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"Não poderia sido outra a decisão"

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]Manuela Ferreira Leite analisou a indigitação de Passos Coelho como primeiro-ministro.
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No tempo de antena da TVI, no programa ‘Política Mesmo’, Manuela Ferreira Leite fez uma análise à indigitação de Passos Coelho como primeiro-ministro, anunciada hoje por Cavaco Silva




“Não poderia ter sido outra a decisão que o Presidente tomou”, afirma. No entanto, sobre a questão da estabilidade (ou falta dela) sobre o Governo que será formado, “evidentemente que não será um governo estável, mas é o que há”.
Sobre a possibilidade que havia em Cavaco indigitar imediatamente um primeiro-ministro sem que houvesse procura de entendimentos, Manuela Ferreira Leite considera a ideia “absolutamente antidemocrática”.
“Ouvir os próprios deputados a considerarem que é uma perda de tempo discutir esse assunto é algo que me deixa perplexa. Significa que eles próprios estão a dizer que são idiotas e que não têm pensamento próprio. Para isso, mais valia haver apenas um deputado na Assembleia”, opinou.
Sobre a hipótese de haverem interesses conjunturais que se sobrepuseram ao interesse nacional, tal como referiu Cavaco, Manuela Ferreira Leite admite essa possibilidade, mas “entre vários partidos e não apenas um”.
"Continuo a lamentar que não tenha sido possível que aqueles partidos que partilham as mesmas ideias e têm os mesmos projetos, não se tenham conseguido entender e não tenha havido nada de comum” que tenha levado ao entendimento.
A antiga ministra das Finanças refere que as negociações entre a coigação e PS foram "apenas formalismo", e que nunca tinha assistido a uma negociação "baseada em cartas para trás e para diante", tornadas públicas pela comunicação social.
Ao admitir que era percetível a falta de "vontade dos dois lados em haver negociações", a social-democrata explica que "mesmo que as pessoas não se deem bem pessoalmente, o mais que pode acontecer é não se visitarem ao fim de semana, mas isso não significa que não tratem dos assuntos do país de forma objetiva".
Manuela Ferreira Leite diz-se ainda "chocada" quando se nota que o PSD tenha rótulo de direita quando é de centro". "Esse ponto é algo que muito me preocupa: há muito tempo que eu tenho criticado a ideia do PSD perca a sua matriz social-democrata, porque é essa matriz que o deixa mais ao centro".


nm

 
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