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"Não conseguem ler". Professor defende idade mínima para telemóveis

Lordelo

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Um professor e autor de várias obras que incidem sobre a forma como o excesso de tecnologias têm afetado a educação dos mais novos afirma não ser contra as novas tecnologias, mas defende que "quanto mais tarde [os jovens tiverem acesso às mesmas] melhor será".






Joe Clement, que exerce esta profissão há 30 anos, concedeu uma entrevista ao El Pais onde relata que foi há cerca de dez anos que este tema lhe suscitou curiosidade, altura em que percebeu "que os estudantes não tinham pensamento critico, não se concentravam durante muito tempo e não liam com frequência".


"Quando se lê no telemóvel a toda a hora, treina-se o cérebro para ler apenas duas ou três frases, e o cérebro precisa de um novo estímulo mais tarde", afirma, referindo ainda que notou problemas, inclusive, com a escrita à mão.


"Quando devolvo um trabalho aos meus alunos, os comentários têm de ser impressos, porque não conseguem ler a minha caligrafia. E a deles é muitas vezes muito difícil de ler, porque nunca praticam", dá conta.


Sem negar que o próprio usa o telemóvel, este refere porém que "o cérebro de um jovem só ganha aptidão para pensar de forma critica e de tomar decisões perto dos 20 anos", pelo que ter acesso a estas tecnologias antes disso limita a forma de pensamento, enquanto que um adulto que não cresceu com esse hábito encara este aparelho apenas como um suplemento.


Joe considera que parte da resolução do problema está em pais e filhos conversarem. O homem acredita que, atualmente, os pais oferecem telemóveis aos filhos para que não sejam os únicos, entre o seu grupo de amigos, que não o têm. No entanto, refere, se os pais acordarem que só darão este tipo de dispositivos aos filhos a partir, por exemplo, dos 15 anos, então os jovens terão mais tempo para interagir, conversar e brincar.


As ideias foram partilhadas numa obra em coautoria com um colega de trabalho, que abriu o debate no país sobre a "overdose de tablets e telemóveis" em jovens e crianças.

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