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Maio 1968
O Mês Que Mudou o Mundo.
O Mês Que Mudou o Mundo.
No próximo mês de Maio vai fazer 40 anos que os jovens saíram à rua para pedir liberdade sexual, paz e mudanças sociais.
Relembre os acontecimentos que marcaram um mês em ebulição :
" A Revolução saiu à rua "
Por todo o mundo, os jovens lutavam por diferentes causas.
França :
Em Paris, 130 mil estudantes descontentes com a V República do General De gaule pedem mudanças sociais e educativas.
Os operários seguem a dica e, apesar de não se misturarem com os miúdos, convocam greves gerais. A França pára.
Se, a princípio, nada faria crer que os protestos descambariam em violência policial, é o que acaba por acontecer. Nas ruas, lideradas pelo estudante Daniel Cohn-Benedict (Dany, o Vermelho ), por causa das convicções ( políticas e cor do cabelo ), os jovens gritam os seus slogans bombásticos e utópicos : " É proibido proibir ! " ou " Imaginação ao poder ! ".. Em Junho tudo acaba com a direita a ganhar as eleições.
EUA :
Multidões marcham pelo fim da guerra do Vietname e pela garantia de direitos civis para os negros. Com o assassínio de Martin Luther King, em Abril, surgem motins em várias cidades.
O movimento Panteras Negras ganha destaque e luta por mais poder para os afro-descendentes. Entretanto, a guerra matava 300 homens por semana no Vietname. O recrutamento era obrigatório.
Checoslováquia :
Havia optimismo no ar, durante a Primavera de Praga. Alexander Dubcek, um reformista, chegava ao poder em Janeiro, prometendo liberdade de expressão, associativa e de imprensa e o fim da repressão soviética. A 9 de Maio tudo acabava, com tanques russos a invadirem o país.
Portugal :
Ainda é cedo para revoluções, mas este é o ano em que acaba um período político. Salazar abandona o cargo de Presidente do Conselho, por razões de saúde, e Marcello Caetano sucede-lhe.
A Guerra do Ultramar começa a agudizar-se. 70 mil rapazes foram recrutados para o serviço militar obrigatório, só em 1968. este, entretanto, aumentou para quatro anos dois dos quais obrigatórios nas colónias. Muitos jovens " davam o salto " para França, fugindo à guerra e perseguições políticas do regime.
in, rev.Activa nº 210, por Cristina Tavares Correia
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