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Líder da maior organização criminosa do Brasil é preso na Bolívia
Marcos Roberto de Almeida conhecido por Tuta foi preso ao apresentar-se com nome falso numa sala de imigração num centro comercial.
O líder da maior organização criminosa do Brasil, o PCC, Primeiro Comando da Capital, Marcos Roberto de Almeida, foi preso, esta sexta-feira, na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra, na região de fronteira entre a Bolívia e o Brasil. Marcos, conhecido no mundo do crime como 'Tuta', é considerado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o líder máximo da fação, criada em São Paulo nos anos 90, e que se estima que só no Brasil tenha entre 30 mil e 40 mil criminosos associados, e já atua em pelo menos outros 24 países, entre eles Portugal.
'Tuta' foi preso ao apresentar-se com nome falso numa sala de imigração num centro comercial daquela importante cidade da Bolívia, onde há uma grande comunidade de brasileiros, para tentar renovar a sua CIE, Carteira de Identificação de Estrangeiros, o equivalente ao Bilhete de Identidade para estrangeiros residentes na Bolívia. Apresentou-se como Maycon Gonçalves da Silva, mas ao fazerem o cruzamento de informações, os funcionários do serviço de estrangeiros verificaram que havia um mandado de prisão internacional contra 'Tuta' com o seu verdadeiro nome e outros que poderia estar a usar. Foi preso de imediato.
O criminoso ascendeu à liderança máxima da temida organização, considerada terrorista pelo atual governo dos Estados Unidos, após o fundador e até aí número 1 do PCC, Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, preso há décadas em São Paulo, ter sido transferido em 2019 para o sistema prisional federal de segurança máxima, passando de penitenciária em penitenciária mas ficando sempre praticamente incomunicável. Foi o próprio Marcola quem nomeou Marcos Roberto como seu sucessor, dando-lhe poderes absolutos.
Em 2020, ao se descobrir que 'Tuta' tinha conseguido um cargo de adido no Consulado de Moçambique em Belo Horizonte, capital do estado brasileiro de Minas Gerais, e que usava essa função diplomática para viajar tranquilamente principalmente por países africanos a negociar toneladas de droga, fugiu e desde aí encontrava-se a monte. Desde então, 'Tuta' dividia-se entre a Bolívia e o Paraguai, mudando constantemente de cidade e de identidade, e consolidou-se no comando do PCC, fação que além dos crimes comuns que assustam o Brasil pela violência, começou a investir de forma incisiva, e igualmente sangrenta, na eleição de políticos para cargos onde possam facilitar ou encobrir ações ilegais de grande monta.
Correio da Manhã

Marcos Roberto de Almeida conhecido por Tuta foi preso ao apresentar-se com nome falso numa sala de imigração num centro comercial.
O líder da maior organização criminosa do Brasil, o PCC, Primeiro Comando da Capital, Marcos Roberto de Almeida, foi preso, esta sexta-feira, na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra, na região de fronteira entre a Bolívia e o Brasil. Marcos, conhecido no mundo do crime como 'Tuta', é considerado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o líder máximo da fação, criada em São Paulo nos anos 90, e que se estima que só no Brasil tenha entre 30 mil e 40 mil criminosos associados, e já atua em pelo menos outros 24 países, entre eles Portugal.
'Tuta' foi preso ao apresentar-se com nome falso numa sala de imigração num centro comercial daquela importante cidade da Bolívia, onde há uma grande comunidade de brasileiros, para tentar renovar a sua CIE, Carteira de Identificação de Estrangeiros, o equivalente ao Bilhete de Identidade para estrangeiros residentes na Bolívia. Apresentou-se como Maycon Gonçalves da Silva, mas ao fazerem o cruzamento de informações, os funcionários do serviço de estrangeiros verificaram que havia um mandado de prisão internacional contra 'Tuta' com o seu verdadeiro nome e outros que poderia estar a usar. Foi preso de imediato.
O criminoso ascendeu à liderança máxima da temida organização, considerada terrorista pelo atual governo dos Estados Unidos, após o fundador e até aí número 1 do PCC, Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, preso há décadas em São Paulo, ter sido transferido em 2019 para o sistema prisional federal de segurança máxima, passando de penitenciária em penitenciária mas ficando sempre praticamente incomunicável. Foi o próprio Marcola quem nomeou Marcos Roberto como seu sucessor, dando-lhe poderes absolutos.
Em 2020, ao se descobrir que 'Tuta' tinha conseguido um cargo de adido no Consulado de Moçambique em Belo Horizonte, capital do estado brasileiro de Minas Gerais, e que usava essa função diplomática para viajar tranquilamente principalmente por países africanos a negociar toneladas de droga, fugiu e desde aí encontrava-se a monte. Desde então, 'Tuta' dividia-se entre a Bolívia e o Paraguai, mudando constantemente de cidade e de identidade, e consolidou-se no comando do PCC, fação que além dos crimes comuns que assustam o Brasil pela violência, começou a investir de forma incisiva, e igualmente sangrenta, na eleição de políticos para cargos onde possam facilitar ou encobrir ações ilegais de grande monta.
Correio da Manhã