Natação: Resultados portugueses aquém das expectativas
Rui Magalhães, selecionador de natação, reconheceu este sábado que a prestação da equipa nacional nos Mundiais de Roma'2009 "ficou aquém das expectativas", com apenas quatro máximos nacionais e uma presença nas meias-finais.
"Não deixa de ter sido um Mundial com pouco sabor, apesar de termos acabado em beleza, com um recorde nacional e um pessoal. Mas, a participação ficou aquém das expectativas, dado que o objectivo era superar Melbourne2007", explicou Rui Magalhães, ao sítio da federação portuguesa.
O técnico luso só conseguiu destacar algumas prestações individuais: "Batemos quatro recordes nacionais, com uma belíssima prestação na estafeta, com todos os nadadores a alcançarem registos abaixo do parcial e um 13.º lugar (recorde luso batido por quase quatro segundos)".
"Esta prova mostrou um espírito de grupo que se devia ter alargado às provas individuais", lamentou Rui Magalhães, salientado as "quatro classificações abaixo do 20.º lugar, marca que passa a nortear as competições internacionais".
Ainda assim, foi pouco: "Tudo isto não deixa mascarar algumas insuficiências de resultados, que nos vão obrigar todos - nadadores, técnicos e departamento técnico - a repensar estratégias e opções para as grandes provas internacionais".
"Estas competições têm de ser o ponto alto da época para os nadadores. Não pode acontecer haver nadadores que realizem melhores marcas nos nacionais, realizados há 15 dias, do que no campeonato do Mundo", frisou.
Rui Magalhães prosseguiu: "Temos de fazer uma análise ponderada de toda a época e uma avaliação desapaixonada em relação ao que se fez, em comparação com épocas anteriores".
"A taxa de sucesso ronda os 35 por cento, o que é manifestamente pouco para uma competição que esteve ao nível dos últimos Jogos Olímpicos (Pequim'2008)", finalizou.
Em Roma, Pedro Oliveira foi o único a atingir as meias-finais, ao ser 14.º nas eliminatórias dos 200 metros mariposa, com um novo recorde nacional (1.56,17 minutos), que não melhorou nas "meias" - também 14.º, com 1.56,25.
Os outros máximos lusos foram conseguidos pela estafeta de 4x200 livres (7.16,48 minutos), que terminou no 13.§ posto, Diogo Carvalho, 18.º nos 400 estilos (4.18,08), e Alexandre Agostinho, 45.º nos 100 livres (49,50 segundos), que também igualou o dos 50 livres (22,36).
Foram ainda batidos seis recordes pessoais, por Carlos Almeida (100 bruços e 400 estilos), César Faria (duas vezes nos 200 livres), Pedro Oliveira (100 costas) e Paulo Santos (100 livres).
RC