- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 39,018
- Gostos Recebidos
- 388
A 15ª edição da Mostra de Teatro de Almada (MTA) arranca na sexta-feira e dura até dia 17 para mostrar o trabalho de grupos amadores e profissionais do concelho nos palcos, na rua, e até num café da cidade.
O vereador da câmara de Almada (CDU) para a Cultura, António Matos, afirmou que, «embora o figurino se tenha mantido e consolidado ao longo dos últimos 15 anos, a edição deste ano tem algumas particularidades».
Destaque para a exposição «15 Mostras. Retrospectiva», que abre ao público na sexta-feira, no foyer do Fórum Romeu Correia. «É evocado o trabalho colectivo realizado por centenas de pessoas, entre criadores, atores, organizadores e outros agentes culturais associados a esta Mostra ao longo da última década e meia», afirmou.
Para além disso, acrescentou, «no dia 9 à tarde o foyer do Teatro Extremo, em Almada velha, acolhe a tertúlia 'Mostra.Perspetivas e Realidades'». A ideia, explicou, é haver um espaço, um momento, para «aferir rotas percorridas e perspectivar rumos futuros, numa conversa entre criadores e público».
Este ano a Mostra passa também pelo café. «Até dia 17 de Abril, de terça a domingo, antes e depois dos espectáculos, o público pode encontrar na cafetaria Erva Limão, no Fórum Romeu Correia, convívio e animação».
Pelos diversos palcos da cidade vão estar ao todo 19 peças de 18 grupos de teatro profissionais e amadores, que levam a cena oito estreias nacionais. Os textos são de nomes grandes das letras nacionais e internacionais, como Almada Negreiros, Luiz Pacheco, Romeu Correia e Miguel Torga, ou Anton Tchekhov, Woody Allen e Tennessee Williams. Há espaço ainda para «novos dramaturgos, que cresceram com a Mostra, e que são ilustração da criatividade local».
A peça «Almada Negreiros», escrita a partir dos textos «Antes de Começar» e «Arlequim e Pierrot», pelo grupo Teatro & Teatro, é a primeira da Mostra a subir ao palco, no auditório Fernando Lopes-Graça, na sexta-feira à noite.
O festival encerra com a peça «Ponto Morto», de Maria João Garcia, a partir do texto «Na solidão dos campos de algodão», de Bernard-Marie Koltès, pelo grupo «Ninho de Víboras», no dia 17 à noite, nos Recreios Desportivos da Trafaria.
O público vai também, no final de alguns espectáculos, poder ficar à conversa com os actores das peças.
Quanto ao orçamento, António Matos afirmou que a Mostra «não sofreu com os cortes financeiros às autarquias» e lembrou que, «como nos outros anos, o investimento da câmara no evento é simbólico, pouco mais de 22 mil euros para material gráfico e pequenos subsídios de apoio às companhias e grupos participantes».
A MTA realizou-se pela primeira vez em 1996, com apresentações de mais de uma dezena de companhias no Salão de Festas da histórica Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.
Lusa/SOL