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INEM recusa-se a continuar transporte de corpo de doentes que morram em ambulâncias

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INEM recusa-se a continuar transporte de corpo de doentes que morram em ambulâncias

O corpo de um doente que faleça numa ambulância a caminho do hospital pode ter de esperar horas parado numa estrada por um transporte alternativo porque formalmente não pode seguir viagem na mesma viatura

Aconteceu quinta-feira no distrito de Bragança, quando uma vítima de AVC, vulgarmente conhecido como trombose, faleceu a meio caminho entre Torre de Moncorvo e Bragança, na zona de Caravelas, próximo de Bornes.

Segundo várias entidades envolvidas na operação e ouvidas pela Lusa, o corpo da vítima esperou mais de uma hora na estrada nacional 102 até estarem concluídos os procedimentos para ser transportada para a morgue de Bragança.

De acordo com o primeiro-sargento Camilo, da GNR Mirandela, aquela força de segurança foi chamada ao local por volta das 17h20.

Segundo contou, uma ambulância do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) estava a transportar o doente, tendo vindo ao seu encontro a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação).

O doente não resistiu a um AVC, acabando por falecer a meio dos cerca de 100 quilómetros que separam Torre de Moncorvo de Bragança, tendo o óbito sido declarado pelo médico da VMER.

A partir do momento em que é confirmado o óbito, o INEM cessa a sua função e a ambulância pára, segundo disse Lusa fonte do Instituto sublinhando que «não é missão do INEM transportar cadáveres».

Segundo explicou, quando ocorre o óbito é accionada a autoridade mais próxima, neste caso a GNR, que fica no local junto ao corpo até chegar o transporte alternativo.

A finalidade, de acordo com a fonte é «libertar os meios de emergência, nomeadamente as ambulâncias para a sua missão de socorro».

Porém neste caso, a VMER ficou imediatamente disponível, mas a ambulância do INEM que transportava o doente falecido manteve-se no local até chegar uma outra ambulância dos bombeiros de Mirandela que fez o transporte para a morgue de Bragança, onde chegou por volta das 19h30.

Os intervenientes admitem que este processo possa parecer «chocante», mas dizem que são as regras, de que discorda o delegado distrital de Saúde de Bragança.

Victor Lourenço defende que «a ambulância em transporte do doente urgente deve seguir para a morgue», e não encontra qualquer justificação de saúde para este procedimento.

Para o delegado de saúde, a forma de resolver este tipo de situações e agilizar e libertar realmente os meios de socorro seria licenciar em Portugal os carros de transporte de cadáveres, à semelhança do que já acontece em outros países da União Europeia, nomeadamente na vizinha Espanha.


Lusa / SOL
 
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