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Lista de Cientistas, colabora...

Lavalar

GF Ouro
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Leonardo Da Vinci

O dia 15 de Abril de 1452! Nesta data, na Itália, nascia Leonardo da Vinci. Talentoso pintor -- o artista criou obras-primas, como o quadro A Mona Lisa, que retrata uma mulher com olhar e sorriso misteriosos --, Da Vinci também actuou como escultor, engenheiro, arquitecto e fez estudos científicos. Para ele, ciência e arte se completavam!

Talvez você ache estranho que uma pessoa tenha conseguido se dedicar à ciência e à arte ao mesmo tempo. Mas o fato é que Leonardo da Vinci nasceu e cresceu em uma época em que tudo isso se misturava. Nos séculos 15 e 16, um movimento artístico, literário e científico surgiu na Itália: o Renascimento. Ele levou a um grande desenvolvimento da arquitectura, escultura, pintura, literatura, música e política! E também significou uma revolução no conhecimento da Astronomia, Matemática, Física e Medicina. Nesse período, a tradição na Europa era formar homens com um conhecimento amplo nos campos da técnica, da ciência e da arte.

O quadro A Última Ceia, pintado por Da Vinci entre 1495
e 1497, é um dos mais famosos do Renascimento

Foi na adolescência que Leonardo da Vinci começou a mostrar que tinha talento para ser um grande pintor. Nessa época, ele também percebeu a importância da observação científica precisa e bem cuidada. Essa descoberta influenciaria, no futuro, todos os seus trabalhos, inclusive os artísticos.

Até algum tempo atrás, os méritos de Leonardo da Vinci ficavam por conta das pinturas, que desenvolveu com genialidade. A contribuição do artista no campo científico era pouco divulgada e se tornou mais conhecida somente a partir da década de 1960. Nessa época, foram encontrados manuscritos com cerca de 700 páginas com a descrição de alguns de seus trabalhos. Por meio deles, percebeu-se que Leonardo da Vinci antecipou diversos avanços tecnológicos. Ele desenhou, por exemplo, uma máquina parecida com um helicóptero e esquemas de pára-quedas! (veja anexos)


Mas o interesse por ciência também influenciaria sua obra artística. Da Vinci sempre fabricava e fazia experimentos com as suas próprias tintas e técnicas de pintura. Como consequência, alguns de seus trabalhos têm sérios problemas de conservação para a posteridade. Mas nada disso diminui o talento desse artista. Ele foi inovador e conseguiu superar todos os pintores de sua época. Até hoje, sua obra é vista como uma das mais belas do mundo. No entanto, não é fácil encontrar quadros legítimos de Leonardo da Vinci! Ao todo, são somente 12 telas de autenticidade indiscutível e a maioria está na Europa.

Pode ser que você um dia tenha a oportunidade de ver de perto um dos trabalhos desse génio. Ou, então, que passe a se interessar pela pintura, agora que conhece um pouco sobre ele. De qualquer forma, é sempre bom reconhecer a importância de um artista, mesmo que seja em seu aniversário de 550 anos! Então, clique aqui para saber mais sobre as pinturas e estudos científicos de Leonardo da Vinci!
 

Lavalar

GF Ouro
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Gregor Mendel

A fantástica história do monge e suas ervilhas
Saiba quem foi o austríaco Gregor Mendel, considerado hoje o pai da genética!

Se você quiser saber como as experiências com ervilhas mostraram que as características físicas de uma geração são transmitidas às gerações seguintes, precisa conhecer a história de Gregor Mendel, o monge que descobriu o segredo da hereditariedade usando um jardim, algumas ervilhas e muita, muita inteligência.

Mendel nasceu em 1822, na cidade de Heizandorf, na Áustria. Aos 21 anos, entrou no monastério de São Tomás em Brunn, actual Brno. Para se tornar monge, era preciso entender de religião, mas também de ciências. Ele se tornou monge em 1847 e em 1851 resolveu se aprofundar em disciplinas como física, matemática e ciências naturais na Universidade de Viena. Ao se formar, depois de quatro anos, iniciou uma série de trabalhos com plantas no monastério para descobrir como se transmitem as características hereditárias.

Os contemporâneos de Mendel não acreditaram nele, pois estavam ouvindo pela primeira vez suas descobertas, que são hoje o ponto de partida para quem quer estudar genética. Ele foi um homem à frente de seu tempo e a História guardou um lugar especial para sua memória. O monge passou a ser considerado o pai da genética! O reconhecimento é tanto que construíram uma estátua de pedra em sua homenagem no jardim mais importante do Mosteiro de São Tomás, onde ele fez suas primeiras descobertas.

Graças a Mendel, o troca-troca genético de que a gente tanto ouve falar se tornou possível. Os transgênicos -- animais e plantas que recebem genes de outras espécies de seres vivos -- são realidade! O homem hoje é capaz de modificar o gene de uma planta para torná-la mais resistente às pragas, por exemplo. Ou então, fazer experiências trocando genes de animais, para tentar desenvolver novos medicamentos.

Enfim, muita coisa pode ser feita com o estudo da genética. Não se admire se um dia você acordar com uma imensa vontade de ser geneticista! Lembre-se que toda essa história começou em um jardim, com um monge sabido que cultivava ervilhas...
 

Lavalar

GF Ouro
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Carl Linné

Um aniversário de... 300 anos!
Conheça Carl Linné, o botânico que definiu como se deve classificar e baptizar plantas e bichos.

Você, que está sempre por dentro das matérias da CHC, sabe que todos os animais e plantas possuem um nome científico. Já conheceu o caramujo-gigante africano Achatina fulica , o morcego linguarudo Anoura fistulata , o pica-pau Celeus obrieni e até o lagarto Enyalius erythroceneus . Mas você alguma vez parou para pensar por que o nome das espécies é composto por duas palavras? Por que não cinco ou uma só? E por que essas palavras são escritas em latim?

Quem já se fez essas perguntas – e até mesmo quem nunca havia pensado nelas antes! – hoje tem a oportunidade de desvendar esse mistério, já que vamos conhecer o grande cientista que criou essa maneira de baptizar os animais e plantas: com vocês, o botânico sueco Carl Linné, que nasceu em 1707, ou seja, há 300 anos.

Desde criança, Linné mostrou talento para a botânica. Aos cinco anos de idade, ele recebeu do pai, pastor de uma igreja luterana e botânico amador, um jardim para tomar conta sozinho. Com o passar do tempo, a vocação de Linné ficou mais evidente. Diferentemente da vontade de seus pais, que queriam que ele seguisse a carreira religiosa, no fim de seus estudos básicos Linné decidiu fazer faculdade de medicina. Isso tudo no ano de 1727, quando tinha 20 anos de idade.

Naquela época, os alunos de medicina também estudavam plantas, já que receitavam ervas para seus pacientes. Durante seus estudos, Linné passou um bom tempo dedicando-se a coleccionar e estudar espécies botânicas. Depois que terminou a faculdade, nosso jovem cientista resolveu fazer uma expedição pelo interior da Suécia. Expedição para quê? Para descobrir novas espécies de plantas numa região considerada desconhecida de seu país naquela época. Naquele tempo, muitas espécies não eram conhecidas, visto que a prática de descrever os seres vivos estava sendo popularizada pouco a pouco.

Embora não se tenha tornado padre, Linné era religioso – assim como a maioria das pessoas daquela época. O pesquisador acreditava que o estudo da natureza mostrava a organização da criação de Deus. Assim sendo, pensava ele, era seu trabalho, como botânico, construir uma classificação que mostrasse essa ordem do universo. Foi por isso que Linné teve a idéia de criar um sistema de classificação dos seres vivos, que acabaria se tornando o seu mais importante trabalho científico: o sistema binominal de nomeação das espécies. Vamos conhecê-lo melhor?
 

Lavalar

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Dando nomes aos bois... e a todos os animais e plantas
Até hoje o sistema criado por Linné para classificar e baptizar as espécies é usado !

Provavelmente você já ouviu falar do reino animal e vegetal, conhece algumas espécies de animais ou sabe que existe a classe dos vertebrados e a dos invertebrados. Pois bem! O ramo das ciências que se ocupa da classificação natural dos seres vivos – ou seja, que procura incluí-los em categorias como animal ou vegetal, vertebrado ou invertebrado e também em determinada família, entre outras possibilidades – é a taxonomia. Linné é considerado um dos pais dessa área de estudo, tanto para animais quanto para vegetais.

O trabalho Systema Naturae, em que Linné apresentou um sistema de organização dos seres vivos. Repare que o nome do pesquisador aparece como Caroli Linnaei, porque está em latim.(anexo)
Como já dissemos, Linné buscou construir uma classificação dos seres. Desde Aristóteles, pensador grego que viveu no século dois antes de Cristo, usava-se a palavra ‘gênero’ para definir um grupo de organismos parecidos. O problema, porém, é que era comum cientistas usarem critérios diferentes para reunir os seres que julgavam similares. Por exemplo: alguns deles colocavam todos os animais domésticos como se pertencessem a um mesmo gênero, misturando assim espécies muito diferentes.

Em seu trabalho chamado Systema Naturae , publicado em 1737, Linné inovou ao agrupar os gêneros em grupos maiores, as ordens, que por sua vez agrupavam-se em grupos ainda maiores, as classes, e por fim, em outros grupos maiores ainda, os reinos. Essa organização pretendia evitar que espécies sem qualquer semelhança fossem colocadas dentro de um mesmo gênero. Desse modo, o reino animal contém, por exemplo, a classe dos vertebrados (que reúne todos os animais com coluna vertebral), que contém, por sua vez, a ordem dos primatas (que reúne mamíferos como os macacos, o ser humano e os lêmures), que contém o gênero Homo (ao qual nós, seres humanos, pertencemos), que contém a espécie Sapiens (que é a nossa espécie). Desde sua criação por Linné, essa estrutura foi pouco modificada e outras subdivisões foram adicionadas a esse sistema de classificação.

Porém, Linné não parou por aí. Outra das inovações desse botânico foi o sistema binominal de nomeação das espécies. Antes dessa iniciativa, os cientistas costumavam nomear as espécies que descobriam como bem quisessem. Alguns biólogos davam nomes muito compridos e de difícil uso para as espécies que descreviam, e podiam até alterá-los depois, o que criava muita confusão na hora de estudá-los. Para simplificar essa nomeação, Linné criou um sistema em que se atribui um nome em latim para indicar o gênero, e um outro nome, curto, para designar a espécie. Essa padronização dos nomes rapidamente se espalhou pela Europa, e foi muito importante já que várias espécies estavam sendo encontradas nos continentes recém-descobertos: Américas e Oceania. Os nomes de plantas e animais mais antigos e que são usados até hoje foram dados exactamente por Linné.

Este cientista publicou diversos livros sobre teoria da botânica e plantas. Durante sua vida, fez inúmeras viagens pela Europa, onde conheceu diversos pesquisadores de diferentes países com quem trocou idéias e sementes, claro! Linné montou museus e jardins botânicos, e também foi professor da universidade de Uppsala, na Suíça. Aliás, foi um grande professor. Jovens de toda a Europa chegavam até ele querendo ser um de seus discípulos. E Linné sempre foi um mestre muito dedicado e apaixonado pelo que ensinava. Chegou até a hospedar e dar comida a alguns de seus alunos que não possuíam dinheiro para se sustentar.

Museus com seu nome, jardins botânicos em sua homenagem, estátuas espalhadas pela Suécia foram algumas das homenagens prestadas a esse grande cientista e que perduram até hoje. Isso sem falar em uma região da Lua que recebe seu nome, e o fato de um dos nomes de menina mais comuns na Suécia ser exactamente ‘Linnea’. Como dá para perceber, não é à toa que estamos comemorando os 300 anos do nascimento deste cientista, que faleceu em 1778.
 

Lavalar

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Antoine Lavoisier

"Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"
Conheça a vida e os estudos de Lavoisier, considerado o pai da química moderna.


A frase do título lhe parece familiar? Pois ela tem a ver com a Química e foi dita pelo químico francês Antoine Laurent de Lavoisier. Fascinado por estudos e descobertas, ele não só revolucionou essa área da ciência como também trabalhou em outros campos do conhecimento.

Antoine Lavoisier e a esposa Anne-Marie(anexo)
Mas devemos partir do início! Lavoisier nasceu em Paris, em 1743. Filho de uma família de classe média alta, estudou nas melhores escolas francesas. Formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Fisgado pela Química, tornou-se um grande cientista. Aos 23 anos foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências e, por seu talento, logo indicado ao posto de director da Administração da Pólvora, um dos comités da academia.

Mas, em 1768, Lavoisier parecia se afastar do meio científico. Foi trabalhar na Ferme Générale, agência ligada ao governo e responsável pelo recolhimento de impostos. Lavoisier afirmava que seu objectivo na Ferme Générale era conseguir dinheiro para financiar suas pesquisas. Ainda assim, sua ligação com essa empresa considerada corrupta era mal vista pela população.

Aos 29 anos, Lavoisier casou-se com Anne-Marie, filha de 13 anos de um dos sócios da Ferme Générale. A esposa do cientista teve um papel importantíssimo nas pesquisas de Lavoisier. Era ela quem traduzia obras científicas do inglês para o francês, acompanhava as experiências do marido, fazia anotações e ilustrações.

Para Lavoisier, domingo era o melhor dia da semana...
porque ele podia dedicar-se a suas experiencias!

Para se dedicar à ciência e ao trabalho, Lavoisier adoptava uma rotina diária rigorosa. Acordava às seis horas da manhã e trabalhava em suas pesquisas até as oito. Em seguida, tratava dos negócios da Ferme Générale, da Administração da Pólvora e de outros comités da Academia Francesa de Ciências. Das sete às dez da noite, voltava a seus estudos. Domingo era o "dia de felicidade", ocasião em que o cientista fazia seus experimentos.

Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado Elementar de Química, obra que seria considerada de grande importância para a ciência (veja em anexo a capa do livro original). Na mesma época, a França passava por um período complicado. As classes mais pobres da população, das quais o governo cobrava impostos, se rebelaram e teve início a Revolução Francesa. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale custou-lhe a vida: ele foi acusado de desvio de dinheiro público e morto na guilhotina em 1794.

Comenta-se que, no dia seguinte à morte de Lavoisier, o famoso matemático Joseph-Louis Lagrange teria dito: "Necessitou-se apenas um instante para cortar sua cabeça, mas, talvez, um século não seja suficiente para produzir outra igual".
 

Lavalar

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Alfred Wegener

"Preciso levar essa ideia adiante..."
Conheça o cientista que mostrou que os os continentes eram unidos no passado.


Atenção! Se você é do tipo de pessoa que vive perguntando o que somos, de onde viemos e como eram as coisas no passado, aqui está mais uma página para completar o misterioso livro da evolução. Você já imaginou como era o mundo há milhões de anos atrás? Pois era bem diferente do que é hoje. Quando olhamos para o globo, vemos cada continente ocupando sua posição de sempre, formando um desenho que já conhecemos muito bem. Mas e se cada continente fosse a peça de um quebra-cabeça? Será que poderíamos montá-lo, formando um único e enorme pedaço de terra?

A resposta é sim. Só que, para vermos esse quebra-cabeça montado, teríamos que voltar no tempo uns 250 milhões de anos... Isso porque, naquela época, os blocos continentais que hoje estão espalhados pelo globo formavam um único e grande continente. Esse mega-continente foi se dividindo e suas partes foram se afastando até chegarem à posição que ocupam actualmente. Espera aí... Isso quer dizer então que os continentes se mexem?!

Se essa ideia lhe causou espanto, imagine só a reacção das pessoas quando ela foi proposta em 1912 por um cientista alemão muito sabido chamado Alfred Wegener. A hipótese que levantou, revolucionária para a época, foi ridicularizada pela maioria de seus colegas. Poucos o apoiaram, pois sua proposta ia contra a crença aceita na época, segundo a qual os continentes e oceanos ocupariam posições permanentes no globo. Mas Wegener estava convencido da sua teoria. Só faltava provar...

Tudo começou em 1910, quando a semelhança entre os contornos dos diferentes continentes despertou a curiosidade de Alfred Wegener. Então, ele escreveu à sua futura esposa: "A costa leste da América do Sul não se encaixa perfeitamente na costa oeste da África, como se um dia tivessem estado juntas? Essa é uma ideia que preciso levar adiante." E foi o que fez. Pesquisando o assunto, descobriu que outros cientistas já tinham pensado na possibilidade de haver uma conexão entre os continentes no passado. Eles acreditavam, entretanto, que eles estavam ligados entre si por pontes de terra, que teriam afundado, formando os oceanos.

Há cerca de 225 milhões de anos, havia apenas um grande continente chamado Pangéia

Wegener propôs algo diferente: antigamente, existia um supercontinente, que chamou de Pangéia (do grego "terra total"). Há cerca de 200 milhões de anos, a Pangéia foi se dividindo em vários blocos, que foram se deslocando lentamente, percorrendo milhares de quilómetros até ocuparem a posição atual. Como prova disso, o cientista apontou uma série de semelhanças entre a costa da África e da América do Sul: o relevo das duas regiões se completava, como se tivessem sido formadas juntas e depois se separado e, apesar de haver um oceano entre os dois continentes, foram encontrados fósseis de animais da mesma espécie e época em ambos, bem como plantas parecidas.

Para convencer os cientistas, entretanto, faltava ainda encontrar a chave do problema: descobrir qual era a força que dava o "empurrãozinho" para os continentes se deslocarem.
 

Lavalar

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Heródoto

Um giro pelo mundo antigo com Heródoto
Conheça o estudioso grego considerado o Pai da História.


Provavelmente você tem muitas histórias na sua família que passaram de geração em geração. Aconteceu com seu bisavô, que contou para seu avô, que contou para seu pai e que contou para você. E com certeza você contará para seus filhos, que contarão para seus netos e assim por diante. Cada vez que o episódio é contado, surge uma nova versão recheada de novos detalhes, mais colorida.

Muito antigamente, a história da humanidade também era contada na forma de lendas e poemas. Aos verdadeiros factos eram acrescentados elementos mitológicos -- como dragões e bichos de cem olhos -- que transformavam seus protagonistas em heróis.

Porém, no século 5 antes de Cristo, na região onde hoje fica a Grécia, viveu um sujeito chamado Heródoto. Esse heleno (nome dado ao povo grego naquela época) trouxe inovações que deram início à pesquisa histórica como hoje a conhecemos, que busca estudar o passado para entender o presente. Por isso, ele é conhecido como o Pai da História.

Heródoto escreveu uma série de manuscritos, que hoje podemos encontrar na forma de nove livros, contando a história das guerras que aconteceram entre o império Persa e as cidades-estado gregas e também dos dois séculos que as precederam. Essas guerras duraram de 492 a 479 antes de Cristo e ocorreram porque, com desejo de expandir seu império, os persas submeteram as colónias gregas da costa do Mar Jónio ao seu domínio. Mas foram os gregos que venceram essas guerras, que marcaram a transição da civilização helena arcaica para a chamada civilização clássica.

Para escrever seus manuscritos -- chamados de História -- e descrever as guerras e o Império, Heródoto investigou o povo persa e os povos subordinados a ele, pesquisou sobre os costumes desses povos, analisou sua história e preocupou-se em registrar os factos contados pelas pessoas que faziam parte desses povos. Era a primeira vez que um historiador buscava no passado elementos que pudessem explicar o contexto do presente (nesse caso, o mundo grego do século 5 antes de Cristo).

Como Heródoto não era da cidade grega de Atenas -- ele nasceu em Halicarnasso e lá viveu por um bom tempo --, foi capaz de entender melhor a cultura dos povos que descreveu. Atenas era o centro cultural do mundo grego, o lugar onde a arte teve um rápido desenvolvimento e a filosofia sofreu mudanças que marcariam a história da humanidade. Porém, esses avanços não ocorreram na Grécia de forma uniforme e os helenos de Atenas se consideravam superiores aos outros povos gregos.

Quando adulto, Heródoto deixou sua cidade natal, Halicarnasso, que estava submetida ao domínio persa, e seguiu para Samos, outra cidade grega. Graças a esse exílio, ele iniciou uma série de viagens para lugares como o Egipto, o Mar Negro, a Itália, a costa norte da África e o Oriente Médio. Nessas viagens, Heródoto conversou com muitas pessoas. A partir de suas observações, ele escreveu a primeira grande descrição do mundo antigo, contribuindo para o nosso conhecimento da civilização grega clássica.

O pioneirismo de Heródoto
Historiador foi o primeiro a fazer um elo entre a geografia e a história


A partir dos relatos que fez, estima-se que Heródoto tenha conhecido a Líbia, Assíria, Egipto, Cítia (sul da Rússia), Lídia (na Turquia), Babilónia, Macedónia, Pérsia, Mesopotâmia e vários outros lugares da África e Europa. Mas como não havia passaporte naquela época, não podemos saber com precisão. Pelo que Heródoto relata, sabemos que ele não esteve em todos os lugares que descreveu. À medida que a localização vai ficando mais longínqua, mais fantasiosa se torna sua descrição. O historiador descreve, por exemplo, alguns povos da África com a cabeça localizada no peito.


Seguindo o caminho de outros intelectuais helenos, Heródoto foi para Atenas, centro cultural da Hélade (Grécia antiga). Sua obra tornou-se conhecida quando ele fez uma leitura pública nessa cidade. Pode-se concluir que o público para o qual Heródoto escrevia eram os helenos, mais especificamente os atenienses, pois muitas vezes sua narrativa inferiorizava os outros povos que descrevia para exemplificar o diferente. Segundo os livros, quando falava dos persas -- inimigos dos helenos --, se referia a eles como ’bárbaros’. Já quando descreveu os egípcios, povo pelo qual tinha grande admiração religiosa, Heródoto exaltou sua cultura.

Do livro 1 ao livro 5, Heródoto descreve o passado e o período anterior às guerras greco-pérsicas. Do 6 ao 9, relata a história das guerras, que também foram chamadas de Guerras Médicas, já que os gregos consideravam que os medos (povo subordinado ao domínio persa) e os persas formavam o mesmo povo.

O historiador ficou impressionado com a organização do exército persa. Apesar de composto por diversos povos de línguas e culturas diferentes, era unido e comandado por um só líder. Já no exército grego, composto de cidadãos de mesma língua e religião, os soldados eram politicamente divididos e disputados por seus diversos comandantes. Essa diferença tinha que ser explicada aos leitores e, para isso, ele acabou descrevendo o crescimento e a organização do império Persa -- sua geografia, estrutura social e história --, sendo o primeiro historiador a fazer um elo entre a geografia e a história.

Heródoto tinha muita habilidade e talento para narrar histórias. Em seus livros, para enriquecer a descrição do povo persa, ele incluiu contos de origem oriental, lendas e tradições folclóricas. Ao longo de suas viagens, Heródoto colectou informações sobre costumes, mitos e histórias dos diversos povos e culturas que conheceu. Ele relatava suas impressões em primeira pessoa e transcreveu para o livro alguns discursos dos líderes dos lugares pelos quais passou e diálogos de nativos dessas províncias. Essa técnica, que foi uma inovação, existe até hoje na historiografia -- estudo das obras históricas (tradições orais e obras escritas) realizadas ao longo do tempo.

Heródoto nasceu aproximadamente em 484 e morreu por volta do ano 420 antes de Cristo, em Túrio, cidade no sul da Itália. Como naquela época não havia registos de nascimento e morte, não podemos precisar essas datas.
 

Satpa

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André Marie Ampère

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André Marie Ampère (1755 - 1836)

André Marie Ampère nasceu em Lyon a 20 de Janeiro de 1775, no seio de uma família abastada. O seu pai, Jean-Jacques Ampère, transmitiu-lhe sólidos conhecimentos linguísticos e incentivou-o a cultivar uma postura autodidacta. Na sua adolescência, Ampère dedicou-se ao estudo das ciências, interessando-se sobretudo pelo estudo da física e da química.

Foi professor de física, química e matemática em Lyon (1797-1802) e em Bourg (1802-1804) e leccionou matemática e mecânica na École Polytechnique de Paris (1804-1828). Pela sua reputação como óptimo professor e investigador, em 1828 foi convidado para leccionar matemática na Université de France, cargo que ocupou até ao final da sua vida.

Para além de ser um extraordinário professor, Ampère desenvolveu trabalhos muito importantes nos campos da física, química e da matemática. Entre 1807 e 1816, estabeleceu a diferença entre átomos e moléculas, enunciou o chamado “princípio de Avogadro”, descobriu um ácido ao qual deu o nome de Fluorine, publicou uma tese sobre a refracção da luz e concebeu uma classificação de elementos, precursora da tabela periódica de elementos.

Ao tomar conhecimento das experiências de Hans Christian Oersted (1777-1851) sobre o desvio de agulhas magnéticas por efeito de uma corrente eléctrica, Ampère começou a estudar os fenómenos electromagnéticos e apresentou várias experiências no campo do electromagnetismo à Academie de Paris. Em 1820 reconheceu que, sem a intervenção de qualquer íman, dois fios exercem um sobre o outro uma acção atractiva ou repulsiva consoante o sentido das correntes que os percorrem. Em 1822 descobriu o princípio da telegrafia eléctrica. No decurso das suas investigações sobre a electricidade fez importantes descobertas. Experimentou a mútua influência entre fios condutores paralelos, distinguiu entre a intensidade de corrente que circula num condutor e a força impulsora ou tensão electromagnética e concebeu o solenóide.

A sua teoria foi fundamental para o desenvolvimento da electricidade e do magnetismo no século XIX. A sua obra mais importante, “Mémoire sur la Théorie Mathématique des Phénomènes Electrodynamiques“(1826) tornou possível os ulteriores avanços de Thomson, Maxwell, Weber e Faraday no campo do electromagnetismo.

Apesar das tragédias da sua vida pessoal (o seu pai foi guilhotinado em 1793 e a sua esposa faleceu em 1803, após um brevíssimo matrimónio), Ampère demonstrou grande empenho e dedicação. Como reconhecimento do seu valor, Napoleão nomeou-o inspector-geral de instrução pública em 1808.

Faleceu a 10 de Junho de 1836, em Marselha. O Ampère (A) é hoje a unidade de medida da intensidade da corrente eléctrica em sua homenagem.



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Satpa

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Carl David Anderson

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Carl David Anderson (1905 - 1991)

Carl David Anderson, filho de Carl David Anderson e Emma Adolfina Ajaxson, nasceu em Nova Iorque a 3 de Setembro de 1905.

Estudou Física e Engenharia no California Institute of Technology e aí se doutourou em 1930. Em 1933 tornou-se professor assistente de Física no California Institute of Technology. Em 1939 assumiu a cátedra de Física no mesmo Instituto. Durante os anos 30, Anderson dedicou-se à investigação dos raios cósmicos e realizou diversas experiências, na sua grande maioria publicadas na revista “Physical Review and Science”.

Em 1932, Carl Anderson detectou pela primeira vez um positrão (electrão de carga positiva) em raios cósmicos. Pela descoberta do electrão positivo, Anderson partilhou em 1936 o prémio Nobel com Victor Hess.

Em 1937, com Seth Neddermeyer Anderson encontrou uma nova partícula nos raios cósmicos, o muão, e que foi a primeira partícula elementar a ser descoberta para além dos constituintes da matéria ordinária (protão, neutrão e electrão).

Entre 1941 e 1945 teve participação activa nos projectos desenvolvidos pelo National Defense Research Committee e pelo Office of Scientific Research and Development no âmbito da Segunda Guerra Mundial.

Os trabalhos realizados nos anos 30 e 40 contribuíram decisivamente para o desenvolvimento da Física e foram reconhecidos por diversas Academias e Instituições. Para além do Premio Nobel, obteve a “Gold Medal” (American Institute of the City of New York), a “Elliott Cresson Medal” (Franklin Institute) e a “John Ericsson Medal” (American Society of Swedish Engineers). Foi Doutor Honoris Causa pela Colgate University (1937), Temple University (1949) e Gustavus Adolphus College of St. Peter (1963).

Carl David Anderson faleceu a 11 de Janeiro de 1991 em San Marino, Califórnia.



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Svante August Arrhenius

Svante August Arrhenius foi um químico sueco, nasceu no dia 19 de fevereiro de 1859, em Vik, e faleceu aos 68 anos, em Estocolmo, no dia 2 de outubro de 1927).

Recebeu o prémio Nobel da Química de 1903, "em reconhecimento dos serviços extraordinários concedidos ao avanço da Química pela sua teoria electrolítica da dissociação".

Entrou aos 8 anos na escola da Catedral de Vik, tendo proeminência em física e matemática, sendo o aluno mais jovem a graduar-se em 1876. A sua família mudou-se para a cidade de Upsala, e ele entrou na Universidade da mesma cidade quando tinha 17 anos. Posteriormente estudou na Universidade de Estocolmo. Ensinou classes de física na Escola Técnica Superior desta Universidade (1891-1895), alcançando o grau de catedrático na mesma (1895-1904). Em 1904 passou a dirigir o Instituto Nobel de Química e Física (1905-1927).

Sendo estudante, preparando-se para o doutoramanto na Universidade de Upsala, investigou as propriedades condutoras das dissoluções eletrolíticas, que formulou na sua tese. A sua teoria afirma que nas dissoluções eletrolíticas, os compostos químicos dissolvidos, se dissociam em iões, mantendo a hipótese de que o grau de dissociação aumenta com o grau de diluição da solução, o que se verificou ser válido apenas para os eletrólitos fracos. Acreditando que a teoria estava errada, a sua tese foi aprovada com a qualificação mínima possível. Esta teoria foi objeto de muitos ataques, especialmente por Lord Kelvin, sendo apoiada por Jacobus Van't Hoff, em cujo laboratório havia trabalhado como bolsista estrangeiro (1886-1890), e por Wilhelm Ostwald.

Posteriormente esta teoria foi aceite por todos, convertendo-se num dos pilares da físico-química, no ramo da eletroquímica. Sua concepção científica valeu-lhe a obtenção do Nobel de Química de 1903, "em reconhecimento dos extraordinários serviços prestados ao avanço da química através de sua teoria da dissociação eletrolítica”.

Svante_Arrhenius.jpg

Svante Arrhenius(1859 - 1927)
Contribuiu de forma decisiva para o avanço da química
.​

Além disso, trabalhou em diversos ramos da físico-química, como velocidade das reações, sobre a prática da imunização e sobre astronomia. Como consequência, em 1889, descobriu que a velocidade das reações químicas aumenta com a temperatura, numa relação proporcional com a concentração de moléculas existentes.
Em 1909 foi membro estrangeiro da Royal Society. Em 1911, durante uma visita aos Estados Unidos, foi condecorado com o primeiro Prémio Willard Gibbs e, em 1914, recebeu o Prémio Faraday Lectureship.

Teoria de Arrhenius

Trabalhando na Universidade de Upsala Arrhenius realizou numerosas experiências com a passagem de corrente elétrica através de solução aquosa, e formulou a hipótese de que algumas substâncias continham partículas carregadas, os iões.

De Acordo com Arrhenius, determinadas substâncias quando dissolvidas em meio aquoso sofriam separação de iões preexistentes, o que tornava a substância condutora de eletricidade. Um exemplo clássico é o do sal de cozinha (NaCl) ou da soda cáustica (NaOH):

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Quando um composto molecular era dissolvido em meio aquoso, não conduzia eletricidade pois não formava iões, o resultado era uma solução molecular; um bom exemplo é a dissolução do amoníaco.

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Porém, Arrhenius observou que uma ligação covalente de hidrogénio e cloro, de modo a formar ácido clorídrico também conduzia eletricidade em meio aquoso. A conclusão foi que, como o HCl contém uma ligação covalente, os iões são formados por meio da quebra dessas moléculas por água, o que origina uma solução iónica. Esse fenómeno foi denominado ionização.

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De facto, estas equações são uma representação simplificada. O fenómeno da ionização ocorre pela reação entre o ácido clorídrico e as moléculas de água

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Normalmente, omitimos a participação da água.


Equação de Arrhenius

A Equação de Arrhenius permite calcular a variação da constante de velocidade de uma reação química com a temperatura. É uma equação bastante utilizada na cinética química, onde é utilizada também para a determinação da energia de ativação de reações. A Equação de Arrhenius é determinada por:

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Onde:
k = constante de velocidade;
A = constante pré-exponencial (depende da área de contacto entre outros fatores);
Ea = Energia de ativação;
R = constante dos gases;
T = Temperatura;


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Francis William Aston

Francis William Aston foi um físico e químico britânico que nasceu em Birmingham, Inglaterra, no dia 1 de setembro de 1877, tendo falecido em Cambridge no dia 20 de novembro de 1945.

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Francis W. Aston (1877 - 1945)
Inventor do espectrómetro de massa.​

Recebeu o nobel de química de 1922, "pela descoberta, utilizando o seu espectrómetro de massa, de isótopos, num grande número de elementos não radioativos, e pelo enunciado da regra do número inteiro".

Francis Aston nasceu no seio de uma família numerosa, o terceiro de sete filhos. Estudou na Harborne Vicarage School e no Malvern College, antes de ingressar no Mason College (futura Universidade de Birmingham) em 1894. Entre os seus professores contavam-se Edward Frankland e William Augustus Tilden (química) e John Henry Poynting (física).

Recebeu uma bolsa de estudos em 1898, com a qual estudou as propriedades ópticas do ácido tartárico. Pouco tempo depois, ingressou como químico no laboratório de uma cervejeira, onde passou três anos. Nesse período, começou a interessar-se por processos físicos, como a existência de descargas elétricas em tubos em vácuo. A sua larga experiência em técnicas de vácuo permitiu-lhe pôr em evidência pela primeira vez a constituição isotópica de um elemento estável por meio de análise dos raios positivos. Em 1913 conseguiu uma separação parcial de isótopos por um método de difusão.

Em 1903 obteve uma bolsa de estudos para estudar na Universidade de Birmingham. Em 1909 transferiu-se para o Laboratório Cavendish em Cambridge, convidado por Joseph John Thomson, onde trabalhou na identificação dos isótopos do neón e pesquisou as descargas elétricas em tubos de baixa pressão. Em 1912, Aston descobriu uma substância com peso atómico de 22,33 quando analisava o gás néon, que posteriormente apresentou num artigo à reunião anual da Sociedade Britânica para o Progresso da Ciência. A descoberta de Aston acabou por ser uma descoberta-chave sobre a estrutura atómica (o que, anos mais tarde, levou ao desenvolvimento da bomba atómica). Foi professor no Trinity College de Cambridge.

Voltou aos seus estudos após a I Guerra Mundial em 1919, inventando um espectrómetro de massa, que lhe permitiu descobrir a causa das diferenças de massa de um certo número de isótopos não radioativos. Estes estudos permitiram-lhe a identificação de pelo menos 212 dos 287 isótopos naturais e formular a "regra do número inteiro": definindo-se a massa do isótopo de oxigénio, todos os outros isótopos possuem massas muito próximas a números inteiros. Mais tarde, conseguiu ainda observar alguns desvios a esta regra. O espectrómetro de massa é ainda hoje utilizado em campos tão diversos como Geologia, Química, Física Nuclear e Biologia.


Em 1921 ingressou na Royal Society. Foi também membro de honra da Academia Russa de Ciências e da Accademia dei Lincei.

Pouco tempo depois, foi convidado a escrever a entrada sobre energia atómica na Enciclopédia Britânica.

Aston era um praticante entusiasta de esqui, montanhismo, ténis e natação. Também tocava instrumentos musicais, nomeadamente o piano, violino e violoncelo.

Francis William Aston, físico experimental, nasceu em Harborne a 1 de Setembro de 1877, vindo a falecer em Cambridge a 20 de Novembro de 1945. Trabalhou com Frankland em 1898, Poynting em 1903 e J.J Thomson em 1910.

A sua larga experiência em técnicas de vácuo permitiu-lhe pôr em evidência pela primeira vez a constituição isotópica de um elemento estável por meio de análise dos raios positivos. Em 1913 conseguiu uma separação parcial de isótopos por um método de difusão.

Obteve o Prémio Nobel da Química em 1922. Deixou a obra Mass spectra and Isotopes (1942).


Fonte:
 

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Antoine Henri Becquerel

Antoine Henri Becquerel foi um físico francês, filho de Alexandre-Edmond Becquerel.

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Antoine Becquerel
(1852 - 1908)

Estudou na Escola politécnica e era considerado um "engenheiro de pontes e calçadas".

Ensinou Física na Escola politécnica e no Museu Nacional de História Natural.

Continuou os trabalhos dos seus pai e avô, descobrindo em 1896 a radioatividade dos sais de urânio. Esta importante descoberta valeu-lhe a atribuição do Prémio Nobel da Física em 1903, juntamente com o casal Pierre Curie e Marie Curie.

Foi membro da Academia das Ciências Francesa.

O seu pai, Alexandre Becquerel estudou a luz e a fosforescência, inventando a fosforoscopia. O seu avô, Antoine César Becquerel, também se destacou no estudo das ciências e foi um dos fundadores da eletroquímica.

No ano de 1895, Antoine Becquerel descobriu acidentalmente uma nova propriedade da matéria que, posteriormente, denominou de radioatividade. Ao colocar sais de urânio sobre uma placa fotográfica colocada num local escuro, verificou que a placa enegrecia. Os sais de urânio emitiam uma radiação capaz de atravessar papéis negros e outras substâncias opacas à luz.

Estes raios foram inicialmente denominados de Raios B em sua homenagem.

Além disso, realizou pesquisas sobre a fosforescência, espectroscopia e absorção da luz.

Escreveu várias obras destacando-se:

Investigação sobre a fosforescência ( 1882-1897 )
Descoberta da radiação invisível emitida pelo urânio ( 1896-1897 ).


Fonte:
 
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