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Hezbollah fura defesas israelitas e mata militares no centro de Israel
Militantes usam dezenas de ‘rockets’ para confundir ‘Cúpula de Ferro’ e lançam ‘enxame’ de drones contra base militar.
Vários drones do Hezbollah atingiram no domingo à noite uma base militar no centro de Israel, matando pelo menos quatro soldados e ferindo dezenas, no ataque mais mortífero do grupo xiita contra as forças israelitas desde o início da incursão no Líbano, há duas semanas.
Segundo o grupo xiita, foram lançados dezenas de mísseis e ‘rockets’ contra Nahariya e Acre, no Norte de Israel, para "distrair" as defesas antiaéreas israelitas e permitir o lançamento de um ‘enxame’ de drones armadilhados contra a base militar, situada nos arredores de Binyamina, numa "operação complexa" que permitiu iludir a ‘Cúpula de Ferro’ israelita. Pelo menos um destes drones atingiu uma messe onde os militares israelitas estavam a jantar e, além das quatro vítimas mortais, fez ainda mais de 60 feridos.
O Hezbollah disse ter usado "vários tipos de drones" no ataque, alguns dos quais pela primeira vez. O sucesso do ataque coloca em causa a eficácia das defesas israelitas, que estão preparadas para abater mísseis e ‘rockets’, mas pouco podem fazer contra alvos mais pequenos e difíceis de detetar pelos radares.
Entretanto, Israel alargou ontem as operações no Líbano e atacou pela primeira vez a localidade cristã de Aitou, no Norte do país, matando pelo menos 21 pessoas. Até agora, os bombardeamentos israelitas tinham estado circunscritos ao Sul do Líbano, à região do Vale de Bekaa e à cidade de Beirute e aos seus arredores.
Túnel com armas a 200 metros de base da ONU
As forças israelitas descobriram no fim de semana um túnel com armas e ‘rockets’ do Hezbollah a 200 metros de uma base das forças de manutenção de paz da ONU no Sul do Líbano (UNIFIL). Um porta-voz militar israelita, que levou jornalistas ao local, disse que o túnel "parece ter sido construído há vários anos" e estava na "linha de visão" da base dos ‘capacetes azuis’.
O PM israelita, Benjamin Netanyahu, pediu no domingo a retirada das forças da ONU do Sul do Líbano, afirmando que estão a ser usadas como "escudos" pelo Hezbollah. Horas antes, a UNIFIL tinha acusado tanques israelitas de invadirem uma das suas bases na região, motivando condenação geral. Israel alega que um tanque que tentava retirar soldados feridos do campo de batalha "recuou acidentalmente" contra a vedação da base, e garantiu que em nenhum momento os ‘capacetes azuis’ da ONU estiveram em perigo.
Ataques à ONU "inaceitáveis"
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou "inaceitável" que militares da ONU no Sul do Líbano possam ser "alvos intencionais" das forças israelitas e lembrou que os recentes ataques foram alvo de "forte condenação" por parte da UE, tal como a hostilidade de Israel para com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Ataque faz 10 mortos
Pelo menos 10 pessoas morreram e 40 ficaram ontem feridas num ataque israelita contra civis que aguardavam a distribuição de comida no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza. A região está a ser alvo de uma renovada ofensiva israelita após suspeitas de que militantes do Hamas estariam a tentar reagrupar-se ali.
Correio da Manhã
Militantes usam dezenas de ‘rockets’ para confundir ‘Cúpula de Ferro’ e lançam ‘enxame’ de drones contra base militar.
Vários drones do Hezbollah atingiram no domingo à noite uma base militar no centro de Israel, matando pelo menos quatro soldados e ferindo dezenas, no ataque mais mortífero do grupo xiita contra as forças israelitas desde o início da incursão no Líbano, há duas semanas.
Segundo o grupo xiita, foram lançados dezenas de mísseis e ‘rockets’ contra Nahariya e Acre, no Norte de Israel, para "distrair" as defesas antiaéreas israelitas e permitir o lançamento de um ‘enxame’ de drones armadilhados contra a base militar, situada nos arredores de Binyamina, numa "operação complexa" que permitiu iludir a ‘Cúpula de Ferro’ israelita. Pelo menos um destes drones atingiu uma messe onde os militares israelitas estavam a jantar e, além das quatro vítimas mortais, fez ainda mais de 60 feridos.
O Hezbollah disse ter usado "vários tipos de drones" no ataque, alguns dos quais pela primeira vez. O sucesso do ataque coloca em causa a eficácia das defesas israelitas, que estão preparadas para abater mísseis e ‘rockets’, mas pouco podem fazer contra alvos mais pequenos e difíceis de detetar pelos radares.
Entretanto, Israel alargou ontem as operações no Líbano e atacou pela primeira vez a localidade cristã de Aitou, no Norte do país, matando pelo menos 21 pessoas. Até agora, os bombardeamentos israelitas tinham estado circunscritos ao Sul do Líbano, à região do Vale de Bekaa e à cidade de Beirute e aos seus arredores.
Túnel com armas a 200 metros de base da ONU
As forças israelitas descobriram no fim de semana um túnel com armas e ‘rockets’ do Hezbollah a 200 metros de uma base das forças de manutenção de paz da ONU no Sul do Líbano (UNIFIL). Um porta-voz militar israelita, que levou jornalistas ao local, disse que o túnel "parece ter sido construído há vários anos" e estava na "linha de visão" da base dos ‘capacetes azuis’.
O PM israelita, Benjamin Netanyahu, pediu no domingo a retirada das forças da ONU do Sul do Líbano, afirmando que estão a ser usadas como "escudos" pelo Hezbollah. Horas antes, a UNIFIL tinha acusado tanques israelitas de invadirem uma das suas bases na região, motivando condenação geral. Israel alega que um tanque que tentava retirar soldados feridos do campo de batalha "recuou acidentalmente" contra a vedação da base, e garantiu que em nenhum momento os ‘capacetes azuis’ da ONU estiveram em perigo.
Ataques à ONU "inaceitáveis"
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou "inaceitável" que militares da ONU no Sul do Líbano possam ser "alvos intencionais" das forças israelitas e lembrou que os recentes ataques foram alvo de "forte condenação" por parte da UE, tal como a hostilidade de Israel para com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Ataque faz 10 mortos
Pelo menos 10 pessoas morreram e 40 ficaram ontem feridas num ataque israelita contra civis que aguardavam a distribuição de comida no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza. A região está a ser alvo de uma renovada ofensiva israelita após suspeitas de que militantes do Hamas estariam a tentar reagrupar-se ali.
Correio da Manhã