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O hipopótamos de Escóbar são também uma atração turística Fotografia © Reuters
Os hipopótamos que o narcotraficante colombiano Pablo Escobar albergava na sua luxuosa vivenda desde a década de 80 continuam a ser uma fonte de problemas. Reproduzem-se em excesso e a sua manutenção obriga a custos exorbitantes.
Quando estava no auge da sua carreira criminosa, o chefe do Cartel de Medellín construiu um jardim zoológico particular na sua 'Hacienda Nápoles' e, para isso, importou, alegadamente de forma ilegal, da África quatro hipopótamos, os únicos animais que ainda se mantêm na grande propriedade. Após vários problemas causados pela criação dos animais, que nunca tiveram solução, voltam agora a soar queixas sobre as consequências para os humanos que habitam naquela zona.
A casa, localizada na margem do rio Nare (afluente do rio Magdalena), em Doradal (Puerto Triunfo), foi alugada e transformada num parque temático por uma empresa privada, em 2008, que a tornou num local de visita obrigatório para muitos turistas, com diferentes espécies de animais como principais atrações. As tarefas de reabilitação do parque permitiram que tenham subsistido ecossistemas de peixes, borboletas, répteis e de pássaros, assim como uma comunidade de hipopótamos que continuam a reproduzir-se. Atualmente vivem no parque cerca de 30 hipopótamos, um número incontrolável para um espaço tão reduzido.
A Corporação Autónoma Regional das bacias hidrográficas dos Rios Negro e Nare já se manifestou dizendo que a situação é bastante grave pois os animais são perigosos e até mortais, já que podem atacar as comunidades campesinas existentes perto dos locais por onde se passeiam os hipopótamos.
A controvérsia sobre estes de animais provenientes da África começou em junho de 2009 quando caçadores e soldados abateram o hipopótamo macho (encontrado por pescadores) que escapara em 2006 com uma fêmea da 'Hacienda Nápoles', propriedade de Pablo Escobar, abatido a tiro em finais de 1993.
Existe ainda uma grande discussão sobre o que fazer com os animais. Falou-se no seu retorno para África, em esterilização ou até em abatê-los mas, devido ao investimento enorme que seria necessário, a situação nunca mudou. O Ministério do Meio Ambiente disse, inclusivamente, que criaria um plano para controle, captura e confinamento da espécie mas nunca avançou alegando que é a Corporação Autónoma Regional das bacias hidrográficas dos Rios Negro e Nare que deveria intervir. As autoridades também nunca quiseram assumir qualquer responsabilidade e, dessa forma, o problema persiste, com tendência a agravar-se.
dn