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Artur Mas, o presidente da Generalitat, defende a independência da Catalunha
A dois meses das eleições, 63% dos habitantes da Catalunha acreditam que é quase inevitável uma separação do resto do país
O governo da Catalunha apresentou ontem o modelo de agência tributária que irá criar caso seja declarada a independência desta comunidade autónoma espanhola. A dois meses das eleições catalãs, 63% dos habitantes da região acreditam que é quase inevitável uma rutura com o resto de Espanha, segundo uma sondagem Metroscopia publicada ontem pelo El País.
"Sem o controlo da tua própria máquina fiscal, mesmo num quadro de cooperação europeia como nós queremos, não há autogoverno, e sem autogoverno não há projeto próprio de país", disse ontem o presidente da Generalitat, Artur Mas, na apresentação do modelo tributário que pretende implementar. A Catalunha "está preparada", sublinhou.
Este modelo é inspirado no utilizado em países como Suécia e Austrália e que assenta numa "cooperação com o contribuinte acima do controlo", de acordo com os especialistas que colaboraram com o governo catalão.
O diretor do programa de definição do modelo tributário da Catalunha explicou que a intenção é levar os contribuintes a pagar os seus impostos sem a necessidade de recorrer a medidas repressivas de controlo, algo a que os especialistas chamam de smart tax. Joan Iglesias defendeu que esta será uma forma completamente diferente da ação levada a cabo pela Agência Tributária Espanhola, cuja relação com os contribuintes é de "confrontação e litígio". Atualmente, a Agência Tributária da Catalunha, que faz a gestão dos impostos da Generalitat, tem 324 funcionários. Se este novo modelo avançar, segundo contas do governo autonómico, terá 600 nos próximos anos.
dn