Portal Chamar Táxi

IVA de gás e eletricidade não deverá baixar para 6% como o BE queria

kokas

Banido
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,722
Gostos Recebidos
3
Carlos César, eleito líder da bancada do PS, garantiu que o acordo entre PS, BE, PCP e PEV será "transparente".

ng5018216.JPG


Ninguém dá nada por garantido. Mas a verdade é que já há participantes nas negociações à esquerda que assumem como "muito provável" que o IVA do gás e da eletricidade não baixe dos atuais 23% para 6% - uma das propostas que o Bloco de Esquerda terá posto em cima da mesa. Falta agora perceber se a solução de compromisso será algo a meio caminho - já foi noticiada a hipótese de baixar de 23% para 13% - ou nem mesmo isso. Como ontem o DN referiu, diminuir o IVA da eletricidade e do gás para 6% deverá implicar uma perda de receita anual na ordem dos cem milhões de euros.

PS, BE e CDU continuam a negociar e a intenção é divulgar o teor por ocasião do debate parlamentar do programa do novo governo PSD-CDS (a conferência de líderes parlamentares agendou essa discussão para os dias 9 e 10 de novembro). "O acordo [entre as forças da esquerda parlamentar] ficará associado ao momento em que vamos apreciar o programa de governo", disse o novo líder parlamentar do PS, Carlos César. Ou seja, quando se estiver para votar a moção de rejeição que PS, BE, PCP e PEV tencionam apresentar ao documento governamental (e que, sendo aprovada, implicará automaticamente a demissão do executivo). Parecendo querer falar para o Presidente da República, acrescentou: "Será um acordo transparente. Demonstrará ao país e a todas as instituições envolvidas nos processos de decisão próximos que há uma alternativa estável, duradoura, respeitadora dos compromissos nacionais e que não é só um acordo de investidura, mas também um acordo de legislatura."César falava ontem aos jornalistas no Parlamento depois de ter sido eleito líder parlamentar da bancada socialista.Dos 86 deputados eleitos, votaram 85. E destes, 71 votaram a favor da eleição de César e da respetiva direção parlamentar (ou seja, 83,5%). Registaram-se cinco votos contra e nove em branco. Segundo a Lusa, em 2014, Ferro Rodrigues foi eleito líder parlamentar do PS com 69% dos votos e em 2013 Alberto Martins obteve a mesma percentagem.Da anterior direção transitaram apenas Ana Catarina Mendes e Pedro Nuno Santos (a primeira reeleita como cabeça de lista em Setúbal e o segundo como cabeça de lista em Aveiro). Dos anteriores vice-presidentes, alguns não foram reconduzidos e outros não foram reeleitos deputados.CGTP convoca manifestaçãoA discussão do programa de governo terminará no dia 10 com a votação da moção de rejeição que a esquerda apresentará. Para esse dia a CGTP convocou uma manifestação em frente ao Parlamento. A maior central sindical portuguesa pretende, segundo ontem explicou o seu líder, Arménio Carlos, "reafirmar a recusa popular e a determinação de fazer que este seja o último programa de governo da autoria da coligação PSD-CDS". A central pretende com esta concentração "exigir resposta positiva às reivindicações dos trabalhadores e das populações e reclamar uma alternativa política que afirme os direitos, os valores e as conquistas de abril", disse ainda o seu líder.Banca quer estabilidadeDuas figuras de topo na banca portuguesa - Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, e Nuno Amado, presidente do BCP - disseram ontem que o principal no próximo governo, independentemente da sua cor política, é que garanta "estabilidade". Falaram também ambos na necessidade de o executivo cumprir os compromissos internacionais de contenção orçamental e Faria de Oliveira pediu especificamente que não haja "hostilidade face à banca, designadamente à privada".

dn

 
Topo