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Ilha do Faial

isabel cardoso

GF Prata
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Situada no extremo ocidental do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, a Ilha do Faial está separado da Ilha do Pico por um estreito de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura - o Canal do Faial. Tem uma área de 172,43 km² e uma população residente de 15 063 habitantes (em 2001). Em 1924, Raúl Brandão chamou-a de "Ilha Azul" devido à grande quantidade de hortênsias (localmente chamados de novelos) que florescem ao longo das estradas, nos meses de Verão. Dispõe de um moderno Aeroporto Internacional, com ligações aéreas regulares inter-ilhas e directas com Lisboa, bem como de diversas ligações maritímas inter-ilhas.





Geografia
Com uma forma quase pentagonal, a ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Pico, denominada Fractura Faial Pico, uma estrutura do tipo transformante leaky que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.

As suas elevações convergem, de um modo geral, para o centro da ilha onde se ergue uma montanha vulcânica chamada de Cabeço Gordo, que atinge uma altitude máxima de 1 043 metros no seu bordo Sul. No seu topo, abre-se uma grande cratera de abatimento – a Caldeira. No seu fundo, situado a cerca de 570 metros acima do nível médio do mar, existe pequeno cone e onde se forma pequenos lagos.

Geologicamente, a Ilha do Faial compreende 3 grandes divisões.


Período Pré-Caldeira
Pertence ao "período Pré-Caldeira", o complexo vulcânico da Ribeirinha datado em 800 mil anos. É a parte mais antiga da ilha. Depois surge o complexo vulcânico dos Cedros, datado em 580 mil anos. Entre 400 mil anos até há 10 mil anos, foi-se desenvolvendo um cone vulcânico de tipo escudiforme, essencialmente constítuido por derrames lávicos e uma actividade eruptiva predominantemente efusiva.

Em resultado de uma importante actividade tectónica e vulcânica fissural, surgiu à cerca 50 mil anos, o Relevo Falhado da Costa Este. É bastante notório um relevo falhado com levantamento (horst; localmente chamados de Lombas) e afundamento (graben) de blocos rochosos visiveis. Em resultado disso, surgiram vários cones periféricos com derrames lávicos.


Formação da Caldeira
Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo, quase exclusivamente explosiva, responsavel pelos vastos depósitos de pedras-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. A formação da Caldeira parecer ter resultado de 2 episódios de colapso. O primeiro acontecimento ocorreu no seu interior. O segundo acontecimento foi originado por um violenta erupção do tipo pliniana (libertação uma "nuvem ardente"). O abatimento da cratera terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois da erupção.

Após esta erupção, mais de 40% da superfíce da ilha de então, são cobertos por camadas de materiais piroclásticos para Norte e Leste. A maior parte da cobertura vegestal, senão a sua totalidade, foi destruída. Surgiram várias exurradas que resultaram de precipitação intensa (resultante da condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera), do relevo íngreme e da inconsistência do solo. Poderá encontrar nas falésias da Praia do Norte, vestígios das mesmas.

Posteriormente, há cerca cerca de mil anos, ocorreu nova erupção com derrame lávico no interior da Caldeira. Desconhece-se qual a idade do pequeno cone no seu interior, e se este, estará relacionado com o complexo vulcânico do Capelo. A Caldeira é constituia por um acumulamento de materiais de projecção – de pedra pomes e cinzas, que atingem notável espessura nas proximidades na borda da cratera, diminuindo gradualmente à medida que se afastam da cratera central.



Segundo a descrição dada pelo Padre Gaspar Frutuoso (1570-1580), a Caldeira manteve-se práticamente idêntica até à Erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957. No decurso da Crise Sísmica de Maio de 1958, abriram fendas no seu interior que romperam a impermealização do fundo da Caldeira. Este facto levou ao escoamento de suas águas para interior do cone central desencadeando violentas explosões freáticas e ocorrência de actividade fumarólica temporária. Em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998, deram-se derrocadas nas paredes quase verticais da cratera.
 
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