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Justiça grega anula decisão sobre liberdade condicional a líder neo-nazi

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Conselho de Justiça considerou que Nikos Michaloliakos não tinha dado provas de bom comportamento e que devia regressar à prisão.

O líder do partido neo-nazi grego Aurora Dourada, que esteve em liberdade condicional durante o último mês, deve regressar à prisão depois de um tribunal ter anulado a decisão, disse fonte judicial à France Presse.

Ao analisar o recurso do procurador-adjunto do Tribunal Penal de Lamia (centro da Grécia) contra a libertação de Nikos Michaloliakos, o Conselho de Justiça considerou que não tinha dado provas de bom comportamento e que devia regressar à prisão.

O dirigente do partido Aurora Dourada, 66 anos, publicou recentemente na internet apelos contra a condenação judicial "o que prova que não se arrependeu", refere a mesma fonte citada pela agência de notícias francesa.

A libertação condicional do líder que negou do Holocausto dos judeus pelo regime nazi foi decidida no passado dia 02 de maio, por razões de saúde.

Na altura, foi-lhe ordenado que não se ausentasse da região de Atenas, que se apresentasse às autoridades policiais uma vez por mês tendo-lhe sido proibido o contacto com outras pessoas condenadas no mesmo processo.

A libertação, em maio, provocou inúmeras reações dos partidos e movimentos de esquerda e de organizações de defesa dos direitos humanos.

Nikos Michaloliakos foi condenado em 2020 a 13 anos e seis meses de prisão por ser líder de uma "organização criminosa", que teve como alvo migrantes e opositores políticos.

Entre os crimes atribuídos ao partido Aurora Dourada conta-se o assassinato de um 'rapper' antifascista grego, em setembro de 2013.

O partido foi também responsabilizado pelo assassínio de um migrante paquistanês em janeiro de 2013, bem como pelo espancamento de pescadores egípcios e de sindicalistas comunistas.

O Aurora Dourada, uma organização xenófoba e antissemita fundada por Nikos Michaloliakos, foi durante décadas um partido marginal, até capitalizar as consequências da grave crise económica que a Grécia enfrentou entre 2010 e 2018.

O partido foi eleito para o Parlamento grego em 2012, antes de praticamente desaparecer da cena política após a condenação de vários dirigentes e representantes eleitos.

O recurso judicial do caso, que começou em 2022, ainda decorre.

Correio da Manhã
 
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