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Jazz: Steve Kuhn, André Fernandes e Michel Portal no Parque de Serralves, no Porto

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Jazz: Steve Kuhn, André Fernandes e Michel Portal no Parque de Serralves, no Porto

Porto, 01 Jul (Lusa) - O 17º Jazz no Parque de Serralves arranca dia 12 com o Steve Kuhn Trio, seguindo-se os quartetos de André Fernandes (dia 19) e de Michel Portal (dia 26), anunciou hoje fonte da Fundação de Serralves.

Reconhecido como um dos mais importantes sobreviventes da época da passagem do bebop para o free jazz, Steve Kuhn, nascido em Brooklyn (Nova Iorque), em 1938, tem uma carreira de 40 anos na primeira linha do jazz norte-americano.

No início da carreira tocou com os maiores nomes do jazz, nomeadamente Coleman Hawkins, Chet Baker, Kenny Dorham e Vic Dickenson, estudou com Ornette Coleman e Don Cherry, e integrou o quarteto de John Coltrane, antecedendo no piano McCoy Tyner.

Passou depois pelos grupos de de Stan Getz e de Art Farmer, antes de criar o seu primeiro trio, com Steve Swallow e Pete LaRoca.

No final dos anos 60 juntou-se à lista dos americanos residentes na Europa, onde gravou o primeiro álbum com a cantora Sheila Jordan, no início dos anos 70 para a editora independente chamada ECM, que então dava os seus primeiros passos.

O segundo concerto traz ao porto o quarteto do guitarrista André Fernandes, com Mário Laginha no piano, Nelson Cascais no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria.

De André Fernandes, que tem tido uma presença regular no Jazz no Parque, o crítico António Curvelo, que é também o programador do Jazz no Parque, diz que "no seu actual quarteto abundam argumentos de força, a começar pela presença de um piano entregue a (que o mesmo é dizer inventado por) Mário Laginha".

O terceiro e último concerto do 17º Jazz no Parque traz ao Porto o Quarteto de Michel Portal, cheiro de estrelas do jazz europeu, em que o líder (sax alto, bandoneon, clarinete) se faz acompanhar por Louis Sclavis (clarinete, saxofone), Bruno Chevillon (contrabaixo) e Daniel Humair (bateria), a que se junta, como convidado, o saxofonista Tony Malaby, uma referência obrigatória do jazz nova-iorquino contemporâneo.

António Curvelo considera Michel Portal como representante de "um dos veios mais ricos e representativos do jazz contemporâneo, onde os grandes líderes não se esgotam num único projecto, antes partilham a pluralidade de caminhos, a diversidade estética e a independência conceptual".

O jazz e a música erudita (clássica e contemporânea) conviveram sempre na sua musical de Michel Portal.

"Aos 73 anos, a definição possível do multi-instrumentista Portal seria a de (re)inventor de si próprio como homem repartido que se sente uno e indivisível", acrescenta António Curvelo.


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