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Coleccionismo: Leilão de insígnias honoríficas portuguesas arrecada 93 mil euros
Londres, 03 Jul (Lusa) - Um conjunto de 29 lotes de insígnias honoríficas portuguesas foram hoje leiloadas em Londres por 93 mil euros, tendo a licitação individual mais elevada subido aos nove mil euros, anunciaram os organizadores.
A peça que obteve os nove mil euros foi uma insígnia da Ordem da Torre e Espada do início do século XIX, feita de ouro, prata e esmalte, superando a estimativa mais alta de cinco mil euros.
O distintivo que os especialistas consideravam a estrela do leilão, uma insígnia da Ordem de Cristo decorada com diamantes datada dos finais do século XVIII, foi arrematada por apenas 200 euros.
O seu valor estava estimado entre os 7.550 e os 10.000 euros.
Um dos responsáveis pela venda, James Morton, elegeu esta peça, cuja origem situa nos anos 1780-1790, como a estrela do catálogo por ser a mais antiga e um exemplar único de joalharia, além de ser um modelo invulgar.
"É idêntica dos dois lados, o que é muito raro, pois o mais habitual é ser jóia de um lado e lisa do outro, permitindo assim ser vista dos dois lados, que são igualmente ostensivos e bem feitos", enalteceu, em declarações à agência Lusa.
O interesse da venda das insígnias e medalhas, que teve lugar hoje numa sala da leiloeira Sotheby's, é o facto, sublinhou Morton, de muitas serem verdadeiras jóias, decoradas com pedras preciosas.
"Foram quase de certeza encomendadas a joalheiros pelas pessoas distinguidas", explicou.
Esta prática era relativamente normal, embora só acessível a pessoas com posses, que assim viam as distinções executadas de acordo com o seu gosto em ouro.
O resultado são peças "muito bonitas e finamente trabalhadas, feitas à mão e todas são diferentes".
Ao todo foram leiloados 29 lotes de insígnias portuguesas, entre as quais várias da Ordem de Cristo, Ordem da Torre e Espada, Ordem de Sant'iago da Espada e medalhas de mérito e valor, algumas das quais atribuídas no exílio por D. Miguel I.
A única cujo recipente está identificado é uma medalha atribuída por João VI aos tripulantes do navio HMS Windsor Castle, neste caso a um certo "A Leathart", pelo papel desempenhado na defesa do monarca português durante a revolta militar de 1824 liderada pelo seu filho, infante D. Miguel I.
Uma insígnia da Ordem de Cristo brasileira, datada do segundo quarto do século XIX, já depois da indendência de Portugal, foi arrematada por 3760 euros.
A venda foi organizada pela Morton & Eden, formada por especialistas em moedas, medalhas de guerra, ordens honoríficas e notas de todo o mundo, que antes trabalhavam para a leiloeira Sotheby's.
BM
Lusa/fim
Londres, 03 Jul (Lusa) - Um conjunto de 29 lotes de insígnias honoríficas portuguesas foram hoje leiloadas em Londres por 93 mil euros, tendo a licitação individual mais elevada subido aos nove mil euros, anunciaram os organizadores.
A peça que obteve os nove mil euros foi uma insígnia da Ordem da Torre e Espada do início do século XIX, feita de ouro, prata e esmalte, superando a estimativa mais alta de cinco mil euros.
O distintivo que os especialistas consideravam a estrela do leilão, uma insígnia da Ordem de Cristo decorada com diamantes datada dos finais do século XVIII, foi arrematada por apenas 200 euros.
O seu valor estava estimado entre os 7.550 e os 10.000 euros.
Um dos responsáveis pela venda, James Morton, elegeu esta peça, cuja origem situa nos anos 1780-1790, como a estrela do catálogo por ser a mais antiga e um exemplar único de joalharia, além de ser um modelo invulgar.
"É idêntica dos dois lados, o que é muito raro, pois o mais habitual é ser jóia de um lado e lisa do outro, permitindo assim ser vista dos dois lados, que são igualmente ostensivos e bem feitos", enalteceu, em declarações à agência Lusa.
O interesse da venda das insígnias e medalhas, que teve lugar hoje numa sala da leiloeira Sotheby's, é o facto, sublinhou Morton, de muitas serem verdadeiras jóias, decoradas com pedras preciosas.
"Foram quase de certeza encomendadas a joalheiros pelas pessoas distinguidas", explicou.
Esta prática era relativamente normal, embora só acessível a pessoas com posses, que assim viam as distinções executadas de acordo com o seu gosto em ouro.
O resultado são peças "muito bonitas e finamente trabalhadas, feitas à mão e todas são diferentes".
Ao todo foram leiloados 29 lotes de insígnias portuguesas, entre as quais várias da Ordem de Cristo, Ordem da Torre e Espada, Ordem de Sant'iago da Espada e medalhas de mérito e valor, algumas das quais atribuídas no exílio por D. Miguel I.
A única cujo recipente está identificado é uma medalha atribuída por João VI aos tripulantes do navio HMS Windsor Castle, neste caso a um certo "A Leathart", pelo papel desempenhado na defesa do monarca português durante a revolta militar de 1824 liderada pelo seu filho, infante D. Miguel I.
Uma insígnia da Ordem de Cristo brasileira, datada do segundo quarto do século XIX, já depois da indendência de Portugal, foi arrematada por 3760 euros.
A venda foi organizada pela Morton & Eden, formada por especialistas em moedas, medalhas de guerra, ordens honoríficas e notas de todo o mundo, que antes trabalhavam para a leiloeira Sotheby's.
BM
Lusa/fim