G@ngster
GForum VIP
- Entrou
- Nov 18, 2007
- Mensagens
- 45,515
- Gostos Recebidos
- 1
Lembravam que Felisberto era um "bom homem", enquanto a vítima, Filipe Rebelo, aterrorizava a população. O tribunal dá tudo isto como provado, mas, mesmo assim, garante tratar-se de um crime de homicídio simples, cuja moldura penal deve ser elevada.
A história conta-se em poucas palavras. Filipe era conflituoso, agressivo e ameaçava tudo e todos. O seu irmão estava preso por homicídio, depois de ter assassinado uma tia, e Filipe garantia não ter medo de nada nem de ninguém.
Em Julho do ano passado, Filipe provocou desacatos na aldeia. Felisberto, que tem um filho a prestar serviço na PSP, chamou os elementos da GNR para travarem os intentos do rapaz. Após tal situação, viveu em permanente sobressalto. O tribunal dá como provado que Felisberto tinha medo de Filipe e que frequentemente era ameaçado por aquele.
Diz ainda o acórdão que é verdade que o idoso nunca planeou matar a vítima. Mas que aqueles se encontraram num terreno agrícola, quando Felisberto trazia uma arma no bolso. Foi nesse altura que o homicida disparou. Atingiu Filipe com três tiros, um deles nas costas. Não se provou que a vítima estivesse armada.
"O arguido deparou-se com um confronto que não procurou e que sempre evitou", dizem os juízes, acrescentando que isso não "constitui circunstância susceptível de afastar a ilicitude ou a culpa".
Tânia Laranjo