TGV Francês
Na época o governo francês favoreceu as novas tecnologias, explorando a produção de comboios hovercraft e maglev tais como o Aérotrain. Simultaneamente, a SNFC começou a pesquisar sobre comboios de alta-velocidade que possam operar em linhas convencionais. Foi planeado originalmente que o TGV, seria movido por uma turbina eléctrica a gasóleo. As turbinas a gás foram seleccionadas devido ao seu pequeno tamanho, boa taxa de potência-peso, e a capacidade de dar grande poder sobre um grande período de tempo. O primeiro protótipo, o TGV001, foi o único TGV construído com este motor - seguiu-se a Crise do Petróleo de 1973 o que tornou os custos mais elevados, as turbinas a gasóleo tornaram-se caras a operar, e o projecto voltou para a alimentação a electricidade. A electricidade era gerada pela França a partir das suas novas centrais nucleares. O TGV 001 não era apenas um protótipo, as suas turbinas a gasóleo era apenas uma das muitas tecnologias para os comboios de alta velocidade. Nele foram testados os travões, a necessidade de dissipar a enorme carga de energia cinética num comboio a alta velocidade, a aerodinâmica e sinalização. O TGV 001 alcançou os 318 km/h, permanecendo ainda hoje como o recorde mundial para um comboio não eléctrico. Os seu interior e exterior foram desenhados pelo francês Jacques Cooper, cujo trabalho formou as bases de todos os desenhos de TGV, incluindo o distinto nariz dos comboios.
Em 1976 o Governo Francês fundou o Projecto TGV, e a construção da Linha LGV Sud-Est, a primeira linha de Alta Velocidade (ligne à grande vitesse). Foi-lhe dada a designação de LN1(Ligne Nouvelle 1). A França tem provavelmente a rede de caminhos-de-ferro mais avançada da Europa. A rede de TGV iniciou o serviço em 1981 com a abertura da linha entre Paris e Lyon (LGV Sud-Est). A rede TGV espalhou-se gradualmente para outras cidades, e para outros países como a Suíça, Bélgica, Países Baixos e Reino Unido.
Os comboios que atravessam as fronteiras nacionais podem necessitar de características especiais tais como a capacidade para lidar com diferentes potências de tensão, e sistemas de sinalização. Isto significa que nem todos os TGV são o mesmo, existindo condições de interoperabilidade. A velocidade mais alta é a da linha Paris-Estrasburgo, com 320 km/h.