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Investigadores descobrem mecanismo que aumenta em 2700 vezes risco de leucemia

kokas

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Set 27, 2006
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Uma equipa internacional de investigadores descobriu que uma determinada alteração cromossómica aumenta em 2700 vezes o risco de um subtipo de leucemia aguda com mau prognóstico.



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Manuel Teixeira, investigador do IPO Porto


O estudo publicado na revista Nature descreve os mecanismos cromossómicos que estão subjacentes a um subtipo de leucemia aguda com mau prognóstico, caracterizada pelo aumento do número de cópias (amplificação) de genes do cromossoma 21.
A investigação internacional teve a participação do Serviço de Genética do IPO-Porto e revela que "os indivíduos que são portadores de uma fusão entre os cromossomas 15 e 21 têm uma predisposição muito aumentada (2700 vezes) para aquele tipo de leucemia".
"Este risco aumentado relaciona-se com o facto de aquele cromossoma alterado ter dois centrómeros, o que faz com que possa ser puxado simultaneamente para as duas células filhas durante a divisão celular. Este processo origina várias quebras cromossómicas que resultam em alterações genéticas mais complexas que depois originam a leucemia", explicou o diretor do Serviço de Genética do IPO/Porto, Manuel Teixeira, à Lusa.
Esta descoberta "ajuda a perceber que quem tem estas alterações cromossómicas, que são herdadas, tem maior predisposição para este tipo de leucemia, permitindo, assim, que as pessoas fiquem mais atentas e possam fazer uma vigilância mais apertada", disse Manuel Teixeira.

Os portadores dessa anomalia genética, "poderão fazer uma espécie de rastreio (uma análise ao sangue) regularmente para garantir que a doença é detetada o mais cedo possível, permitindo-lhes iniciar o tratamento precocemente".




jn
 
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