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Herdeira de cerca de quatro mil milhões de euros quer entregar 90% da fortuna ao Estado

Roter.Teufel

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Out 5, 2021
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Herdeira de cerca de quatro mil milhões de euros quer entregar 90% da fortuna ao Estado

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Marlene Engelhorn considera-se um "produto de uma sociedade desigual".

Tem 31 anos e é herdeira de um património avaliado em mais de quatro mil milhões de dólares (mais de 3,8 mil milhões de euros). Marlene Engelhorn chegou às notícias depois de revelar o que pretende fazer com o dinheiro. Não para investir ou para doar a instituições, a mulher quer entregar 90% da fortuna ao Estado.

Marlene cresceu numa mansão em Viena, na Áustria, e sempre estudou nos colégios mais prestigiados da cidade. Explica que quando era jovem não tinha consciência dos privilégios que dispunha enquanto rapariga rica, mas que com o tempo foi se apercebendo de todas essas regalias. Hoje, considera-se "um produto de uma sociedade desigual" e acredita que as fortunas não ganhas devem ser democraticamente atribuídas pelo Estado.

"Eu sou o produto de uma sociedade desigual, porque, de outra forma, não poderia ter nascido com milhões", disse numa conferência de imprensa, citada pelo The New York Times.

A fortuna da família de Marlene teve origem em Friedrich Engelhorn, que há cerca de 150 anos fundou na Alemanha a BASF, uma das maiores empresas químicas do mundo. Outra empresa da família, a Boehringer Mannheim, que produzia produtos farmacêuticos e equipamento de diagnóstico médico, foi vendida por 11 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros) em 1997.

Foi na universidade que Marlene diz ter alargado a perspetiva de vida. Na altura, começou a interessar-se pela interligação entre a discriminação racial, de género e económica.

No início de 2020, foi-lhe dada a notícia de que após a morte da avó herdaria uma grande fortuna. Marlene não conseguiu ficar feliz por entender que "era parte do problema". Decidiu, portanto, entrar num grupo de milionários pró-Impostos onde pessoas na mesma situação discutiam os privilégios.

Para Marlene, a implementação e/ou o aumento de impostos sobre os ricos são necessários. Este ano, publicou o primeiro livro: "Geld" ("Dinheiro" em português) aborda a redistribuição da riqueza.

Correio da Manhã
 
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