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Hospitais vão aplicar "teste da morte" aos doentes idosos

Feraida

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São 29 pontos que, segundo os investigadores, tornam possível prever a probabilidade de morte entre um a quatro meses. Hospitais australianos vão começar a usar o teste já em março
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Hospitais vão aplicar "teste da morte" aos doentes idosos

O teste, criado na Austrália, permite, alegadamente, prever a morte dos doentes idosos, com base em 29 critérios. Segundo o Sydney Morning Herald, o resultado é depois usado para ajudar a decidir se o paciente fica hospitalizado ou é enviado para casa.

A ideia é evitar procedimentos caros e desnecessários e permitir que os doentes passem os seus últimos dias com os familiares. "A maioria dos doentes terminais quer morrer em casa, mas, na verdade, três quartos acabam por morrer nos hospitais, depois de procedimentos médicos invasivos, dispendiosos e, no fim de contas, inúteis", explica Magnolia Cardona-Morrell, autora do estudo que conduziu à criação do CriSTAL, a sigla de Critera for Screening and Triaging to Appropriate aLternative care (critérios para avaliar e fazer a triagem para cuidados alternativos apropriados).

"Estas intervenções podem não influenciar o desfecho; frequentemente não melhoraram a qualidade de vida do paciente; e causam frustação aos profissionais de saúde", acrescenta.

De acordo com a imprensa australiana, o teste deverá começar a ser usado nos hospitais locais já em março.

Os 29 pontos do "Teste da morte"

1 - Nível alterado de consciência (Valor inferior a 2, na Escala de Coma de Glasgow)
2 - Tensão arterial (sistólica inferior a 90)
3 - Frequência respiratória superior a 5 e inferior a 30
4 - Pulso inferior a 40 ou superior a 140
5 - Necessidade de oxigénio, ou saturação inferior a 90%
6 - Hipoglicémia
7 - Convulsões repetidas ou prolongadas
8 -Baixa produção de urina
9 -Historial de doenças, incluindo:
10-Cancro em estado avançado
11-Doença renal
12-Falha cardíaca
13-Vários tipo de doenças pulmonares
14-AVCs e demência vascular
15-Ataque cardíaco
16-Doença do fígado moderada a grave
17-Deficiência mental como demência ou incapacidade depois de um AVC
18-Duração do internamento anterior a esta emergência (superior a cinco dias prevê um ano de vida)
19-Hospitalizações repetidas no ano anterior
20-Admissões repetidas nos cuidados intensivos
21-Fragilidade
22-Perda de peso inexplicável
23-Relato de exaustão
24-Fraqueza (incapacidade para segurar objetos, manuseá-los ou levantar objetos com 4,5 Kg ou menos)
25-Andar devagar (anda 4,5 metros em mais de 7 segundos)
26-Incapacidade para se manter em pé ou fazer exercício
27-Vive numa residência assistida ou casa de repouso
28-Perda de proteínas pela urina
29-Eletrocardiograma alterado


In:Visão

Obs: Se o nosso Ministro da Saúde lê isto:shy_4_02::shy_4_02::right:
 

DX2

GF Ouro
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Obs: Se o nosso Ministro da Saúde lê isto:shy_4_02::shy_4_02::right:
Não percebo porquê. Os australianos têm uma sociedade mais evoluída do que a nossa, têm meios científicos mais avançados, e se chegaram à conclusão que este teste é eficaz e retira muita pressão ao sistema de saúde, porque não ser aplicado noutros países?
Para além disso, ele já deve saber disto há muito tempo.

DX2
 

Feraida

GF Ouro
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Não percebo porquê. Os australianos têm uma sociedade mais evoluída do que a nossa, têm meios científicos mais avançados, e se chegaram à conclusão que este teste é eficaz e retira muita pressão ao sistema de saúde, porque não ser aplicado noutros países?
Para além disso, ele já deve saber disto há muito tempo.

DX2

O facto dos Australianos terem uma sociedade mais avançada não justifica nada. Investigação é o que de melhor se faz em Portugal.
Agora governar de acordo com as melhores práticas é outra conversa. Implementar protocolos de uma sociedade diferente é outra conversa.
Para quem trabalha/ou na "Saúde" é fácil perceber, basta ver o que se passa em Portugal: cria-se um protocolo chamado "Triagem de Manchester" para dizer que as pessoas são observadas, na urgência, em tempo útil; criam-se (no IPO PORTO) protocolos para dizer ao povo que os utentes são operados em menos de 60 dias.
Isso não é verdade: eu fui operado a uma recidiva de um tumor medular (na tireóide)diagnosticada no IPO PORTO, passados 6 meses, graças aos protocolos que adiam as intervenções. Se for verificar está tudo conforme os "ditos protocolos". Sei do que falo, sou doente oncológico e, sou/fui enfermeiro!
Quem não sabe do que fala não deve duvidar do que se diz acerca destas situações.
Para que fique esclarecido.

Cumps

Feraida
 

DX2

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Para quem trabalha/ou na "Saúde" é fácil perceber, basta ver o que se passa em Portugal: cria-se um protocolo chamado "Triagem de Manchester" para dizer que as pessoas são observadas, na urgência, em tempo útil;(...)
Então se sabes do que "falas", também devias saber que a Triagem de Manchester não foi criada em Portugal. Foi criada, ora deixa-me lá ver... em Manchester!

Mas não é o sistema de triagem da urgências ou as listas de espera seja para o que for e muito menos casos particulares que estamos aqui a discutir. Se este sistema criado pelos australianos funciona e vai permitir aos doentes em fim de vida não terem de ficar nos hospitais, com todos os incómodos que isso possa ter para eles próprios, para os seus familiares e para o próprio Sistema de Saúde, eu sou a favor.

DX2
 
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Feraida

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Então se sabes do que "falas", também devias saber que a Triagem de Manchester não foi criada em Portugal. Foi criada, ora deixa-me lá ver... em Manchester!

Todos sabemos onde fica Manchester, deixa lá ver, acho que é algures no Reino Unido:36_2_51:

Se este sistema criado pelos australianos funciona e vai permitir aos doentes em fim de vida não terem de ficar nos hospitais, com todos os incómodos que isso possa ter para eles próprios, para os seus familiares e para o próprio Sistema de Saúde, eu sou a favor.


Mas não é o sistema de triagem da urgências ou as listas de espera seja para o que for e muito menos casos particulares que estamos aqui a discutir.

Eu apenas dei um exemplo prático do que é utilizar as ideias dos outros,por melhores que sejam, para subverter e burocratizar coisas que são simples.
Para bom entendedor...

O que aqui se discute é a forma como ideias que até podem ser muito boas são postas em prática por quem tem o poder de as mandar implementar.
Somos peritos em importar ideias dos outros, depois, vê-se a porcaria que com elas é feita.

A teoria é muito bonita, o resto....implica saber fazer,esforço e dedicação.:right:

Com as actuais condições económicas e de habitação da maioria, não é possível a grande parte da população portuguesa tratar dos seus idosos em casa.
Se tivessem condições "para", eu, também estaria de acordo.

E, sim estou de acordo que as pessoas idosas devem passar a sua velhice e, não só os últimos dias rodeadas dos seus e não, abandonados num qualquer canto de um Hospital.
 
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