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História da Pirataria!

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GF Platina
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Os oceanos foram uma grande ajuda para o comércio, pois o comércio marítimo, era rápido e fácil, ao contrário do comércio terrestre. Por isso, os comerciantes preferiam as vias marítimas. Como a mercadoria passou a ser entregue por via marítima, por comerciantes que seguiam junto à costa e sem bússolas, os primeiros piratas começaram a atacar embarcações. A primeira actividade pirata registada data do início do séc. VII A.C., no Mar Egeu. Nesta época, o rei assírio Sennacherib tentou expulsar alguns piratas da foz do Golfo Pérsico. Alexandre "O Grande", tentou embora sem êxito, expulsar de todo o Mar Mediterrâneo, os piratas. No ano 67 A.C., Pompeu, General romano, mandou milhares de homens exterminar os piratas, e até conseguiram exterminar um grande número deles, embora no séc. I D.C., o imperador Trajano ainda tentava arranjar planos para se livrar dos piratas. À medida que o crescimento económico europeu ía aumentando, com ele aumentava também, o número de piratas.

Esta era dourada estende-se desde 1660 até 1730, devido à comercialização de mercadoria via marítima, entre vários locais. Desde as riquezas do Novo Mundo, que eram transportadas em caravelas comandadas por portugueses ou espanhóis do Brasil à Península Ibérica, até à mercadoria transportada no Mar das Caraíbas. Alguns piratas ficaram com o seu nome na história, tal como Edward Teach, mais conhecido por Barba Negra. Mas a pirataria não era só um problema europeu e americano: as embarcações de Xangai até Singapura, de Vietname ao Japão e à China, e até as embarcações não muçulmanas da costa norte de África eram alvos de corso. Enquanto os mapas se tornavam cada vez mais disponíveis, a actividade pirata aumentava. A pirataria continua nos dias de hoje, e embora já muito reduzida, é um problema internacional.

No ano 331 A.C., Alexandre "O Grande" ordenou a expulsão dos piratas do Mar Egeu, e perguntou a um deles qual a razão pela qual estes tornavam os mares inseguros. O pirata respondeu-lhe: "A mesma razão pela qual vós fazeis estremecer o mundo inteiro. Mas como eu faço o que faço num pequeno navio, eu sou chamado pirata. Como vós fazeis o que fazeis com uma grande armada, vós sois chamado de Imperador."
 
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Códigos de Conduta Piratas!

Códigos de Conduta Piratas​

Os artigos piratas eram o seu regulamento. Os capitães piratas tinham de seguir este regulamento à risca, pois a sua tripulação poderia revoltar-se contra o seu capitão, por exemplo, deixando-o numa ilha deserta, só com uma bala e pouco mais.

I​
Todos os homens têm voto nos assuntos do momento e têm igual direito a provisões frescas ou a licores fortes, a qualquer momento desejado e podem usá-los a seu belo prazer, a não ser que a escassez torne necessário, para o bem de todos, votar o racionamento.​

II​
Todos os homens só têm de ser chamados no seu turno, seguindo a lista, pois eles podem, nos seus turnos, descansar e fazer algo livremente, mas se eles defraudarem a Companhia no valor de um dólar no prato, jóias ou dinheiro, têm o castigo de serem abandonados numa ilha deserta. Se o roubo ocorrer apenas para com qualquer outro marinheiro da tripulação, eles contentam-se cortando as orelhas e o nariz ao culpado, e deixando-o numa costa inabitada, não num sítio qualquer, mas num sítio onde navios o possam encontrar.​

III​
Nenhuma pessoa pode jogar às cartas ou aos dados por dinheiro.​

IV​
As luzes e as velas têm de ser apagadas às oito horas da noite. Se alguém da tripulação, depois dessa hora querer continuar a beber, terá de o fazer no convés.​

V​
Têm de manter as suas peças, pistolas, e restantes armas limpas e prontas para batalhar.​

VI​
Nenhum rapaz ou mulher é permitido(a) estar entre homens. Se algum homem for encontrado a seduzir ou a fazer sexo, e levá-la até ao mar, disfarçando, ele sofrerá ate morte.​

VII​
Quem abandonar o seu navio ou o posto de combate, deverá ser castigado com a morte ou ser abandonado numa ilha deserta.​

VIII​
A lei de parley só usa-se por capitães em situaçao de risco, as disputas de todos os homens devem ser terminadas em terra com os alfange.​

IX​
Nenhum homem pode falar em desistir da vida de pirata, sem antes ter partilhado 1000 libras (1000 libras, é o equivalente a cerca de 1473€). Se para isso, algum homem tiver de perder um membro, ou tornar-se incapacitado para o seu serviço, ele teria de ter 800 dólares (cerca de 628,61€), fora do armazenamento público, e por ferimentos, proporcionalmente.​

X​
O capitão e o contramestre têm de receber dois quinhões do saque. O imediato, o mestre, o oficial e o homem de armas, um quinhão e meio, e outros oficiais, um quinhão e um quarto.​

XI​
Os músicos podem descansar no dia religioso de Sabbath (Sábado entre os judeus, Domingo entre os cristãos), apenas à noite, mas nos outros seis dias e noites, não poderão descansar sem um favor especial.​
 
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Vida Difícil do Pirata!

Os piratas tinham uma vida muito difícil. Doenças, castigos e penas de morte são apenas alguns dos avisos para não se tomar uma vida pirata. Mas para não viver na miséria e sofrimento, o risco valia a pena. Os Piratas tal como todos os que viviam a bordo de um navio (muitos destes piratas eram antigos marinheiros, que sofriam na pele, castigos duros da parte de capitães psicopatas da marinha, tendo seguido a carreira de pirata por ser mais tolerável), sofriam da mesma doença que todos os marinheiros: o escorbuto.

Até o século XVIII, a ocorrência de escorbuto era bastante comum entre os marinheiros, pois estes passavam meses em alto mar sem ingerir frutas e verduras frescas, por este tipo de alimento estragar muito rápido, seu estoque não era garantido. Consequentemente os marinheiros ficavam sem fonte de vitamina C e acabavam sendo afetados pelo escorbuto e muitos deles não resistiam e acabavam morrendo.

A partir de 1795 deu-se início a distribuição regular de suco de lima entre os marinheiros da tripulação britânica. Posteriormente, foram introduzidas outras fontes mais ricas em vitamina C como por exemplo, as laranjas, limões e outras frutas cítricas.
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A ratazanha castanha (Rattus norvegicus)
trazia doenças para bordo do navio, entre
elas, a Peste Negra. Para além de trazer
a morte através de doenças, roía alimentos
e também podia roer o casco do navio,
afundando-os.
 
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Tripulação do Navio Pirata!

Cada tripulação pirata, tinha vários elementos importantes. Desde o Capitão até ao Criado-de-Bordo, todos eram importantes para a boa manutenção e o bom funcionamento do barco, quer em bom tempo ou em tempestades, quer em tempo calmo ou de batalha.

O Capitão da tripulação era escolhido democraticamente e escolhiam entre si, quem iria chefiar. Os mais bem sucedidos eram os que cujas capacidades em combate e em liderança fossem boas.

O Imediato está também encarregado de destribuir o saque efectuado nos outros barcos. Ele repartia tudo, desde as refeições aos castigos.

Os navios tinham vários Mestres. Os Mestre do Navio eram oficiais inferiores que tinham várias tarefas, entre as quais, vigiar as velas e o cordame e deixar o convés limpo.

O Carpinteiro substituia peças de madeira do navio danificadas, tapava buracos e emendava as velas rasgadas.

Os Homens de Armas tinham de ter boa pontaria e de saber mexer em canhões, para poderem disparar vários canhões. Para conseguir esta perícia, eram precisos vários anos e os melhores Homens de Armas eram muito procurados.

O cirugião utilizava uma grande variedade de facas para extrair balas, amputar membros e tratar feridas de fogo de canhão ou de lutas de alfange. Poucos navios tinham um cirugião a bordo.

Uma posição de baixo nível, era o rapaz da pólvora, destinado a rapazes novos que eram membros recém-chegados da tripulação pirata.O trabalho deles era limpar e carregar armas. Podiam ser promovidos a Imediatos de Homens de Armas ou até mesmo a Homens de Armas, se sobrevivessem.

Os membros recém-chegados, podiam-se tornar também Criados-de-Bordo. Trabalhavam como criados, encarregados de limpar o camarote do capitão, ajudar o cozinheiro e fazer outras tarefas de pouca importância.
 
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Alimentação dos Piratas

As refeições a bordo não variavam muito, dependendo da habilidade do cozinheiro. Um navio podia transportar 48.000 litros de cervejas e apenas 16.000 litros de água. Em terra, os piratas comiam e bebiam em excesso, para compensar o que comiam nos navios (carne podre, biscoitos roídos e água estagnada são alguns alimentos da má comida que os piratas comiam a bordo de um navio).

Aqui vai uma receita de salada (alimento muito consumido na época).
Salmagundi (derivado do francês salmigondis) actualmente significa uma mistura, uma confusão. Esta receita era uma salada, com um sabor forte, que era servida na época, em tabernas de Port Royal, Tortuga e noutros bastiões pirata. Esta receita foi retirada do livro histórico oficial " Arte da Culinária", publicado em 1747 por Hannah Glasse.

Ingredientes:
- 2 ou 3 alfaces frisadas ou lisas;
- 2 frangos;
- 9 ou 10 anchovas;
- 1 limão;
- 4 ovos;
- cebolas;
- água;
- óleo de salada;
- vinagre;
- sal;
- pimenta;
- uvas ou feijão verde branqueado.
 
1 Pegue nas alfaces frisadas ou lisas e quando as tiver lavado, seque-as muito bem com um pano. Comece então pelo lado aberto e corte-as transversalmente tão finas como um fio grosso e coloque-as assim cortadas no fundo do prato até perfazerem cerca de 2,5 cm de espessura.

2 Quando assim tiver guarnecido o seu prato, pegue em dois frangos assados e frios, e corte a carne dos peitos e das asas em bocados com cerca de 7,6 cm de comprimento, cerca de 0,6 cm de largura e tão estreitas como uma ou duas moedas.

3 Estenda-os sobre a alface, de fora para dentro do prato e depois em direcção à borda.

4 Depois de ter retirado as espinhas a seis anchovas, corte cada uma em oito bocados, e depois ponha todos os bocados entre cada fatia das aves.

5 Em seguida, corte a carne não gorda das pernas em cubos e um limão em pequenos cubinhos.

6 Pique então, as gemas dos ovos após os cozer, mais as restantes anchovas e um bocadinho de salsa. Com estes alimentos faça um monte redondo no prato, na forma de um pão de Deus e guarneça o prato com cebolas do tamanho de gemas de ovos, muito tenras e brancas, cozidas numa boa quantidade de água.

7 Coloque a maior das cebolas ao centro em cima da Salmagundi e as restantes cebolas, em redor da borda do prato.

8 Depois basta um pouco de óleo de salada e um pouco de vinagre, sal e pimenta e deite sobre o prato.

9 Guarneça com uvas escaldadas ou com feijão. Sirva como entrada.
 
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O rum

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O rum era uma bebida muito apreciada
pelos piratas.

Para uma medida de rum, juntar três medidas de água quente na qual se dissolveram o sumo de meio limão e três colheres de açúcar. Isto constituía a dose para um homem.

Grogue
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Outra bebida muito apreciada pelos piratas,
sendo essencialmente constituída por rum,
ao qual era juntada várias especiarias e
temperos (a receita era igualmente idêntica
a do rum).
 
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Uma pequena lista de mantimentos de 1708:
- 4 Barris de Bife;
- 4 Salmas de Carne de Porco;
- 82 Firkins de Manteiga;
- 8 Barricas de Cerveja;
- 3 Caixas de Sabão;
- 14 Caixas de Velas;
- 12 Barris de Farinha de Aveia;
- 3 Salmas de Vinagre;
- 6 Pedaços de Tela;
- 4 Barris de Sebo;
- 6 Cabeças de Veado;
- 3 Peles Completas de Couro.

Conversões:
- Uma Salma = capacidade de um barril que contivessem entre 63 e 140 galões imperiais (entre 280 e 622 litros).
- Um Firkin = 9 Galões (cerca de 40 litros), pesava 56 libras (cerca de 25 quilos).
 
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Tesouros dos Piratas!

Não há muitas informações precisas sobre os reais paradeiros dos tesouros piratas. O facto é que os bens pilhados eram gastos rapidamente pelos imediatos e inferiores quando chegavam a terra, devido ao facto de se alimentarem mal no navio, e terem necessidades sexuais, família fora dos navios, etc. Gastavam tudo o que haviam recebido do capitão, em bebidas e mulheres (chegando haver casos de piratas que esbanjavam 2000 a 3000 moedas de ouro numa noite). O único que realmente concentrava alguma riqueza que não seria facilmente gasta, era o Capitão do Navio. Não era novidade que o Capitão guarda-se as suas riquezas no navio, pois se destituído, ou abandonado numa ilha deserta, seu tesouro ficaria com outro que não era merecedor. Logo, os piratas elegiam uma ilha deserta por onde costumavam navegar, e escondiam baus de tesouros que, no futuro lhes seriam uteis. Era comum que os piratas criassem mapas, para o caso de morte, ou esquecimento do local onde haviam escondido o tesouro. Os mapas eram muito bem escondidos no casco do navio, e aquele que fosse pego procurando o mesmo, seria acusado de alta traição e condenado a pena de morte.

Depois que o capitão morria, começava a caçada. Aquele que achasse, deveria ficar em silêncio, e depois de alcançado o tesouro, se tornaria o capitão do navio. Caso contrário, poderia ser assassinado por outros piratas que também buscavam por riqueza. Várias lendas vem sendo contadas sobre tesouros piratas. O pirata mais famoso de todos, Barba Negra, ou Edward Teach, escondeu seu tesouro muito bem, nas ilhas caribenhas. A prova, é que 300 anos depois ele ainda não foi achado. Se existe um mapa, o mesmo afundou com o navio, depois que Edward foi morto. A fama de Edward era de carrasco psicopata, era possível que houvesse mais de um mapa no navio, somente um com a indicação correcta, e os outros armadilhas. Ninguém duvidava da crueldade do capitão. Outros famosos capitães também esconderam tesouros, mas sua sorte nem sempre foi a mesma, ja que muitos eram abandonados em ilhas desertas, e quando descobertos, entregues à forca. Há muitas pilhagens enterradas nestas ilhas caribenhas datadas de séculos, mas, quem se arriscaria a buscar?

 
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Bandeiras Piratas!

Cada capitão pirata tinha a sua bandeira pirata, ou uma versão melhorada de outra já criada. Das bandeiras mais conhecidas do mundo, estão as Jolly Roger, que são as bandeiras piratas. Existem várias teorias acerca da sua criação. Uma delas, é que ela já foi chamada por Joli Rouge (Bonito Vermelho, em francês), e depois foi alterado para Jolly Roger, possível pois as bandeiras de fundo preto eram as mais comuns, mas também eram usadas bandeiras de fundo vermelho. Outra teoria, é que, esta já foi tratada por Old Roger, que era usada na altura para referir o diabo. E ainda outra: a de que a Jolly Roger pudesse estar relacionada com os Cavaleiros Templários (famosa ordem militar), pois estes usavam uma bandeira de fundo vermelho com tíbias cruzadas quando adoptaram a forma de vida pirata, depois de a sua ordem ter sido dissolvida em 1312, por suspeita de heresia, pelo Papa Clemente V.
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Bandeira Pirata Jolly Roger.
 

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Vários Tipos de Piratas:

Um corso, ou corsário, (do italiano corsaro, comandante de navio autorizado a atacar navios) era um pirata que, por missão ou carta de marca de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação inimiga, aproveitando o facto de as transações comerciais basearem-se, na época, na transferência material das riquezas. Os corsos eram usados como um meio fácil e barato para enfraquecer o inimigo por perturbar as suas rotas marítimas. Com os corsos, os países podiam enfraquecer os seus inimigos sem suportar os custos relacionados com a manutenção e construção naval.
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Sir Francis Drake foi o maior corsário da história.
 
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Os Bucaneiros

Os bucaneiros eram os piratas originários dos portos das Caraíbas, que inicialmente atacavam os navios e cidades espanholas nas Caraíbas e na América Central. A raiz da palavra bucaneiro está no francês boucaner. O boucan é um grelhador usado para fazer carne fumada. Este é uma forma de preservar carne dos índios nativos das Caraíbas Arawak, que ensinaram a técnica aos colonizadores ilegais em Hispaniola (actual ilha do Haiti e República Dominicana). Estes colonos intrusos caçaram o gado e porcos selvagens e usaram o boucan para preservar a carne para depois comer ou vender aos navios que passavam. Os caçadores que viviam do boucan, ficaram conhecidos por bucaneiros. Expulsos e perseguidos do território espanhol, os caçadores juntaram-se a grupos de escravos e cortadores de lenha do México que tinham fugido, desertores, antigos soldados e outros que tinham sido atacados por navios espanhóis, por isso, este tipo de pirata tinha grande ódio aos espanhóis e semearam a vingança nos navios destes. Em meados do século XVII, a palavra bucaneiro aplicou-se à maioria dos piratas e corsos que eram originários de bases das Índias Ocidentais.
 
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A Flibustaria

A Flibustaria foi uma classe de antigos piratas das Américas. Sob a ameaça permanente dos espanhóis em Hispaniola, os bucaneiros transferiram-se para Tortuga, que oferecia um abrigo natural para barcos de grande porte, facilitando o contrabando dos bucaneiros com piratas e contrabandistas. A sua convivência com os fora-da-lei que frequentavam Tortuga, envolveu-os em actos violentos e actos de pirataria. Assim, a original sociedade bucaneira misturou-se com os piratas, formando uma nova sociedade de foragidos, os flibusteiros, cuja época marcou a idade de ouro da pirataria nas Antilhas, a época da flibustaria. Os flibusteiros autodenominavam-se de "Irmãos da Costa". Não existem certezas quanto à raiz da palavra, mas pensa-se que derive do inglês "fly boat" ou do holandês "vlieboot", em ambas o significado é barco ligeiro. Também pensa-se poder derivar dos termos "freebooter" (inglês) ou "vrij vuiter" (holandês) que significa foragido ou pirata em ambas. O termo foi utilizado pela primeira vez pelo Padre Du Tertre, em 1667, na sua obra "História Geral das Antilhas".
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O filme "Piratas das Caraíbas" retrata o tipo de pirata da Flibustaria.
 
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Pirataria no Mundo!

Norte de África - Piratas e Corsários Berberes e Corsário de Malta!

Os corsários do Norte de África estavam divididos em duas classes, em Argel e Tunis, e eram equipados pelos mais ricos, que recebiam 10% do valor arrecadado. Os piratas usavam galeras até ao século XVII, quando Simon Danser, um flamengo exilado, lhes deu a vantagem de navegar em barcos à vela. Esta pirataria ganhou importância política no século XVI, sendo a época de ouro da Pirataria berbere desde o século XVII ao XIX.

O líder mais importante do norte de África foi Barbarossa ou Barba Ruiva, que uniu a Argélia e a Tunísia militarmente, sob o poder do sultanato otomano com o seu arrendamento da pirataria. Com a chegada dos poderosos clãs mouros de Rabat e Tetuão, em 1609, Marrocos tornou-se um novo centro para os piratas e para os sultões Alawi, que rapidamente se apoderaram das duas repúblicas e encorajaram a pirataria como um rendimento rentável. No século XVII, os piratas argélinos e tunísios uniram forças, e em 1650 mais de 30.000 dos seus cativos foram aprisionados sozinhos em Alger.
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Navio francês a ser atacado por galés argelinas
(óleo de Aertz Anthonisz (1579-1620)

Os actos piratas foram a causa de várias guerras entre Tripolitânia e os Estados Unidos no século XIX. Os britânicos fizeram duas tentativas para acabar com a ameaça dos piratas argelinos depois de 1815, e os franceses acabaram esta guerra em 1830. Depois da revolução americana(1775-1783), os E.U.A. aceitaram pagar pela imunidade aos atacantes, mas mais tarde atacaram os Estados dos piratas do Norte de África e ajudaram a acabar com a pirataria. Durante o resto do século XIX e do princípio do século XX, os Estados Europeus ganharam poder no Norte de África.
 
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Piratas no Oriente!

Menos conhecida mas também muito activa foram os piratas do Extremo Oriente. Pinyin Zehng Zhilong foi um pirata chinês que assumiu o poder durante a transição entre as dinastias Ming e Ch’ing, no século XVII. Como um rapaz normal, Cheng encontrou emprego na colónia portuguesa de Macau, onde foi baptizado e recebeu um nome cristão de Nicolau Gaspar. Depois de deixar Macau, ele entrou num grupo de piratas que atacava as rotas comerciais chinesas e holandesas. Em 1628 ele foi induzido pelo governo para ajudar a defender a costa dos holandeses e piratas, e assim rapidamente adquiriu riqueza e poder.

Muitos outros piratas surgiram no Oriente. Assim, no fim do século XVII, com o crescimento da economia japonesa durante o reinado shogun de Tokugawa (1603-1867) e a dinastia chinesa Ch`ing, a maior parte da pirataria desapareceu. Com o aumento do tamanho dos navios a vapor, inovações tecnológicas das comunicações, patrulha naval das principais rotas marítimas, uma administração regular da maioria das ilhas e áreas continentais costeiras em todo o mundo e a concordância internacional para com a eliminação da pirataria, esta entrou em declínio nos séculos XIX e XX.
 
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Os Mais Temíveis Piratas da História!

Na mente do marinheiro existe um horror supersticioso quando se refere à palavra Pirata. Poucos temas despertam a atenção e excitam a curiosidade dos homens, do que as terríveis proezas, os feitos sórdidos e as carreiras diabólicas desses monstros em forma humana. Aqui destacam-se os maiores e mais temíveis piratas da história.
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Hayr al-Din - Barba Roxa (1465-1546)

Pirata e Almirante turco, nascido em Mitilene, na ilha de Lesbos. Segue as directrizes do seu irmão mais velho, instalando-se nas costas de Túnis, de onde ataca os portos de Dénia e Alicante (1518). Após estas vitórias, coloca-se ao serviço do sultão otomano Selim I. Organiza expedições contra as costas do reino de Granada e da Catalunha. Em 1520 é atacado na sua base, a ilha tunisiana de Jarbah, pelo vice-rei da Sicília, Hugo de Moncada, e tem de a deixar. Em 1533, o sultão Solimão "O Magnífico", nomeia-o Almirante da Armada Turca. Volta a conquistar as costas de Túnis, mas em 1535 é expulso por Carlos V. Para se vingar entra no porto de Maó e devasta a cidade de Minorca. Em 1538 vence o Almirante Andrea Doria na Batalha de Préveza, e pouco depois, derrota a armada unida de Veneza e Espanha. Em 1543 leva a sua armada ao assédio de Nice, que é o seu último feito de armas. Morreu em Constantinopla, em 1546.
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Edward Teach - Barba Negra (1680-1718)

Se fosse feita uma lista dos mais notáveis piratas da história, Edward Teach, mais conhecido por Barba Negra, aparecerá sem dúvida, no topo da lista. Louco, mau e perigoso de se conhecer, a sua aparência aterradora, ataques destemidos e feitos homicidas, tornaram-no não só uma lenda viva, como também num dos piratas mais terríveis que alguma vez percorrera a costa do Atlântico.

A maioria dos historiadores concorda que, na época de sua morte, Teach tinha entre 35 e 40 anos de idade, o que situaria seu nascimento em torno de 1680. Além disso, pouco se sabe sobre a infância dele, excepto que era de Bristol, no sudoeste da Inglaterra. Antes de se tornar pirata, foi empregado pela rainha Ana da Inglaterra, na guerra naval contra os franceses. Na passagem do século XVII para o século XVIII, as grandes potências empregaram mercenários do mar para atacar e saquear os navios inimigos. Ao fim da guerra, em 1713, estes bucaneiros oficiais perderam um emprego rentável, já que costumava desviar parte do saque. Teach, como muitos outros, passou a actuar de forma independente, e formou um bando de piratas, à bordo do seu navio roubado aos franceses, o "Queen Anne`s Revenge".

Barba Negra começou a actuar na costa atlântica dos Estados Unidos e da Jamaica em 1716. Era um navegador e estrategista notável, ao mesmo tempo em que, adoptando um visual ameaçador com tranças na longa barba, era um sanguinário que poucas vezes deixava suas vítimas viverem para contar a história. Em 1718, Londres decidiu banir de vez a pirataria, concedendo uma amnistia geral a todos os piratas. Teach chegou a apreciar a vida em terra, casando-se pela 14ª vez. Mas o apelo do mar e da aventura do saque foi irresistível, e Barba Negra voltou à actividade de pirataria. O seu comportamento agressivo para os padrões actuais demonstraria ser um psicopata. Uma vez atirou no próprio imediato, com a intenção de meter respeito aos seus tripulantes, sendo temido por todos. Tinha o hábito de andar armado com várias pistolas, facas e uma espada. Nas batalhas, ele colocava frequentemente uma pequena lanterna debaixo do chapéu ou tranças na barba, de forma que isto pareceria que a cabeça dele estava em chamas. Apesar das regras da pirataria que era discutida frequentemente por todos os tripulantes dos navios piratas, Barba Negra era um capitão que tinha as regras absolutamente impostas por ele. Após vários saques a navios, em 1718, Barba Negra estabeleceu uma base numa enseada da Carolina do Norte (E.U.A.), cobrando imposto a todos os navios que passassem por lá, e agindo com violência contra quem se recusasse a pagar. Assim as mercadorias só entravam na colónia americana, depois de pagar.

Isso foi possível devido a um acordo entre Charles Eden, Governador da Carolina do Norte, e o Governador da Virgínia, Alexader Spotswood, a pedido dos plantadores das duas colónias. Após a denuncia da sua base, por um espião, uma força naval britânica sob o comando de Robert Maynard, após uma dura batalha, derrotou o Barba Negra. O corpo do pirata foi decapitado e a sua cabeça pendurada na verga do mastro principal do navio "Queen Anne`s Revenge". Diz a lenda que quando o corpo sem cabeça do Barba Negra, foi atirado ao mar, o cadáver nadou várias vezes à volta da chalupa, antes de finalmente se afundar entre as ondas.

Foi um fim digno para a carreira de Barba Negra - uma morte digna de um pirata que tinha provocado tanto caos ao longo da sua vida. Assim foi o fim deste corajoso bruto, que poderia ter sido conhecido pelo mundo como um herói, se tivesse sido empregue numa boa causa. Apesar da exuberância que ganhou o apelido dele, o aspecto mais proeminente da lenda de Barba Negra é o grande tesouro que teria sido enterrado por ele e que nunca foi encontrado. Porém, até hoje há dúvida de que o tesouro tenha existido. O naufragado "Queen Anne's Revenge" foi encontrado em 1996 no litoral da Flórida, a uma profundidade aproximada de 10 metros; vários outros artefactos do navio foram resgatados, recuperados e conservados.

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François L`Ollonais - O Flagelo dos Espanhóis (1635-1668)

Quando François L´Ollonais tinha uma vítima para torturar, se a pobre criatura não respondesse instantaneamente as suas perguntas, esquartejava-a com a sua espada e de seguida lambia o sangue da lâmina com a língua, desejando que tivesse dessa forma matado o último espanhol do mundo. Foi um dos homens mais notáveis que alguma vez navegaram em mar alto. As suas crueldades sobre os espanhóis eram tais, que a fama destas o tornaram conhecido por todo o mundo.

Por esta razão, os espanhóis sempre que eram atacados por mar, preferiam morrer lutando ou naufragar a renderem-se, pois sabiam que não teriam misericórdia às suas mãos. De facto, os seus ataques sobre os espanhóis eram tão atrozes, que ele recebeu a alcunha de "Flagelo dos Espanhóis". Imagina-se que François L'Ollonais nasceu na França em torno de 1635, na região de Sables d'Olonne. Quando menino, foi levado para as Caraibas, onde serviu como criado durante três anos, e depois teria se juntado a caçadores de gado de Hispaniola, antes de se estabelecer na pirataria. No início da década de 1660, L’Ollonais mudou-se para a ilha de Tortuga, onde fez amizade com o Governador Monsieur de la Place, que lhe deu um navio, do qual L'Ollonais foi feito capitão e instruído a levantar âncora para ir atrás de seu destino, o que fez atacando principalmente navios espanhóis. Após vários ataques bem-sucedidos contra os espanhóis, o navio de L’Ollonais naufragou na costa de Campeche, no México, durante uma tempestade extremamente violenta. Todos a bordo conseguiram nadar até a praia, mas, ao atingir a terra, os colonizadores espanhóis, reconhecendo-os, mataram a maioria e feriram L'Ollonais, que só conseguiu escapar da morte porque se escondeu entre os cadáveres de seus camaradas até os espanhóis se afastarem.

Após escapar por pouco, L'Ollonais fugiu para uma floresta, onde curou seus ferimentos, e disfarçado de camponês espanhol, seguiu para a cidade de Campeche, onde fez amizade com alguns escravos que foram persuadidos a ajudá-lo a roubar uma canoa. L'Ollonais então partiu para o mar, dirigindo-se directamente para Tortuga, santuário dos piratas das Caraíbas. Em 1667, L'Olonnais partiu de Tortuga com uma frota de 8 navios e uma tripulação de 600 piratas para saquear Maracaibo. Na rota, L'Olonnais cruzou o caminho de um navio do tesouro espanhol, que ele capturou, juntamente com a sua rica carga de cacau, pedras preciosas e moedas espanholas. Ao mesmo tempo, a entrada do Lago de Maracaibo, e portanto, a própria cidade, foi defendida por uma fortaleza que foi feita para ser invencível. L'Olonnais aproximou-se pelo lado indefeso terrestre e a tomou. Os espanhóis perderam 500 homens, enquanto os piratas apenas 30 marinheiros. Ele então saqueou a cidade, mas descobriu que a maioria dos moradores já havia fugido com suas posses. O pirata localizou os moradores e sob tortura, obrigou-os a entregarem seus bens. Ele também se apossou do canhão do forte e demoliu a maioria dos muros para garantir uma retirada rápida. Durante os dois meses seguintes, l'Olonnais e seus homens estupraram, saquearam e eventualmente, queimaram Maracaibo antes de se mudar para sul, até Santo Antonio de Gibraltar, na margem sul do Lago de Maracaibo.

Apesar do pagamento do resgate (20.000 peças de oito e 500 vacas), l'Olonnais continuou a saquear a cidade de Gibraltar. A aquisição total foi de 260.000 peças de ouro, jóias, pratas, sedas, bem como um bom número de escravos. Os danos infligidos por L'Olonnais a Gibraltar foi tão grande que a cidade, outrora um importante centro para a exportação de cacau, quase deixou de existir em 1680. Por causa do seu ataque em Maracaibo e Gibraltar, L'Olonnais ganhou reputação por sua ferocidade e crueldade. Após a pilhagem de Puerto Cabello, L'Olonnais foi emboscado por um grande grupo de soldados espanhóis a caminho de San Pedro. Escapando por pouco com vida. No entanto, l'Olonnais e os poucos homens que ainda sobreviveram, encalharam o navio no banco de areia nas costas de Darién, província no Panamá, e incapazes de moverem o navio, dirigiram-se para o interior para encontrar comida, mas foram capturados pela tribo Kuna, em Darién, e L'Olonnais foi comido pelos nativos americanos.

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Henry Morgan (1635-1688) - O Maior Pirata da História

Diz-se que quando Henry Morgan morreu na sua casa, na Jamaica, a 25 de Agosto de 1688, o Duque de Albermarle sucumbiu ao desgosto. De facto, ficou tão pesaroso, que ordenou imediatamente um funeral de Estado com uma salva de 22 canhões. O corpo de Morgan foi posteriormente levado para a casa do rei em Port Royal, onde ficou em câmara ardente para que os amigos e familiares lhe pudessem prestar a última homenagem. Posteriormente, o caixão foi colocado numa carruagem puxada por cavalos, que percorreu as ruas da cidade até chegar à igreja de São Pedro. Foi uma despedida extraordinária para qualquer homem, muito mais para um pirata, alguém que passara grande parte da sua vida a pilhar e a saquear, não só em alto mar, como também atacando as colónias espanholas.

Mas Henry Morgan não era um pirata qualquer. Corsário galês, que associado ao pirata holandês Eduard Mansvelt, e o Governador da Jamaica, Thomas Modyford, como protector, Henry Morgan formou uma companhia de Filibusteiros que realizaram diversos ataques a colónias espanholas. Um dos seus ataques que ficaria famoso foi a Porto Bello. Morgan atacou a cidade de Porto Bello com 13 navios e 1150 homens, invadindo-a e derrotando as forças espanholas depois de vários dias de batalha. Para retirar o ouro, a prata e as pedras preciosas utilizou-se de 150 mulas, e ao retirar-se da cidade, incendiou-a. Numa das expedições mais arrojadas, Henry Morgan saiu da Jamaica com uma pequena frota de navios em direcção a Yucatan, atravessaram o golfo do México e marchando por 50 milhas, atacou a cidade de Villahermosa. Ao retornarem ao porto seus navios haviam sido aprisionados pelas tropas espanholas que faziam a ronda para protegerem as colónias de Espanha. Num golpe arrojado, Morgan conseguiu roubar dois navios espanhóis e quatro canoas nativas e conseguiram navegar por 500 milhas sendo então arrastados por correntes marinhas adversas. Dando a volta à península de Yucatan foram parar na rica cidade de Granada onde a atacaram e saquearam. Diversos foram os ataques às cidades espanholas, entre outras Santiago de Cuba e Campeche. Essa cidade era defendida por dois fortes e muitos soldados espanhóis. A batalha durou dois dias sendo derrotadas as forças espanholas.

Pelos seus feitos, o rei Carlos II reconheceu suas contribuições à coroa inglesa e lhe deu o título de Cavaleiro, tornando-o Tenente-Governador da Jamaica, e lhe atribuindo a tarefa de controlar a actividade de piratas na região. Já nomeado Governador da Jamaica, viveu na ilha como rico fazendeiro até sua morte em 25 de Agosto de 1688. Apesar de ser visto por muitos como um herói e ter atingido durante a sua vida uma posição de grande importância social, Henry Morgan será certamente lembrado como um dos mais bem sucedidos e implacáveis piratas que alguma vez viveram.

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Bartholomew Roberts - Black Barty (1682-1722)

Bartholomew Roberts era uma figura galante, vestido com casaco e calções de rico damasco vermelho, uma pena vermelha no chapéu, ao pescoço uma corrente de ouro com uma cruz de diamantes, espada na mão e dois pares de pistolas penduradas num coldre de seda preso aos ombros, e diz-se que deu as suas ordens com bravura e espírito. Embora fosse conhecido por se vestir bem e aparentava ser um cavalheiro descontraído, era na verdade, um assassino impiedoso.

Diferente da maioria dos bucaneiros ou corsários, não gostava de rum, preferindo o chá. Era um homem rigoroso e severo, não permitindo que os seus marinheiros dormissem demasiado, obrigando-os a seguir à risca as regras a bordo, as quais incluíam o bom tratamento das mulheres, regras de boa educação, serviços religiosos ao domingo e a proibição do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Este pirata galês teve grande actividade entre 1719 e 1722, atacando e apresando navios ao largo das costas das Américas e da África Ocidental. Foi o pirata mais bem sucedido da Idade de Ouro da Pirataria, quando avaliado pelo número de navios apresados, tomando mais de 470 presas durante a sua carreira. Em pouco tempo conseguiu mobilizar uma esquadrilha de dimensão suficiente para enfrentar com êxito as frotas das companhias mercantes britânicas, num período em que aquela potência lutava para manter as suas possessões na América do Norte e nas Caraíbas.

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