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Iscos Para As Valas

Navarra

GF Ouro
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ISCOS PARA AS VALAS​

As valas são locais com características próprias. As espécies que nelas habitam são o espelho disso mesmo e a sua pesca pode sofrer alterações quando a comparamos com a pesca em barragem ou rio. A utilização de iscos específicos e com provas dadas neste tipo de pesca são uma das alterações a fazer, como é o caso de minhocas e do esquecido pão francês, responsáveis por grandes pescarias nestes locais.
Que o asticot é o isco “dono e senhor” das águas interiores todos nós já sabemos. No entanto há iscos que nas valas, sobretudo no Outono e no Inverno, fazem verdadeiros milagres e desenrascam sempre mais uns peixinhos quando a pesca está verdadeiramente complicada. É o caso das minhocas e do pão francês, usados desde os primórdios nas valas e que continuam a “dar cartas”. Carpas, barbos, pimpões e as sempre problemáticas tainhas, não resistem a iscadas apetitosas de um pequeno belisco de pão ou um pedaço de minhoca que se move incessantemente no nosso anzol.
Se a explicação para o sucesso da minhoca se pode dever a existirem abundantemente associadas ao tipo de fundo semi-vasoso de muitas das valas do nosso país, situadas na periferia de estuários de rios de maior dimensão, já o pão não tem uma explicação tão directa, poderíamos referir o contraste do branco com o fundo escuro, mas o pão vermelho funciona igualmente bem, o que leva a crer que será mais pela textura, sabor e odor que provoca um encantamento nos peixes.

MINHOCA​
Por minhocas podemos interpretar uma enorme variedade que podemos utilizar, desde a minhoca do estrume, minhoca da terra, até às disponíveis variedades existentes no mercado de Dendrobaenas. Além de poderem ser adicionadas ao engodo cortadas com uma elevada taxa de sucesso. O suco que libertam é muito rico em aminoácidos altamente atractivo para o peixe, como isco são muito activas, inteiras ou cortadas. Se pensarmos em adicionar uma elevada porção de minhocas cortadas ao engodo deveremos ter atenção ao suco que produzem e que pode influenciar a molhagem do engodo. Para evitar que tal aconteça poderemos espremer as minhocas com uma peneira, semelhante á que usamos para peneirar o asticot ou o engodo. A combinação engodo escuro e minhocas nas valas é sempre produtivo pois atendendo á baixa profundidade das mesmas e á sua pouca largura, faz com os peixes desconfiem de tudo o que não pareça “natural”, neste caso, um engodo de cor semelhante ao fundo e uma dose de atractivas minhocas cortadas faz o resto…

REGRAS PARA ISCAR​
Muitas são as formas de iscar a minhoca. Inteira, em um ou vários pedaços, combinada com asticot, etc., muitas são as formas de delas tirar proveito. Existem também algumas regras elementares que devemos tentar cumprir como sejam o facto de tentar cortar a minhoca sempre com as unhas e evitar o uso de utensílios cortantes e eliminar a parte da cabeça pois é nesta parte que se encontra a parte intestinal do verme, sendo a menos apreciada pelos peixes. Outro detalhe é que o anzol deve ser sempre picado ao nível da zona cortada. Também não deveremos iscar uma minhoca pelo meio pois aumentamos o risco de taparmos a ponta do anzol, fruto dos movimentos impetuosos do verme. Assim para a pesca fácil recomenda-se a iscagem com minhoca inteira, devendo obviamente retira-se a zona da cabeça e iscar por essa mesma zona, é uma iscada grande e que não deixará os maiores exemplares de barbo e carpa indiferentes. Quando a pesca se complica mais poderemos ter necessidades de iscar com um pedaço apenas, desta feita teremos apenas de cortar o pedaço de minhoca com o tamanho que pretendemos e isca-lo pela zona cortada. Por fim temos a iscagem com vários pedaços de minhoca ou mesmo minhocas! O que se pode dizer com isto é o seguinte; cortando a zona da cabeça, espetamos o anzol nessa zona, de seguida espetamos a outra extremidade da minhoca no anzol, originando aquilo a que se chama de “cabeça de cavalo”. O resultado é que a minhoca fica presa no anzol pelas duas extremidades, de seguida é só cortar assimetricamente a minhoca e ficamos com dois pedaços. A outra vantagem
É de podermos usar tantas minhocas quanto queiramos, ficando sempre com o dobro dos pedaços, agradecendo os peixes maiores e os peixes-gato!

PÃO
Se há isco que podemos dispor todo o ano, sem problemas de conservação é o pão francês! Para o prepararmos nada mais fácil, bastando ter algo para cortar, e que poderá ser um pedaço de linha mais grosso (na casa do 0,20 mm), um recipiente, água e algo para retirarmos os pedaços de pão com que vamos iscar. Para correcta preparação do pão devemos cortar as fatias que pensamos necessitar para uma jornada de pesca, de seguida colocamos a fatia num recipiente e devemos adicionar água até ensopar o pão por completo. O passo seguinte é retirar o pão e colocá-lo num pano turco embrulhando-o e espremendo-o de forma a retirar o excesso de água. O objectivo é que fique humedecido por igual, não ensopado, mas que mantenha a consistência ideal para ser iscado sem que tenhamos de salivar em cada iscada para que se mantenha no anzol como acontece com a broa. Tendo o pão preparado resta providenciar algo para retirar os beliscos para iscar. Como muitas marcas não disponibilizaram ainda o utensílio próprio para este efeito, recomenda-se uma antena oca de bóia inglesa ou uma caneta “bic” sem carga, bastando depois soprar na extremidade contrária para expelir o belisco. Não se preocupem com o facto de o belisco ser pequeno, porque este incha dentro de água ficando com o dobro do tamanho.
 

helldanger1

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Antigamente aqui por baixo quando havia correntes no rio guadiana, costumava-se pescar com uma boia de cortiça e miolo de pao no azol e deixava ir corrente a baixo :naodigas: até ferrar um peixe, muitos treinavam a pescar a inglesa assim, por causa da longa distancia a ferrar :espi28:
 
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