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Libertação de uma águia-de-asa-redonda

ecks1978

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O RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens - Ria Formosa convida os interessados a estarem presentes durante a acção de libertação de águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) no Campo de Futebol de Sagres, às 14h30.

O RIAS "tem como principal função receber e proceder ao tratamento de animais selvagens autóctones feridos ou debilitados e, sempre que possível, devolvê-los ao seu habitat natural", explicam os organizadores.

"Estes momentos de libertação de animais recuperados são assim o agradável culminar de um processo de recuperação muitas vezes moroso, sendo então momentos privilegiados para contacto com as populações locais, de modo a dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos centros de recuperação de fauna selvagem e também as espécies que ocorrem no nosso país".

A águia que será libertada "foi encontrada por um particular perto da EN125, em Sagres, pelo que se suspeita que tenha sido vítima de atropelamento. Foi entregue no RIAS pela equipa SEPNA de Portimão. Não apresentava fracturas nem lesões graves à excepção de uma pequena ferida na cabeça que foi necessário suturar e tratar. O processo de recuperação incluiu tratamentos veterinários, contacto com outros individuos da mesma espécie e treinos de voo e caça".

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)

"A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa, sendo a águia mais frequente em Portugal. Apresenta dimensões médias (entre 600 a 1100g e 51-56cm de comprimento), um aspecto compacto, cabeça arredondada e cauda relativamente curta, cerradamente listrada nos adultos. A cor da sua plumagem é muito variável, desde quase branco a castanho-escuro, sendo que a zona dorsal é geralmente castanha e a zona peitoral mais clara. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde existam árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas orlas dos bosques. A época de nidificação inicia-se em Abril e prolonga-se até Julho, podendo-se iniciar um pouco antes em algumas regiões. Os ninhos podem atingir até um metro de diâmetro e são construídos com ramos e folhas, em árvores e arbustos. Muitas vezes utilizam o mesmo ninho do ano anterior, acrescentando-lhe mais material. A postura é normalmente de 2 a 5 ovos e a incubação demora 33 a 38 dias. As crias saem do ninho aos 48-62 dias e tornam-se independentes às 15 semanas. É neste período que se começam a afastar do território dos progenitores. A dieta baseia-se em pequenos mamíferos, principalmente ratos, mas podem complementá-la com lagomorfos (coelhos e lebres), aves, répteis, anfíbios e invertebrados, podendo também ter comportamentos necrófagos. Caçam normalmente a partir um poiso (são frequentemente observadas sobre os postes dos telefones ou de cercas) mas também em voo sobre terrenos abertos e até caminhando pelo solo.

Embora seja uma espécie abundante apresenta várias ameaças, entre as quais se destacam electrocussão, abate e cativeiro ilegais, pilhagem de ninhos, incêndios florestais e atropelamento. De acordo com o ICNB (2005), esta espécie apresenta um estatuto de conservação “Pouco Preocupante”".
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