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Moçambique leva alterações climáticas e reforma das instituições à Cimeira do Futuro
Cimeira arranca domingo, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Moçambique vai defender a necessidade de reforma das instituições financeiras internacionais e o combate às alterações climáticas na Cimeira do Futuro, que arranca domingo, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo o Governo.
"A reflexão é sobre o que fazer para enfrentar os desafios atuais do futuro. E nós temos desafios concretos no nosso país que estão ligados às mudanças climáticas. Sempre temos tido, ciclicamente, cheias, ciclones. Como podemos enfrentar estes desafios", antecipou hoje, em Nova Iorque, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves.
O governante falava aos jornalistas depois da chegada a Nova Iorque do Presidente da República, Filipe Nyusi, que vai intervir na Cimeira do Futuro, no domingo, um dos cerca de 50 chefes de Estado e de Governo presentes no evento de dois dias.
Manuel Gonçalves disse que outro dos desafios que Moçambique pretende levar à cimeira é a falta de financiamento para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a nível global, cuja meta definida pela Organização das Nações Unidas é 2030.
"Um dos grandes desafios que o mundo constatou é a falta de financiamento destes objetivos, destas metas que foram definidas. E aí a reflexão será, e nós também defendemos isso, a necessidade de reforma do sistema de financiamento dos países. Portanto, nós temos que reformar as instituições financeiras para favorecer os países em desenvolvimento", acrescentou.
A cimeira antecede o arranque dos trabalhos da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, inicia hoje uma visita de quatro dias a Nova Iorque, Estados Unidos da América, onde participa na Cimeira do Futuro, que irá decorrer a 22 e 23 de setembro sob o lema "Soluções Multilaterais para um Amanhã Melhor" e a chancela da Assembleia Geral das Nações Unidas, e num evento dedicado à defesa da Floresta do Miombo, na segunda-feira.
No primeiro dia da cimeira, o chefe de Estado irá proferir dois discursos, sendo primeiro sob o lema "Reforçar o Multilateralismo para a Paz e Segurança Internacionais" e o segundo na plenária da Cimeira, para "partilhar a visão de Moçambique na construção de um país melhor e de um mundo mais justo", bem como o "compromisso do país com o multilateralismo".
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já no primeiro trimestre de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.
O Governo de Moçambique estima que o crescimento económico no próximo ano será 0,7 pontos percentuais abaixo da capacidade do país devido aos eventos climáticos, nomeadamente o fenómeno 'La Niña'.
De acordo com um relatório do Ministério da Economia e Finanças sobre os riscos fiscais para o próximo ano, as projeções climáticas, de outubro a março, condicionam, desta forma, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, que é de 4,7%, abaixo dos 5,5% esperados para 2024.
"Estima-se que o crescimento real poderá estar 0,7 pontos percentuais abaixo da capacidade potencial da economia", lê-se no documento.
Acrescenta que, em 2023, os efeitos do ciclone Freddy e da tempestade Filipo retiraram 2,3 pontos percentuais ao crescimento do PIB moçambicano, que se seguiu aos quatro pontos em 2022 e 4,7 pontos em 2021, pelos mesmos motivos.
"Os gráficos revelam que durante a próxima época chuvosa e ciclónica o país estará sob influência da 'La Ninã'. Este fenómeno propícia a ocorrência de chuvas acima do normal nas regiões centro e sul, particularmente nos períodos de outubro de 2024 a março de 2025, enquanto as previsões de anomalias de temperatura da superfície do mar apontam para uma transição de 'El' Niño para 'La Niña'", conclui.
Correio da Manhã

Cimeira arranca domingo, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Moçambique vai defender a necessidade de reforma das instituições financeiras internacionais e o combate às alterações climáticas na Cimeira do Futuro, que arranca domingo, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo o Governo.
"A reflexão é sobre o que fazer para enfrentar os desafios atuais do futuro. E nós temos desafios concretos no nosso país que estão ligados às mudanças climáticas. Sempre temos tido, ciclicamente, cheias, ciclones. Como podemos enfrentar estes desafios", antecipou hoje, em Nova Iorque, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves.
O governante falava aos jornalistas depois da chegada a Nova Iorque do Presidente da República, Filipe Nyusi, que vai intervir na Cimeira do Futuro, no domingo, um dos cerca de 50 chefes de Estado e de Governo presentes no evento de dois dias.
Manuel Gonçalves disse que outro dos desafios que Moçambique pretende levar à cimeira é a falta de financiamento para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a nível global, cuja meta definida pela Organização das Nações Unidas é 2030.
"Um dos grandes desafios que o mundo constatou é a falta de financiamento destes objetivos, destas metas que foram definidas. E aí a reflexão será, e nós também defendemos isso, a necessidade de reforma do sistema de financiamento dos países. Portanto, nós temos que reformar as instituições financeiras para favorecer os países em desenvolvimento", acrescentou.
A cimeira antecede o arranque dos trabalhos da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, inicia hoje uma visita de quatro dias a Nova Iorque, Estados Unidos da América, onde participa na Cimeira do Futuro, que irá decorrer a 22 e 23 de setembro sob o lema "Soluções Multilaterais para um Amanhã Melhor" e a chancela da Assembleia Geral das Nações Unidas, e num evento dedicado à defesa da Floresta do Miombo, na segunda-feira.
No primeiro dia da cimeira, o chefe de Estado irá proferir dois discursos, sendo primeiro sob o lema "Reforçar o Multilateralismo para a Paz e Segurança Internacionais" e o segundo na plenária da Cimeira, para "partilhar a visão de Moçambique na construção de um país melhor e de um mundo mais justo", bem como o "compromisso do país com o multilateralismo".
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já no primeiro trimestre de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.
O Governo de Moçambique estima que o crescimento económico no próximo ano será 0,7 pontos percentuais abaixo da capacidade do país devido aos eventos climáticos, nomeadamente o fenómeno 'La Niña'.
De acordo com um relatório do Ministério da Economia e Finanças sobre os riscos fiscais para o próximo ano, as projeções climáticas, de outubro a março, condicionam, desta forma, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, que é de 4,7%, abaixo dos 5,5% esperados para 2024.
"Estima-se que o crescimento real poderá estar 0,7 pontos percentuais abaixo da capacidade potencial da economia", lê-se no documento.
Acrescenta que, em 2023, os efeitos do ciclone Freddy e da tempestade Filipo retiraram 2,3 pontos percentuais ao crescimento do PIB moçambicano, que se seguiu aos quatro pontos em 2022 e 4,7 pontos em 2021, pelos mesmos motivos.
"Os gráficos revelam que durante a próxima época chuvosa e ciclónica o país estará sob influência da 'La Ninã'. Este fenómeno propícia a ocorrência de chuvas acima do normal nas regiões centro e sul, particularmente nos períodos de outubro de 2024 a março de 2025, enquanto as previsões de anomalias de temperatura da superfície do mar apontam para uma transição de 'El' Niño para 'La Niña'", conclui.
Correio da Manhã