra as estruturas energéticas desde o início da guerra. O ocidente tem referido que as reservas de mísseis balísticos russos estão a ficar esgotadas, mas a verdade é que continuam a existir muitos ataques.


No mês passado, o próprio ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, insistiu que a Rússia já tinha gastado cerca de 70% das suas reservas de mísseis balísticos, referência a TVI. O mesmo diziam os serviços secretos britânicos que, num relatório publicado em outubro, apontavam para uma severa degradação da capacidade balística russa, após a intensificação dos ataques. Por outras palavras, a Rússia estaria a ficar sem mísseis. Mas, semana após semana, os ataques continuaram.


De acordo com a Forbes, há ataques a custar 700 mil euros à Rússia. Relativamente aos "stock" de mísseis, há uma forte possibilidade deste tipo de armamento à Coreia do Norte e ao Irão.







Outro dos cenários, prende-se com a incapacidade ocidental de analisar e recolher com precisão o número de armas na posse da Rússia. De referir que a Rússia herdou uma enorme quantidade de armamento da União Soviética e é bem possível que tenha mantido um elevado número de armas no ativo, para o caso de um conflito com a NATO.



Outra explicação pode passar pela capacidade russa de construir novos mísseis a um ritmo mais acelerado do que se pensava possível.



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Ataque russo em Zaporíjia faz um morto e deixa 120 casas sem aquecimento


O ataque russo de mísseis na sexta-feira à noite contra a cidade de Zaporijia fez pelo menos um morto, danificou uma infraestrutura industrial e deixou mais de 120 casas sem aquecimento.

Ataque russo em Zaporíjia faz um morto e deixa 120 casas sem aquecimento



Segundo informações preliminares, os bombardeamentos de sexta-feira em Zaporija tiraram a vida a um civil", escreveu no Telegram Anatoly Kurtev, secretário da câmara municipal da cidade e presidente interino da autarquia, citado por agências ucranianas.


Entretanto, o chefe da administração militar regional de Zaporijia, Oleksandr Staruj, indicou que o bombardeamento noturno deixou sem aquecimento mais de uma centena de edifícios residenciais num dos distritos da cidade.


"As explosões de mísseis causaram danos nas ligações de aquecimento central e a cessação do fornecimento de aquecimento em 123 edifícios de vários andares com mais de 17.000 pessoas", acrescentou numa mensagem no Telegram.


Acrescentou que os serviços de emergência e o pessoal técnico estão a realizar os trabalhos necessários e que 60 edifícios já estão de novo aquecidos.


Espera-se que o fornecimento de aquecimento seja totalmente restabelecido até às 23:00 horas.


"Quaisquer que sejam os argumentos que os invasores russos usam para se esconderem as suas ações terroristas visam, de facto, criar um desastre humanitário", disse Staruj.


A administração militar afirmou, numa declaração, que as forças russas bombardearam as infraestruturas civis de um total de 16 povoações na região de Zaporijia nas últimas 24 horas, com 33 relatos de danos em casas e infraestruturas.


Trata-se das povoações de Zaporijia, Zarichne, Chervone, Malynivka, Zaliznychne, Huliaipole, Kamianske, Pavlivka, Mali Shcherbaky, Dorozhnianka, Olhivske, Novoandriivka, Novodanylivka, Poltavka, Mala Tokmachka e Stepnohirsk, acrescenta a declaração publicada no Telegrama citado pela Ukrinform.


O relatório acrescenta que 85 pessoas, incluindo 23 crianças, foram retiradas do território ocupado na sexta-feira.



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"Compromissos amorais conduzirão a mais derramamento de sangue"




A Ucrânia rejeitou hoje qualquer tentativa de negociações com a Rússia apesar de os bombardeamentos inimigos das últimas semanas terem danificado metade da rede energética do país e de se aproximar o inverno.


Compromissos amorais conduzirão a mais derramamento de sangue





"Os compromissos amorais conduzirão a mais derramamento de sangue. Uma paz genuína e duradoura só pode resultar do completo desmantelamento de todos os elementos da agressão russa", disse o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, que falava para um fórum de segurança no Canadá.


Zelensky procurou pôr fim aos rumores, que se intensificaram durante a cimeira do G20, nas últimas semanas, sobre a alegada pressão dos EUA sobre Kyiv no sentido de negociar um acordo.


Kyiv não quer sequer ouvir falar de tréguas durante o Campeonato do Mundo de futebol do Qatar, no qual nem a Ucrânia nem a Rússia participam.

"Alguns chamar-lhe-iam o fim da guerra. Mas uma tal pausa só agravaria a situação", argumentou o chefe de Edstado ucraniano.


Na mesma linha, os seus conselheiros deixaram claro que a única opção é regressar às fronteiras internacionalmente reconhecidas após a queda da União Soviética.


"Haverá paz quando derrotarmos o exército russo na Ucrânia e regressarmos às fronteiras de 1991", escreveu Andriy Yermak na sua conta na rede social Telegram.



Por seu lado, o braço direito de Zelensky, Mykhailo Podolyak, rejeitou a existência de negociações secretas entre o ocidente e a Rússia.


Entretanto, o chefe adjunto do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, disse acreditar que os EUA, a NATO e a União Europeia "não querem romper definitivamente com a Rússia, porque isso significaria a Terceira Guerra Mundial".



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Svatove é "prioridade política" para os russos, apesar de falta de meios


O Reino Unido considera que a frente russa em Lugansk encontra-se mais vulnerável à contraofensiva ucraniana e os comandantes estão a ter de gerir uma grande falta de recursos.

Svatove é prioridade política para os russos, apesar de falta de meios







Na atualização diária publicada no Twitter, o Ministério da Defesa do Reino Unido explica esta segunda-feira que os russos estão a "dar prioridade à construção de posições defensivas" em Svatove, na região da autoproclamada república separatista de Lugansk, que foi, em setembro, anexada unilateralmente pela Rússia.


Segundo os britânicos, esta estratégia tem sido "quase, por certo, feita parcialmente por reservistas mal treinados".


A cidade de Svatove é densamente povoada e situa-se no extremo noroeste da região de Lugansk, a norte de Severodonetsk, sendo que a contraofensiva ucraniana tem-se aproximado cada vez mais da zona ao longo dos últimos dois meses. Como tal, o Reino Unido acredita que "os líderes russos muito provavelmente verão controlar Svatove como uma prioridade política", apesar das dificuldades operacionais.




"Os comandantes estarão com dificuldades com as realidades militares de gerir uma defesa credível, enquanto tentam manter operações ofensivas no sul, em Donetsk. Tanto as capacidades defensivas como ofensivas russas continuam a ser prejudicadas por graves falhas de munições e pessoal qualificado", diz o Reino Unido.


Os serviços secretos britânicos constatam ainda que "com a linha da frente sudoeste russa mais preparada defensivamente ao longo da margem este do Rio Dnipro, o setor de Svatove é provavelmente agora um flanco operacional mais vulnerável na força russa".


De recordar que, em setembro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma mobilização militar parcial de reservistas, para compensar as enormes baixas na guerra na Ucrânia. No entanto, os próprios propagandistas do regime denunciaram várias situações em que civis sem experiência militar foram chamados para lutar, e em algumas regiões houve mesmo protestos contra a mobilização.


Desde então, as várias agências de inteligência e entidades governamentais têm alertado para a grave falta de armas na linha da frente (com soldados russos a alegadamente terem de partilhar espingardas) e para a falta de militares competentes e treinados, não só ao nível da infantaria rasa, mas também nos oficiais em posições de comando.


Segundo o governo ucraniano, já morreram na Ucrânia mais de 84 mil soldados russos - mais 390 mortes desde ontem -, um valor que o Kremlin continua a não reconhecer.


O conflito na Ucrânia já fez mais de 6.500 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.




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Zelensky: "As batalhas mais ferozes são na região de Donetsk"


Só no domingo, terão sido lançados quase 400 ataques russos na região oriental do país, disse Zelensky.


Zelensky: As batalhas mais ferozes são na região de Donetsk







Opresidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na sua habitual atualização noturna na rede social Instagram, ofereceu novas informações sobre a situação na frente de batalha.


"As batalhas mais ferozes, tal como anteriormente, são na região de Donetsk. Embora hoje tenha havido menos ataques devido ao agravamento do estado do tempo, a quantidade de bombardeamentos russos continua, infelizmente, a ser extremamente elevada", explicou o líder ucraniano.


Segundo avançou a mesma fonte, as forças russas continuam a tentar resistir aos avanços ucranianos com recurso a fogo de artilharia. Só no domingo, terão sido lançados quase 400 ataques russos na região oriental do país, disse Zelensky.
"Na região de Luhansk, estamos a avançar lentamente enquanto lutamos", apontou ainda o chefe de Estado do país invadido, que acrescentou, sem dar grandes detalhes, que as suas tropas estavam "de forma consistente e muito calculada a destruir o potencial dos ocupantes" no sul do país.


De recordar que, no final deste domingo, Kyrylo Tymoshenko, chefe adjunto da administração de Zelensky, tinha já dado conta de que as forças russas abriram fogo contra um edifício residencial na região de Kherson, no sul da Ucrânia.


Estas notícias surgem depois das forças russas terem optado, no início deste mês, por levar a cabo uma retirada das suas tropas da cidade de Kherson, tendo deslocado parte das mesmas para reforçar as suas investidas em Donetsk e Lugansk - que, à semelhança de Kherson e Zaporíjia, tinham sido anexadas pela Rússia em setembro passado.


A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já mais de 6.500 mortes entre civis, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo menos 437 crianças perderam a vida na sequência desta ofensiva, com outras 837 a terem ficado feridas.




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"Podemos ficar sem dinheiro, água quente ou luz. Mas não sem liberdade"


No Dia da Dignidade e Liberdade da Ucrânia, comemorado esta segunda-feira, o líder ucraniano destacou os sacrifícios que o povo tem feito desde a invasão da Rússia.

Podemos ficar sem dinheiro, água quente ou luz. Mas não sem liberdade





Opresidente ucraniano Volodymyr Zelensky marcou o Dia da Dignidade e Liberdade da Ucrânia, esta segunda-feira, deixando uma mensagem positiva ao povo ucraniano de que chegará o dia em que se irá "comemorar o dia da vitória da Ucrânia".


Num vídeo dirigido à nação - que mostra imagens intercaladas do discurso de Zelensky com as "mesmas palavras no mesmo lugar, no mesmo dia, exatamente há um ano" - o líder ucraniano destacou os sacrifícios que as pessoas têm feito desde a invasão da Rússia e disse que o país voltará novamente a conquistar liberdade.


"Sempre soubemos o que queríamos. E, este ano, todos descobriram do que somos capazes. Amigos e inimigos viram. Aliados e parceiros. Nós vimos por nós mesmos. Alguém - mais uma vez. Alguém - pela primeira vez. Mas todos juntos provamos e continuamos a provar que a dignidade e a liberdade são férias para nós. Isso permaneceu inalterado. Todos viram do que é que os ucranianos são capazes", afirmou Zelensky.
O líder ucraniano destacou ainda o trabalho de "médicos, bombeiros, socorristas, ferroviários, energéticos e agricultores" por "estarem de plantão por várias semanas seguidas" a efetuar um trabalho exímio no campo de batalha.


"A tirar dezenas de feridos do campo de batalha. A realizar cirurgias sob bombas e balas. A semear uma colheita e a colhê-la sob bombas e balas. A dar palestras online a alunos nas trincheiras. A obter um diploma de licenciatura online nas trincheiras", acrescentou.


Zelensky assegurou ainda que a Ucrânia continua a "pagar um preço muito alto pela liberdade".


"Podemos ficar sem dinheiro. Sem água quente. Sem luz. Mas não sem liberdade. Nunca esqueceremos todos aqueles que deram as suas vidas pela Ucrânia. Nunca perdoaremos a quem nos tirou vidas e quis tirar-nos a nossa liberdade. Mas o principal é que ninguém conseguiu e ninguém jamais terá sucesso", concluiu.



A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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Kyiv anuncia descoberta de quatro "locais de tortura" em Kherson


A procuradoria-geral da Justiça da Ucrânia anunciou hoje ter descoberto quatro "locais de tortura" usados pelos russos em Kherson (sul), durante a ocupação desta cidade reconquistada pelas tropas de Kyiv em 11 de novembro.


Kyiv anuncia descoberta de quatro locais de tortura em Kherson







"Em Kherson, os procuradores continuam a registar os crimes da Rússia: foram detetados locais de tortura em quatro edifícios", adiantou o gabinete do procurador-geral ucraniano na rede de mensagens Telegram.


Segundo o Ministério Público, os investigadores ucranianos foram a quatro edifícios, incluindo "centros de detenção provisória" pré-guerra, "onde, durante a ocupação da cidade, os russos detiveram pessoas ilegalmente e as torturaram brutalmente".


"Pedaços de cassetetes de borracha, um bastão de madeira, um dispositivo usado pelos ocupantes para eletrocutar civis, uma lâmpada incandescente e balas (...) foram apreendidos", acrescentou a mesma fonte, dez dias depois da reconquista de Kherson pelo exército ucraniano.


"Os trabalhos para encontrar as salas de tortura e os locais de detenção ilegal de pessoas vão continuar", afirmou a procuradoria-geral, especificando querer também "identificar todas as vítimas".


Desde a reconquista de Kherson, em 11 de novembro, Kyiv tem denunciado vários "crimes de guerra" e "atrocidades" russas na região, mas, até ao momento, Moscovo não reagiu às acusações.


Na sexta-feira, um relatório divulgado pelo Observatório de Conflitos dos Estados Unidos referiu que, entre março e outubro, mais de 220 pessoas foram detidas ou desapareceram às mãos das tropas russas em Kherson.


O relatório indicou também que 55 dos detidos ou desaparecidos foram torturados, enquanto cinco morreram durante o cativeiro ou pouco depois da sua libertação. Seis dessas pessoas terão sofrido violência sexual ou de género.


Também o comissário dos direitos humanos do parlamento ucraniano, Dmytro Lubinets, denunciou, na semana passada, terem sido descobertas várias valas comuns, tendo as investigações demonstrado que as forças russas torturaram prisioneiros ucranianos com recurso, por exemplo, a choques elétricos. Também existem relatos de execuções e de espancamentos com barras de ferro.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Ucrânia. Historiador diz que "chave" da guerra está na Crimeia


O historiador britânico Antony Beevor, autor do livro 'Rússia Revolução e Guerra Civil (1917-1921)' disse hoje à Lusa que a Crimeia pode ser a chave da guerra na Ucrânia, frisando que as intenções de Kyiv dependem dos países aliados.


Ucrânia. Historiador diz que chave da guerra está na Crimeia





Antony Beevor disse à Lusa que o uso de armas nucleares por parte do Kremlin pode estar afastado "por causa das pressões" da República Popular da China mas que há outras ameaças, como o uso de armas químicas, até porque Vladimir Putin, diz, adotou a imprevisibilidade como tática para assustar o Ocidente.


Assim, afirma, tudo vai depender da situação na Crimeia, no sul, anexada em 2014 por Moscovo, porque para os russos, a península é território da Rússia.


"[O Presidente ucraniano] Zelensky está determinado a tomar a Crimeia, mas outra coisa são os Estados Unidos e os aliados permitirem que tal aconteça. Pessoas bem colocadas com quem mantenho contactos, entre generais e diplomatas, estão convencidos de que os norte-americanos e os britânicos vão travar as intenções de Kyiv", disse à Lusa o historiador.


Por outro lado, Beevor afirma que existe a possibilidade de "desintegração" do Exército russo, o que pode precipitar um movimento (militar) de Kyiv sobre a Crimeia "até à primavera de 2023".


"Nos termos de Putin isso pode ser uma ameaça contra a existência da Rússia. É tudo impossível de prever. Ninguém sabe como tudo isto vai acabar. É como uma bola de uma máquina de 'flippers': a bola pode dirigir-se para qualquer direção e se alguém afirmar como esta guerra vai acabar ou é muito otimista ou muito estúpido", afirma.


Na última obra, 'Rússia - Revolução e Guerra Civil 1917-1921', lançada este mês em Portugal, Beevor usa fontes militares dos arquivos da ex-União Soviética, consultados durante a era de Boris Yeltsin, e, tal como nos livros anteriores, testemunhos diretos dos acontecimentos.


Para o historiador, os "brancos" (czaristas) venceram os "vermelhos" (bolcheviques) no conflito entre 1917 e 1921 devido à grande inflexibilidade face às circunstâncias políticas impostas por Lenine.


Beevor contraria a "ideia de uma guerra civil 'puramente russa'" reforçando que se tratou de uma "guerra mundial condensada".


No livro, é aprofundado também o papel da Legião Checa, a posição da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, o desempenho dos nacionalistas polacos, sobretudo em 1921, ou a presença dos observadores norte-americanos e britânicos junto dos "exércitos brancos" que lutavam contra as forças comunistas na Sibéria ou na Península da Crimeia.


Em perspetiva, Antony Beevor diz que ironicamente, o atual líder russo "usa e altera" a História recente, adaptando-a às necessidades políticas, identificando Vladimir Putin como "contra-revolucionário".


"Assistimos a um grande paradoxo: Putin não é um 'vermelho', Putin é um 'branco'. Foi Putin quem foi buscar os corpos dos antigos generais (brancos) para os sepultar na Rússia. Isso foi um tremendo choque para os saudosistas russos da União Soviética", disse à Lusa o historiador.


"Sabemos também que Putin culpou Lenine pela independência da Ucrânia, o que é ridículo. É mais um erro histórico. É verdade que a declaração de Lenine sobre a autodeterminação das nações do Império Russo ocorreu em 1917 porque Lenine não queria que a URSS fosse vista como uma organização chauvinista e nacionalista. Foi por isso que fez essa declaração", frisa.


Para Beevor, Putin tem seguido a ideologia dos exilados "brancos", que após a derrota na Guerra Civil ainda acreditavam na possibilidade de uma Rússia imperial e ortodoxa, marcada pelo nacionalismo eslavo e capaz de dominar a Eurásia.


"Alexander Dugin (atual ideólogo do Kremlin) tem influência sobre a ideologia de Putin apelando ao domínio imperial e à espiritualidade eslava e ortodoxa", recorda.


Para Antony Beevor, o grande erro dos países ocidentais é semelhante aos erros cometidos nos anos 1930 com Hitler, porque "ninguém pensava que fosse tão estúpido para organizar outra Grande Guerra", subestimando os perigos do nazismo.


"Fizemos a mesma coisa com Putin. Assumimos que ninguém, com um juízo perfeito, quisesse outra Segunda Guerra Mundial, ou um conflito terrestre na Europa Central, ou na Ucrânia. Subestimámos os perigos de Putin", afirmou.


Na opinião do historiador, as "mentalidades democráticas" tendem a não compreender o "síndroma das ditaduras" e os ditadores, afirma, pensam de maneira diferente.


"No caso de Putin vimos provavelmente o maior desastre da História Contemporânea - do ponto de vista da liderança - porque não conseguiu nada do que queria fazer e é, por isso, que neste momento a situação é muito perigosa por causa da humilhação que ele pode sofrer podendo provocar atitudes mais violentas e é com isto temos de ser muito prudentes", disse.


O livro 'Rússia - Revolução e Guerra Civil / 1917-1921' (Bertrand Editora, 671 páginas) inclui fotografias e mapas e foi traduzido por Marta Pinho, Pedro Silva e Pedro Vidal.





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Rússia anuncia morte de três pessoas em explosão em Belgorod


Várias explosões mataram três pessoas na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, anunciaram hoje as autoridades deste território, onde estão em construção fortificações.

Rússia anuncia morte de três pessoas em explosão em Belgorod





Na sua conta da rede social Telegram, o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, informou que uma mulher morreu após sofrer traumatismo craniano durante um bombardeamento em Chebekino, uma cidade a oito quilómetros da Ucrânia.


As autoridades russas anunciaram ainda a morte de duas pessoas pela explosão de "munições de tipo não identificado" na aldeia de Starosselie, na fronteira com a Ucrânia e onde vigora o estado de emergência desde 27 de outubro.


As localidades e infraestruturas da região são alvo com frequência de bombardeamentos, atribuídos a Moscovo pelo Exército ucraniano.


"Desde abril, temos vindo a reforçar ativamente as nossas fronteiras", disse o governador, citado pela agência noticiosa russa TASS, acrescentando que a construção de fortificações é um trabalho "em grande escala".


Na semana passada, a Rússia já tinha anunciado obras de fortificação na península anexa da Crimeia.


O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, ordenou a construção de fortificações nas regiões russas de Belgorod e Kursk, bem como na região de Lugansk, ocupada por Moscovo, no leste da Ucrânia.





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Cessar-fogo com Rússia seria "facada nas costas do mundo civilizado"


O conselheiro presidencial ucraniano considerou que o país "deve e libertará todos os seus cidadãos do inferno dos campos de concentração russos".


Cessar-fogo com Rússia seria facada nas costas do mundo civilizado







Reiterando a sua posição contra um cessar-fogo no conflito encabeçado pelo presidente russo, Vladimir Putin, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, recorreu à rede social Twitter para salientar que o “mundo russo” nos territórios ocupados baseia-se em “mil e uma formas de tortura”, assegurando que a Ucrânia “deve e libertará todos os seus cidadãos do inferno dos campos de concentração russos”.

Apontou, por isso, que um cessar-fogo seria uma “facada nas costas do mundo civilizado”.


“Querem saber o que é o ‘mundo russo’ nos territórios ocupados? Mil e uma formas de tortura. Sequestro. Execuções em massa, violações. Só porque o nosso povo se identifica como ucraniano. Querem saber o que lhe dá poder para sobreviver? Fé que este filme de terror tem de acabar”, começou por elencar o responsável.


Podolyak foi mais longe, complementando: “Querem saber o maior medo deles? ‘Congelamento da guerra’, ‘cessar-fogo’ e recusa da contra-ofensiva, como uma facada nas costas do mundo civilizado. Não podemos deixar que isso aconteça: a Ucrânia deve e libertará todos os seus cidadãos do inferno dos campos de concentração russos.”


Horas antes, o responsável considerou, na mesma rede social, que a Rússia está a implorar “por uma conversa”.


“A Rússia a dar nas vistas. Após nove meses e 80 mil soldados russos mortos, 'o gangue dos drogados que procuraram ter poder em Kyiv' transformou-se no 'governo democrático da Ucrânia', e imploram por uma conversa", escreveu, considerando que a “lição a retirar” é nunca interferir “na vida política de outro país”


"Vocês [Rússia] não fazem ideia o que são eleições ou liberdade", rematou.


Acumulam-se as declarações do conselheiro presidencial ucraniano quanto à rejeição de conversações com a Rússia que, a seu ver, não trariam paz, mas multiplicariam as vítimas, ao representar a vitória de Putin.


Ainda assim, Podolyak indicou, noutra ocasião, que “a Ucrânia nunca se recusou a negociar”.


“A nossa posição de negociação é conhecida e aberta. Putin está pronto? Obviamente que não. Portanto, somos construtivos na nossa avaliação: falaremos com o próximo líder da [Rússia]”, disse, alertando que, para a porta das conversações ser aberta, a Rússia deverá retirar as suas tropas da Ucrânia.



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Kyiv inicia investigação a vídeo de alegadas execuções de presos russos


A Procuradoria-Geral ucraniana iniciou uma investigação sobre a alegada execução de prisioneiros russos por soldados ucranianos, após uma denúncia de Moscovo do surgimento nas redes sociais de vídeos que parecem indicá-lo.


Kyiv inicia investigação a vídeo de alegadas execuções de presos russos





Anteriormente, o comissário para os Direitos Humanos da Ucrânia, Dimitro Lubinets, indicou que os soldados russos primeiro declararam a sua rendição e depois abriram fogo sobre as tropas ucranianas, que responderam aos disparos.


"Responder a fogo com fogo não é crime de guerra", comentou.


A Procuradoria-Geral manifestou-se então sobre esse ponto, afirmando que investigará se efetivamente os soldados russos se renderam como parte de uma estratégia para atacar a parte ucraniana e obter vantagem -- algo que é proibido pelo direito internacional humanitário.


A alegada execução de pelo menos dez soldados russos desencadeou os protestos de Moscovo, que logo exigiu às organizações internacionais que investiguem o que aconteceu, indicando que as próprias autoridades russas analisarão o caso em busca de responsáveis.



Já na semana passada, o Ministério da Justiça russo advertiu de que tanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como "os seus sequazes" deveriam prestar contas e responder em tribunal por este episódio de "tortura e assassínio".



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Ucrânia vasculha mosteiros à procura de "atividades subversivas"


Os serviços de segurança da Ucrânia (SBU) vasculharam vários mosteiros em diferentes cidades, incluindo Kiev, para encontrar alegadas "atividades subversivas" a cargo dos interesses russos.


Ucrânia vasculha mosteiros à procura de atividades subversivas





As buscas visaram instalações ligadas à Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscovo, incluindo o Mosteiro das Cavernas de Kiev, declarado Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).


As autoridades também alargaram as suas operações à região de Rivne, no oeste da Ucrânia, com o objetivo de localizar possíveis 'stocks' de armas ou esconderijos de espiões.


A Igreja Ortodoxa tentou nos últimos meses distanciar-se de possíveis simpatias por Moscovo, afastando-se assim da ofensiva militar iniciada em fevereiro.


Mas, no entanto, a SBU arrancou uma investigação após uma música cantada num culto ter defendido o despertar da "Mãe Rússia".


O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, acusou Kiev de estar a fazer perseguição religiosa.


Na sua opinião, as buscas em mosteiros é "mais um elo na cadeia de ações militares contra a ortodoxia russa", de acordo com órgãos oficiais.




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Recém-nascido morto em ataque com míssil russo a maternidade em Zaporíjia


O edifício de dois andares ficou destruído.

Recém-nascido morto em ataque com míssil russo a maternidade em Zaporíjia









Um bebé recém-nascido morreu na sequência de um ataque russo que atingiu uma maternidade na região de Zaporíjia, na Ucrânia, (mas que Moscovo alega ter sido anexada).


Oleksandr Starukh, chefe da administração militar regional de Zaporíjia, disse no Telegram que as forças russas "lançaram mísseis contra uma pequena maternidade" na cidade de Vilnyansk.


"Os nossos corações estão cheios de dor, pois um bebé recém-nascido foi morto", revelou, citado pela CNN.


Havia "uma mulher em trabalho de parto com um bebé recém-nascido e um médico" dentro do prédio. Foram os dois resgatados.


Segundo informações preliminares, não há mais ninguém sob os escombros.


Vilnyansk é uma cidade controlada pela Ucrânia. Partes da região mais ampla de Zaporíjia estão ocupadas pela Rússia, que a reivindica como território seu, em violação do direito internacional.



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investigação (e com desfecho indefenido)


O Parlamento Europeu (PE) deverá aprovar, esta quarta-feira, em Estrasburgo uma resolução não vinculativa onde reconhece a Rússia como Estado "patrocinador do terrorismo", enquanto se avoluma a lista de alegados crimes de guerra atribuídos às partes em conflito na Ucrânia.

Alegados crimes de guerra sob investigação (e com desfecho indefenido)





A resolução visa que Moscovo responda judicialmente por alegados crimes de guerra cometidos pelas suas forças na Ucrânia, que têm vindo a ser documentados desde o início da invasão da Ucrânia há quase nove meses.


No mais recente caso, e na sequência da recente retirada militar russa e de parte da população civil da cidade de Kherson, sul da Ucrânia e na margem direita do rio Dniepre, ocupada nos primeiros dias da invasão, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que os investigadores documentaram "400 crimes de guerra" cometidos pelas forças russas durante a ocupação.


Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Justiça da Ucrânia também anunciou a "descoberta de quatro locais de tortura" usados pelos russos nessa cidade durante a ocupação e antes da retirada total para a margem esquerda do Dniepre em 11 de novembro.


Ainda no passado domingo, o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, indicou estarem registados "47 mil potenciais crimes de guerra" no país e reivindicou um tribunal internacional especial para investigar e julgar "o crime de agressão" da Rússia que assemelhou a um "genocídio"


Desde o início do conflito que diversos 'media' e organizações internacionais, onde se tem destacado a Amnistia Internacional (AI), também têm revelado situações que podem configurar crimes de guerra, à semelhança da procuradoria-geral ucraniana, e mesmo que as informações nem sejam sempre coincidentes.


Kyiv tem anunciado regularmente a descoberta de valas comuns em diversos locais do país anteriormente ocupados pelas forças russas, alguns com civis que apresentariam sinais de tortura.


Em abril, mais de 400 corpos de civis terão sido descobertos em Bucha, cidade situada nos arredores de Kyiv.


Em março, as forças russas efetuaram um ataque aéreo que atingiu um teatro de Mariupol, onde estariam refugiadas muitas crianças, com um balanço de centenas de mortos, com a generalidade destas ações desmentidas por Moscovo. Um hospital desta cidade do sudeste, na região do Donbass, também foi atingido nesse mês.


Em setembro, foram encontrados 450 corpos -- na maioria civis -- em valas comuns em Izium, na região de Kharkiv. Ainda nesta cidade do nordeste, registo de ataques indiscriminados das forças russas, com uso de bombas de fragmentação.


Os tribunais ucranianos também já condenaram um soldado russo, assim como os separatistas russófonos do Donbass também sentenciaram diversos "mercenários estrangeiros" envolvidos no conflito, e membros do batalhão Azov, muitos deles entretanto envolvidos em trocas de prisioneiros.


Mais recentemente, e na sequência da designada "operação militar especial" desencadeada pelo Kremlin em 24 de fevereiro, o chefe de tanque russo, Vadim Shishimarin, 21 anos, foi condenado a prisão perpétua acusado de ter disparado contra um civil não armado na localidade de Chupakhivka, nordeste do país, alguns dias após o início da invasão.


Neste contexto, foi admitido que seria mais fácil indiciar por crimes de guerra os soldados individualmente face aos comandantes militares ou políticos com altas funções.


No início de agosto passado, um novo relatório da Amnistia Internacional (AI) revela que as táticas de combate ucranianas também colocavam civis em perigo, referindo-se a bases militares instaladas em zonas residenciais (incluindo escolas e hospitais), ataques lançados a partir de zonas residenciais, mas sublinhado que estas "violações dos direitos humanos" não justificam os ataques "indiscriminados e sistemáticos" da Rússia por terra, mar e ar a alvos residenciais e a civis.


Kyiv reagiu de forma veemente, com o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, a manifestar "indignação" com as acusações "injustas" avançadas pela AI, enquanto o Presidente Volodymyr Zelensky considerava que a organização estava a "tentar amnistiar o Estado terrorista russo".


Em paralelo, Moscovo também tem acusado Kyiv da prática de "crimes de guerra", sendo o mais recente a acusação da execução sumária de 11 soldados detidos na região de Lugansk e que estavam desarmados, tendo pedido à ONU que investigue este incidente.


O Comité de Investigação da Rússia abriu um processo criminal na semana passada e na segunda-feira o Kremlin garantiu que vai tentar identificar os responsáveis e julgá-los. Kyiv rejeita a versão de Moscovo, mas a Procuradoria-Geral ucraniana anunciou na terça-feira que iniciou uma investigação sobre a alegada execução.


Os líderes russófonos do Donbass também têm denunciado bombardeamentos sistemáticos das tropas ucranianas contra zonas residenciais em Donetsk e Lugansk com muitas baixas civis e que decorrem desde o início do conflito nesta região do leste a Ucrânia, na sequência da rebelião separatista da primavera de 2014.


Responsáveis da Human Rights Watch (HRW), uma organização não-governamental sediada em Nova Iorque, têm ainda considerado que o estabelecimento da "cadeia de comando" é muito importante para qualquer futuro processo, em particular para determinar se um potencial crime foi autorizado por um dirigente.


Desde 2013 que o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, investiga crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia, ainda antes da anexação da Crimeia pela Rússia. No entanto, o TPI não tem poder para prender suspeitos e a Rússia não é signatária do acordo que instituiu o Tribunal (à semelhança dos Estados Unidos ou China), sendo pouco provável que extradite dos suspeitos.


O TPI também pode desencadear processos judiciais contra dirigentes políticos por terem "promovido uma guerra agressiva", uma invasão ou conflito injustificado que não tenha sido efetuado em estado de legítima defesa.


No entanto, será muito difícil ao TPI indiciar os dirigentes russos, incluindo o Presidente Vladimir Putin, pelo facto de o país não ser signatário do tribunal.


Desta forma, admite-se a formação de um tribunal próprio para julgar os potenciais crimes de guerra e contra a humanidade, e quando os tribunais ucranianos já começaram a organizar os seus próprios processos.


Em teoria, o Conselho de Segurança da ONU também pode pedir à sua instância judicial que inicie uma investigação, mas a Rússia poderá sempre aplicar o seu veto.


A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.



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Ataques massivos na Ucrânia. Três mortos e cortes de energia em Kyiv


Antes dos bombardeamentos desta quarta-feira, foram ouvidos alertas de ataques aéreos em todo o país.


Ataques massivos na Ucrânia. Três mortos e cortes de energia em Kyiv









ARússia voltou à carga e lançou uma nova vaga de mísseis contra o território ucraniano. Uma série de explosões foram ouvidas, esta quarta-feira, em Kyiv, e provocaram pelo menos três mortos e nove feridos.


"Nove pessoas ficaram feridas, oito delas foram transportadas para hospitais de Kyiv. Uma vítima recebeu tratamento médico no local", salientou numa publicação na rede social Telegram.


Os ataques atingiram infraestruturas críticas e edifícios residenciais na capital da Ucrânia, conforme foi confirmado pelo autarca de Kyiv, Vitaly Klitschko.


Na sequência dos bombardeamentos, Kyiv registou cortes de eletricidade e de abastecimento de água.


"Não há luz em alguns distritos de Kyiv. Especialistas em energia relatam paralisações de emergência. Devido ao bombardeamento, também o abastecimento de água foi suspenso. Os especialistas estão a trabalhar para restaurá-lo o mais rápido possível", avisou Klitschko, que pediu os moradores que fiquem em abrigos antiaéreos e se preparem para o "pior cenário" durante o inverno.


"Este é o pior inverno desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou.


Também foram registadas explosões nas regiões de Mykolaiv, Dnipropetrovsk e Lviv. A defesa aérea ucraniana conseguiu eliminar algumas das ameaças russas.


O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que se ativem "todos os sistemas de defesa aérea que sejam necessários o mais rápido possível", na sequência destes novos ataques.


"A Rússia comemora o seu reconhecimento como Estado terrorista com novos mísseis de terror contra a capital da Ucrânia e outras cidades", afirma Kuleba, numa publicação na rede social Twitter, acrescentando que "a Rússia deve ser reconhecida como um estado terrorista mundial e a Ucrânia deve obter todos os sistemas de defesa aérea necessários o mais rápido possível".



Recorde-se que a Rússia atacou hoje uma maternidade na região de Zaporíjia, que matou um bebé recém-nascido, no dia em que foi declarada como "estado patrocinador do terrorismo" pelo Parlamento Europeu.



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