Portal Chamar Táxi

Notícias Intervenção de grupo ultranacionalista suspende Assembleia Municipal de Lisboa

Roter.Teufel

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Out 5, 2021
Mensagens
54,186
Gostos Recebidos
1,519
Intervenção de grupo ultranacionalista suspende Assembleia Municipal de Lisboa

img_932x621uu2025-02-04-23-29-30-2191765.jpg


Grupo Reconquista, Afonso Gonçalves, foi retirado da sala pela Polícia Municipal por desobedecer às regras deste órgão.

A reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (AML) foi esta terça-feira temporariamente suspensa após intervenção do presidente do grupo ultranacionalista Reconquista, Afonso Gonçalves, que foi retirado da sala pela Polícia Municipal por desobedecer às regras deste órgão.

Fazendo uso do período de intervenção aberto ao público, que é dedicado à exposição de problemas por parte dos munícipes, Afonso Gonçalves apresentou-se como presidente e fundador do movimento Reconquista e disse que iria falar sobre segurança e criminalidade em Lisboa.

Como os restantes munícipes, tinha três minutos para fazer a sua intervenção e utilizou esse tempo maioritariamente para pedir, por várias vezes, "silêncio na sala", tendo em conta o "burburinho": "É curioso que tenha de ser um munícipe a estabelecer algumas regras de bom senso e respeito democrático", declarou.

Em resposta, a presidente da AML, Rosário Farmhouse (PS), disse que "a assembleia tem sempre alguma dinâmica e algum ruído de fundo" e avisou: "Esta é Assembleia Municipal de Lisboa, não é a sua assembleia, portanto agradeço que possa fazer a sua intervenção com as regras da Assembleia Municipal de Lisboa."

Rosário Farmhouse questionou o microfone na lapela de Afonso Gonçalves, que tinha pessoas a filmá-lo na sala, além de estar a ser feita a transmissão habitual da AML, tendo o presidente do grupo ultranacionalista dito que os serviços o permitiram.

Depois de utilizar a maioria dos três minutos para trocar palavras com a presidente da AML sobre as regras deste órgão, em particular a questão do silêncio durante a intervenção, Afonso Gonçalves pediu o restabelecimento do tempo. Rosário Farmhouse respondeu que não era possível, mas admitiu dar "alguma tolerância".

"Venho dar voz aos problemas dos lisboetas, de forma realista e honesta, apesar da censura e do silenciamento que me têm tentado impor e a que sou sujeito. A Lisboa de hoje já não é a verdadeira Lisboa. A Lisboa de hoje é uma capital de sujidade, de substituição populacional, de crime, de insegurança", declarou Afonso Gonçalves, enquanto recebia alertas da Mesa da AML de que já tinha terminado o tempo de intervenção.

Apesar dessa indicação, o representante do Reconquista desobedeceu e continuou a falar, mantendo-se no palco. Rosário Farmhouse lamentou o "discurso injurioso para com os membros desta assembleia", ressalvando que seria possível enviar informação por escrito.

Afonso Gonçalves insistiu em continuar a falar, nomeadamente sobre imigração, e voltou a ser advertido pela presidente: "Não pode vir aqui ditar as regras da assembleia municipal."

"É vergonhoso a vossa forma de fazer democracia", considerou o presidente do Reconquista.

Na sequência desta intervenção, a presidente suspendeu temporariamente a sessão e dois elementos da Polícia Municipal retiraram Afonso Gonçalves do palco.

Os partidos de esquerda gritaram "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais", ao que um elemento do grupo Reconquista respondeu, enquanto filmava: "Comunas. Um dia vão pagar caro".

O grupo Reconquista apresenta-se, no seu 'site', como um movimento político apartidário fundamentado em três pilares: "pátria - preservar a identidade etnocultural portuguesa; identidade - defender os valores familiares, sociais e culturais tradicionais; e futuro - reivindicar instituições que verdadeiramente representem e projetem o interesse do Estado-Nação".

Correio da Manhã
 
Topo