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O Ministério Público junto dos Juízos Criminais do Porto pediu hoje, segunda-feira, a absolvição do antigo presidente da Câmara local, Nuno Cardoso, e demais arguidos no processo do Plano de Pormenor das Antas (PPA).
"Aquilo revelou-se um balão sem ar", disse o procurador, nas alegações do processo, ao referir-se à acusação.
O magistrado do Ministério Público acrescentou que não se poderia condenar com base em suposições e que toda a história se resumiu a uma "ficção".
O representante legal da Câmara do Porto, que se constituiu assistente no processo, manteve que a câmara deveria ser indemnizada em 2,5 milhões de euros.
Neste processo são arguidos, além do socialista Nuno Cardoso, três vice-presidentes do FC Porto (Adelino Caldeira, Angelino Ferreira e Eduardo Tentúgal Valente) e dois engenheiros avaliadores da câmara.
Em causa está uma permuta imobiliária que em 1999 envolveu o FC Porto - enquanto comprador da posição negocial da família Ramalho num terreno das Antas - e a Câmara Municipal, na sua qualidade de dona de algumas parcelas no Parque da Cidade.
Para os dois terrenos foi fixado o mesmo valor (quatro milhões de euros), mas o Ministério Público aderiu a uma tese de peritos da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) segundo a qual as parcelas das Antas deveriam ser avaliadas pelo que eram na altura (zona desportiva) e não pelo que viriam a ser (área de construção).
Na tese do Ministério Público, a nuance seria suficiente para fazer descer o valor dos terrenos, integrados na área do PPA, de quatro milhões de euros para 1,5 milhões.
A acusação conclui assim que os cofres municipais foram prejudicados em 2,5 milhões de euros.
A leitura da sentença está marcada para quarta-feira, às 14:00.
JN