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O Tribunal de Santarém começa, na quarta-feira, a julgar o motorista de pesados que violou e cortou um dedo da mão à ex-companheira, proprietária de um salão de cabeleireiro em Tomar. A mulher foi vítima de episódios brutais de violência doméstica ao longo de vários anos.
O homem foi detido a 18 de março de 2024, depois de ter usado uma tesoura de poda para cortar o dedo indicador direito da cabeleireira - para que esta não pudesse trabalhar -, de lhe ter arrancado os brincos das orelhas e de lhe ter rapado o cabelo, sobrancelhas e pestanas com uma máquina, deixando-a desfigurada.
No dia anterior, e depois de ter lido uma troca de mensagens entre a mulher e um ex-funcionário, o agressor havia conduzido a vítima para um descampado próximo da A13, onde a agrediu a murro e pontapé, com pedras na cara e a forçou a ter relações sexuais, enquanto filmava o ato com o seu telemóvel e proferia ofensas à mulher.
A acusação do Ministério Público descreve outros casos de tremenda violência a que o camionista, motivado por ciúmes doentios, sujeitou a ex-companheira: espancamentos, ofensas, perseguições e ameaças de morte com armas de fogo apreendidas pela PJ. O arguido vai responder por vários crimes: violação agravada, sequestro agravado, violência doméstica, ofensa à integridade física grave, acesso ilegítimo, gravações e fotografias ilegítimas e detenção de arma proibida.
SAIBA MAIS
VIOLÊNCIA ARGUIDO REINCIDENTE
Em 2011, o arguido foi condenado por violência doméstica e detenção de arma proibida. A vítima deu-lhe na altura nova oportunidade e reataram a relação em 2014. Agora, volta a tribunal num julgamento que vai decorrer à porta fechada.
PIEDADE VÍTIMA PROTEGE AGRESSOR
A mulher foi aguentando o clima de terror durante anos com medo pela sua vida e a da filha do casal, hoje com 17 anos, e também por pena do agressor, que ficou desempregado e a sofrer de problemas de saúde em 2022.
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