O Infarmed escusou-se hoje a comentar o envio de uma carta aos hospitais portugueses desaconselhando o uso do Avastin para fins oftalmológicos, remetendo o assunto para as indicações terapêuticas, que recomendam apenas o uso oncológico do produto.
Carlos Pires, porta-voz do Infarmed, não comenta a notícia da revista Sábado que afirma que «todos os hospitais portugueses foram avisados de que o medicamento Avastin (…) é desaconselhado para utilizar em procedimentos oftalmológicos», mas remete o assunto para as indicações terapêuticas do produto.
A utilização do medicamento Avastin, que deixou cegas seis pessoas que foram operadas na sexta-feira no Hospital de Santa Maria, está prevista para o tratamento de vários tipos de cancro, entre eles o da mama, cólon, recto e pulmão.
Nessas indicações, está expresso que o Avastin, «em associação com quimioterapia contendo fluoropirimidinas, está indicado no tratamento de doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto».
O medicamento que provou a cegueira de seis pacientes do Hospital de Santa Maria está referenciado também para tratar «doentes com cancro da mama metastático», quando associado ao «paclitaxel».
«Em associação com quimioterapia baseada em platinos», o Avastin «está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, irressecável, avançado, metastático ou recidivante».
O Avastin está ainda indicado «no tratamento de primeira linha de doentes com cancro de células renais avançado e/ou metastizado», quando associado a «interferão alfa-2a».
A Sábado diz ter acedido a uma carta da multinacional Roche, que detém o medicamento, enviada em Novembro de 2008 «a todos os directores de serviços farmacêuticos e directores de serviços de oftalmologia das unidades de saúde».
«A Roche não estudou nem procurou obter autorização para o uso de Avastin em contexto oftalmológico. (…) A utilização de Avastin no contexto oftalmológico não foi autorizada por qualquer autoridade de saúde mundial», lê-se na carta assinada pela directora médica do laboratório, citada pela revista semanal.
A Roche terá enviado a carta depois da ocorrência de «efeitos adversos da utilização do medicamento em procedimentos oculares no Canadá, em Novembro de 2008».
Contactado pela Lusa, José António Pinto da Costa, porta-voz do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirmou que a unidade «só se pronuncia em conferência de imprensa ou em nota de imprensa», acrescentando que «isoladamente, o Hospital não fará qualquer comentário».
Pinto da Costa disse ainda que «até agora o Hospital de Santa Maria ainda não tem dados novos», pelo que não vai falar publicamente sobre o assunto.
Diário Digital / Lusa
Carlos Pires, porta-voz do Infarmed, não comenta a notícia da revista Sábado que afirma que «todos os hospitais portugueses foram avisados de que o medicamento Avastin (…) é desaconselhado para utilizar em procedimentos oftalmológicos», mas remete o assunto para as indicações terapêuticas do produto.
A utilização do medicamento Avastin, que deixou cegas seis pessoas que foram operadas na sexta-feira no Hospital de Santa Maria, está prevista para o tratamento de vários tipos de cancro, entre eles o da mama, cólon, recto e pulmão.
Nessas indicações, está expresso que o Avastin, «em associação com quimioterapia contendo fluoropirimidinas, está indicado no tratamento de doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto».
O medicamento que provou a cegueira de seis pacientes do Hospital de Santa Maria está referenciado também para tratar «doentes com cancro da mama metastático», quando associado ao «paclitaxel».
«Em associação com quimioterapia baseada em platinos», o Avastin «está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, irressecável, avançado, metastático ou recidivante».
O Avastin está ainda indicado «no tratamento de primeira linha de doentes com cancro de células renais avançado e/ou metastizado», quando associado a «interferão alfa-2a».
A Sábado diz ter acedido a uma carta da multinacional Roche, que detém o medicamento, enviada em Novembro de 2008 «a todos os directores de serviços farmacêuticos e directores de serviços de oftalmologia das unidades de saúde».
«A Roche não estudou nem procurou obter autorização para o uso de Avastin em contexto oftalmológico. (…) A utilização de Avastin no contexto oftalmológico não foi autorizada por qualquer autoridade de saúde mundial», lê-se na carta assinada pela directora médica do laboratório, citada pela revista semanal.
A Roche terá enviado a carta depois da ocorrência de «efeitos adversos da utilização do medicamento em procedimentos oculares no Canadá, em Novembro de 2008».
Contactado pela Lusa, José António Pinto da Costa, porta-voz do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirmou que a unidade «só se pronuncia em conferência de imprensa ou em nota de imprensa», acrescentando que «isoladamente, o Hospital não fará qualquer comentário».
Pinto da Costa disse ainda que «até agora o Hospital de Santa Maria ainda não tem dados novos», pelo que não vai falar publicamente sobre o assunto.
Diário Digital / Lusa