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Macy Gray, senhora R&B no Coliseu dos Recreios

nuno29

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Abr 16, 2007
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Foi um Coliseu dos Recreios a meio gás, aquele que recebeu, na noite desta terça-feira, uma Macy Gray em boa forma. Apesar de percorrer uma fase transitória da sua carreira - o último disco data de 2007 e não há notícias de um novo álbum para breve -, a cantora norte-americana não perdeu andamento e apresentou um bom espectáculo em Lisboa.

Macy foi uma autêntica senhora do R&B, cantando e conversando com o público no estilo tão particular e inconfundível. Voz rouca, fala arrastada, mas com canções cheias de charme e muito groove.

A cantora de 42 anos trouxe consigo uma banda exemplar, onde todos brilharam - incluindo duas coristas de vozes e corpos volumosos, e que se mexeram bastante e bem.

O concerto em formato greatest hits começou pelo mais recente álbum, «Big», com «Ghetto Love», regressando ao início desta década através «Relating to a Psycopath» (2001) e «When I See You» (2003). O fogo ia crescendo aos poucos, mas o entusiasmo do público parecia esbarrar nas cadeiras montadas na plateia.

Só ao quinto tema, e já depois de perguntar o nome a todos os presentes em «Caligula», é que os corpos deixaram o conforto dos assentos e começaram a abanar com vontade.

«Agora que já sabemos os nomes de toda a gente, podemos aproveitar para dançarmos todos juntos», foi o desafio lançado por Macy Gray e que mereceu resposta imediata e positiva num «Why Didn't You Call Me» com o ritmo certo para despertar os mais apáticos.

Um tropical «I've Committed Murder» e um «Sex-O-Matic Venus Freak» bem picante foram motivos suficientes para que as cadeiras continuassem em descanso.

Desacelerando, e guiado pelos acordes quentes da guitarra sem distorção, o medley de «One For Me», «Sweet Baby» e «Still» serviu para embalar casais e para o guitarrista Joshua Lopez brilhar com um solo muito aplaudido.

«Treat Me Like Your Money» trouxe de volta o R&B clássico cheio de groove, com um pouco de rap pelo meio, seguido de uma versão bem conseguida de «Creep», dos Radiohead. Do vestido a preto e branco, Macy passou para umas calças e casaco de fato negros, recebeu piropos e cantou com a plateia um dos mais famosos refrões do rock alternativo dos anos 1990.

Mais dois dedos de conversa com o público e desfeitas as dúvidas entre «Lisbon» ou «Lisboa», chegou a vez de «Sexual Revolution» em tons orgulhosamente disco e com uma breve passagem por «Da Ya Think I'm Sexy?», canção celebrizada por Rod Stewart.

A chama manteve-se quente no circense «Oblivion», o mais festivo dos temas do alinhamento, com direito a cartazes com a letra da canção num verdadeiro karaoke ao vivo. Não houve desculpa para não cantar.

No regresso para o encore, a banda mostrou que consegue brilhar mesmo sem Macy em palco, com «You Can Make It If You Try» dos Sly & The Family Stone.

Com nova muda de roupa (vestido preto), a cantora voltou à acção para apresentar mais uma canção de amor, desta feita aquela pela qual todos pareciam estar à espera: «I Try».

Refrão cantado de cor e Macy Gray bem junto dos fãs, tal qual mandam as regras de qualquer êxito que se preze. Final eficaz com «Everybody» numa noite bem passada e que merecia mais público.

Alinhamento do concerto:

1. Ghetto Love
2. Relating to a Psychopath
3. When I See You
4. Caligula
5. Why Didn't You Call Me
6. Do Something
7. I've Committed Murder
8. Sex-O-Matic Venus Freak
9. Glad You're Here
10. One For Me / Sweet Baby / Still
11. Demons
12. Treat Me Like Your Money
13. Creep (Radiohead)
14. Sexual Revolution
15. Oblivion

Encore
16. You Can Make It If You Try (Sly & The Family Stone
17. I Try
18. Everybody


iol
 
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