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Onde está a Maddie?
Madeleine McCann desapareceu, faz agora um ano, na Praia de Luz, Algarve. Doze meses depois ainda não há resposta para esta pergunta: rapto, homicídio ou acidente?
"Entrevista: pais pedem ao raptor que telefone"
-Os pais de Madeleine McCann acreditam que a filha ainda pode estar viva e garantem que não vão descansar até a encontrarem, apelando ao eventual raptor ou a pessoas com informações relevantes para telefonarem para um novo número, referem em entrevista à Lusa.
«Um ano depois, a Madeleine ainda está desaparecida e não há nada nenhuma prova que sugira que lhe foi feito mal, há boa razões para pensar que ela está algures viva», afirmou Kate McCann em Londres.
Madeleine McCann desapareceu a 03 de Maio de um apartamento turístico na Praia da Luz, Algarve, onde dormia com os dois irmãos gémeos, enquanto os pais jantavam num restaurante próximo.
Aproveitando a ocasião do primeiro aniversário para relançar a campanha para encontrar a filha, a família anunciou a criação de um novo número de telefone de baixo custo para o Reino Unido e a Europa para receber informação.
«A mais pequena informação pode não parecer relevante, mas seja uma experiência ou alguém que viu na Praia da Luz, algo que seja relevante, por favor telefone para este número», apelou Gerry McCann.
O número (+44 845 838 4699 a partir do estrangeiro) pode ser usado por qualquer pessoa em qualquer língua, tendo sido concebido um «novo sistema inovador» de receber as chamadas e reunir a informação.
Raptor desafiado a telefonar
Dirigindo-se à pessoa que eventualmente ainda mantenha a criança em captiveiro, Gerry prometeu o anonimato e urgiu o raptor a telefonar.
«Tudo o que queremos é a Madeleine de volta e você pode sair desta situação», vincou.
A mesma mensagem foi hoje transmitida a dezenas de outros órgãos de comunicação social portugueses, espanhóis e britânicos, numa sucessão de 18 entrevistas.
Confessando sentir a falta de Madeleine «todos os dias» e que a família «não está completa sem ela», Kate confessou que este último ano «tem sido horrível».
Uma experiência «incrivelmente dolorosa»
«Tem sido uma experiência incrivelmente dolorosa, às vezes insuportável e se não fosse pelo Sean e Amelie [os dois outros filhos] e o facto de acreditar que a Madeleine está algures (viva), não sei se conseguia aguentar», confiou.
Dia 3 de Maio de 2007, à noite, é comunicado às autoridades portuguesas o desaparecimento de uma menina inglesa. Logo na primeira noite dezenas de populares ajudaram nas buscas. Na manhã seguinte, a notícia abria os telejornais britânicos e, ao final do dia, as televisões já estavam na Praia da Luz, junto ao Ocean Clube, onde a menina passava férias com os pais e os irmãos.
Em pouco tempo, Maddie tornou-se na criança desaparecida mais conhecida do mundo e assim permanece. Conhecida, mas com paradeiro desconhecido. Em causa ficaram, e ainda estão, as autoridades portuguesas.
Em Fevereiro deste ano o director da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro falou sobre o caso e surpreendeu o país ao afirmar que houve «precipitação» na investigação e na constituição dos pais como arguidos.
Maddie foi vista milhares de vezes mundo fora e os pais continuam a «ter esperança que esteja viva». Insistem na tese do rapto e até revelaram um retrato-robot do homem que teria levado Madeleine.
Gerry e Kate Mccann venderam uma entrevista à cadeia britânica ITV, por 10 mil libras (12600 euros). A reportagem será exibida no próximo dia 3 de Maio. Os Mccann garantem que o valor foi directamente depositado na conta fundo do «Find Madeleine».
Estamos a viver «um purgatório»
No documentário, segundo escreve o jornal espanhol El Mundo, Kate e Gerry garantem que a Polícia Judiciária lhe «ofereceu um acordo» se confessassem a morte acidental da filha e a ocultação do cadáver. Dizem ainda estar a «viver um purgatório». Quanto ao facto de terem saído do país depois de serem constituídos arguidos reconhecem que já «não se sentiam seguros em Portugal».
Já esta quarta-feira em entrevista à Rádio Renascença o porta-voz do casal, Clarence Mitchell, volta a responsabilizar a polícia portuguesa por fugas de informação e por pouco ou nada dizerem aos pais sobre a investigação.
De acordo com Clarence Mitchell, e ao contrário do que estava previsto, os McCann não deverão vir a Portugal em breve. Os pais não acreditam que a reconstituição da noite em que Madeleine desapareceu traga benefícios à investigação, nesta altura.
Segundo o porta-voz, Gerry e Kate querem aproveitar o «aniversário» do desaparecimento da filha para relançarem o caso na comunicação social e recolherem mais dinheiro para o fundo. Deixa ainda no ar a possibilidade de ter «novas pistas». O porta-voz do casal confirmou ainda que os McCann têm recebido ameaças.
Recorde-se que em Abril a Polícia Judiciária esteve em Inglaterra para ouvir novamente algumas testemunhas.
Do ponto de vista legal, a investigação não pode durar muito mais tempo. E perante as informações que aos poucos vão sendo divulgadas pelos órgãos de comunicação social, é possível que a pergunta continue sem resposta: «rapto, homicídio ou acidente»?
iol
Madeleine McCann desapareceu, faz agora um ano, na Praia de Luz, Algarve. Doze meses depois ainda não há resposta para esta pergunta: rapto, homicídio ou acidente?
"Entrevista: pais pedem ao raptor que telefone"
-Os pais de Madeleine McCann acreditam que a filha ainda pode estar viva e garantem que não vão descansar até a encontrarem, apelando ao eventual raptor ou a pessoas com informações relevantes para telefonarem para um novo número, referem em entrevista à Lusa.
«Um ano depois, a Madeleine ainda está desaparecida e não há nada nenhuma prova que sugira que lhe foi feito mal, há boa razões para pensar que ela está algures viva», afirmou Kate McCann em Londres.
Madeleine McCann desapareceu a 03 de Maio de um apartamento turístico na Praia da Luz, Algarve, onde dormia com os dois irmãos gémeos, enquanto os pais jantavam num restaurante próximo.
Aproveitando a ocasião do primeiro aniversário para relançar a campanha para encontrar a filha, a família anunciou a criação de um novo número de telefone de baixo custo para o Reino Unido e a Europa para receber informação.
«A mais pequena informação pode não parecer relevante, mas seja uma experiência ou alguém que viu na Praia da Luz, algo que seja relevante, por favor telefone para este número», apelou Gerry McCann.
O número (+44 845 838 4699 a partir do estrangeiro) pode ser usado por qualquer pessoa em qualquer língua, tendo sido concebido um «novo sistema inovador» de receber as chamadas e reunir a informação.
Raptor desafiado a telefonar
Dirigindo-se à pessoa que eventualmente ainda mantenha a criança em captiveiro, Gerry prometeu o anonimato e urgiu o raptor a telefonar.
«Tudo o que queremos é a Madeleine de volta e você pode sair desta situação», vincou.
A mesma mensagem foi hoje transmitida a dezenas de outros órgãos de comunicação social portugueses, espanhóis e britânicos, numa sucessão de 18 entrevistas.
Confessando sentir a falta de Madeleine «todos os dias» e que a família «não está completa sem ela», Kate confessou que este último ano «tem sido horrível».
Uma experiência «incrivelmente dolorosa»
«Tem sido uma experiência incrivelmente dolorosa, às vezes insuportável e se não fosse pelo Sean e Amelie [os dois outros filhos] e o facto de acreditar que a Madeleine está algures (viva), não sei se conseguia aguentar», confiou.
Dia 3 de Maio de 2007, à noite, é comunicado às autoridades portuguesas o desaparecimento de uma menina inglesa. Logo na primeira noite dezenas de populares ajudaram nas buscas. Na manhã seguinte, a notícia abria os telejornais britânicos e, ao final do dia, as televisões já estavam na Praia da Luz, junto ao Ocean Clube, onde a menina passava férias com os pais e os irmãos.
Em pouco tempo, Maddie tornou-se na criança desaparecida mais conhecida do mundo e assim permanece. Conhecida, mas com paradeiro desconhecido. Em causa ficaram, e ainda estão, as autoridades portuguesas.
Em Fevereiro deste ano o director da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro falou sobre o caso e surpreendeu o país ao afirmar que houve «precipitação» na investigação e na constituição dos pais como arguidos.
Maddie foi vista milhares de vezes mundo fora e os pais continuam a «ter esperança que esteja viva». Insistem na tese do rapto e até revelaram um retrato-robot do homem que teria levado Madeleine.
Gerry e Kate Mccann venderam uma entrevista à cadeia britânica ITV, por 10 mil libras (12600 euros). A reportagem será exibida no próximo dia 3 de Maio. Os Mccann garantem que o valor foi directamente depositado na conta fundo do «Find Madeleine».
Estamos a viver «um purgatório»
No documentário, segundo escreve o jornal espanhol El Mundo, Kate e Gerry garantem que a Polícia Judiciária lhe «ofereceu um acordo» se confessassem a morte acidental da filha e a ocultação do cadáver. Dizem ainda estar a «viver um purgatório». Quanto ao facto de terem saído do país depois de serem constituídos arguidos reconhecem que já «não se sentiam seguros em Portugal».
Já esta quarta-feira em entrevista à Rádio Renascença o porta-voz do casal, Clarence Mitchell, volta a responsabilizar a polícia portuguesa por fugas de informação e por pouco ou nada dizerem aos pais sobre a investigação.
De acordo com Clarence Mitchell, e ao contrário do que estava previsto, os McCann não deverão vir a Portugal em breve. Os pais não acreditam que a reconstituição da noite em que Madeleine desapareceu traga benefícios à investigação, nesta altura.
Segundo o porta-voz, Gerry e Kate querem aproveitar o «aniversário» do desaparecimento da filha para relançarem o caso na comunicação social e recolherem mais dinheiro para o fundo. Deixa ainda no ar a possibilidade de ter «novas pistas». O porta-voz do casal confirmou ainda que os McCann têm recebido ameaças.
Recorde-se que em Abril a Polícia Judiciária esteve em Inglaterra para ouvir novamente algumas testemunhas.
Do ponto de vista legal, a investigação não pode durar muito mais tempo. E perante as informações que aos poucos vão sendo divulgadas pelos órgãos de comunicação social, é possível que a pergunta continue sem resposta: «rapto, homicídio ou acidente»?
iol