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Homicídio brutal por causa de telemóvel

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Nov 18, 2007
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A briga já vinha de trás. Luís Miguel Cardoso, mecânico de 32 anos, encontrou na madrugada de ontem num bar da Cruz de Pau, Seixal, o homem que dias antes lhe roubara o telemóvel. Confrontou-o, mas o brasileiro fugiu para outro bar próximo. ‘Nhé’, como é conhecido o mecânico, foi atrás dele. Acabou por sair do Julião Bar a correr à frente do ladrão brasileiro e de alguns amigos. Em plena rua, foi assassinado com um golpe de chave-de-fendas que lhe atravessou o coração.

O homicida e amigos colocaram-se em fuga a pé da praceta Sampaio Bruno, deixando para trás um Fiat Punto em que tinha chegado ao bar – a PSP veio a confirmar que o carro tinha sido roubado e constava para apreender. Das poucas pessoas que ficaram no local até à chegada da polícia, nenhuma tinha visto nada nem conhecia o agressor.

O cunhado da vítima, Alberto Magalhães, chegou ao local e ainda viu o corpo de ‘Nhé’ no chão. "Não acredito que um ferimento tão pequeno possa matar. Parecia que tinha sido furado por uma caneta, não mais do que isso", descreveu ao CM.

O próprio cunhado admite que ‘Nhé’ "era também dado a conflitos e provavelmente queria ajustar contas". "Mas daí a acabar morto numa rua vai uma grande distância", defende. A Polícia Judiciária de Setúbal segue o rasto do assassino.

INEM E POLÍCIAS SÃO INSENSÍVEIS

A irmã e o cunhado de Luís Miguel acusam as várias autoridades que estiveram no local de "insensibilidade". "O INEM esteve cá com uma ambulância, tentou fazer a reanimação e, como não conseguiu, foi embora. Depois veio a PSP, que apenas evitou que nos aproximássemos do corpo. A seguir a Polícia Judiciária, que despiu o Luís Miguel, fez as diligências que tinha a fazer e foi embora. O corpo ficou ali nu no chão até às 08h00", diz Alberto Magalhães. "A justificação que deram foi a de que não havia ambulâncias", acrescenta a irmã da vítima, Elisete Cardoso.

VÍTIMA DEIXA UMA FILHA COM SEIS ANOS

Luís Miguel Cardoso trabalhava como mecânico numa oficina automóvel no Seixal e vivia em casa dos pais na Cruz de Pau. Nascido em Moçambique, mas de nacionalidade portuguesa, estava no país há 17 anos. Segundo a irmã, Elisete, tem uma filha de seis anos. "Fruto de uma curta relação. Nunca chegou a casar ou a viver com a mãe da menina, mas fazia de tudo para que não lhe faltasse nada", conta. Os pais de Luís Miguel, ambos sexagenários, por motivos de saúde, foram os últimos a ser informados. O pai está ventilado 18 horas por dia.

"BARULHO E PANCADARIA"

De acordo com os moradores da praceta Sampaio Bruno, na Cruz de Pau, o Julião Bar – de onde vítima e agressor saíram antes do homicídio – "é uma fonte de problemas".

"Quase todas as noites, especialmente à sexta-feira e ao sábado, há cenas de pancadaria, barulho e carros vandalizados", contou ao CM uma das moradoras.

"É uma desgraça, estamos sempre a chamar a polícia. Mas quando chegam eles fogem pelas escadarias que dão para as traseiras do prédio. Depois a polícia vai embora e volta tudo ao mesmo."

PORMENORES

FERIMENTO ROMBO

De acordo com o cunhado, Luís Miguel "sofreu um golpe profundo no lado esquerdo do peito, nada que pudesse ter sido feito por um objecto afiado".

CHOQUES ELÉCTRICOS

A equipa do INEM que esteve no local ainda tentou reanimar a vítima com recurso ao desfibrilador, mas não obteve resultados.

ARMA POR ENCONTRAR

Fonte da PSP confirmou ao ‘CM’ que o golpe fatal tinha sido produzido por "uma chave-de-fendas ou um objecto parecido". A PSP e a PJ não encontraram a arma nas buscas.
João C. Rodrigues
 
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