kokas
Banido
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3

Maria José Costeira é a primeira líder dos juízes e junta-se à ministra das polícias, à PGR e à bastonária dos Advogados. Na Justiça está Paula Teixeira da Cruz. O que traz esta aparente revolução de género?
E vão cinco. Com a eleição no sábado de Maria José Costeira como presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), os maiores cargos na área da justiça, sejam políticos ou corporativos, passaram a ser ocupados por mulheres. A que se junta ainda o primeiro rosto feminino a mandar nas polícias em Portugal, a ministra da Administração Interna. Mas esta aparente revolução de género na área judicial muda alguma coisa na hora de tomar decisões?
Anabela Rodrigues, que substituiu Miguel Macedo à frente do MAI em novembro de 2014, já conseguiu "surpreender" os sindicatos da PSP quando manifestou "total abertura" para rever, artigo por artigo, a proposta de estatuto profissional, revelou ao DN Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia. "Foi clara e objetiva, disse-nos na reunião de sexta-feira que se era assim tão consensual que a proposta de estatuto era má, pois então íamos construir uma melhor." Uma postura que o dirigente sindical garante não ser típica. "Normalmente, os políticos têm muita dificuldade em passar a mensagem de que estão abertos a discutir ou a rever propostas."
Num comentário enviado ao DN, a própria ministra, que foi também pioneira quando dirigiu o Centro de Estudos Judiciários (CEJ), faz questão de sublinhar que as diferenças de género não são, para si, determinantes. "O facto de ser mulher não condiciona em nada o exercício do poder, mas tendo homem e mulher perspetivas diferentes, é natural que isso se reflita na forma como lideram e exercem a autoridade."
dn