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National Geographic Foto of the Day

orban89

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O nosso legado

Rina Saito captou assim um acontecimento crucial na vida dos corais.



A fotógrafa Rina Saito captou nesta imagem a desova dos corais, o processo que estes organismos utilizam para se reproduzirem. Durante a desova, os corais libertam as suas células reprodutoras (gâmetas) simultaneamente na água; estas fundem-se e fertilizam-se.

Saito, que tirou a fotografia na região de Kagoshima, no Japão, descreve o momento da seguinte forma: "Antes do amanhecer, um grande número de corais desovou e toda a área ficou completamente branca, como se estivesse envolta em nevoeiro."

A imagem, originalmente intitulada Plate Coral Spawning, foi finalista do concurso aberto Sony World Photography Awards 2024 na categoria "Natural World and Wildlife".
 

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Os jardineiros da New Forest

No coração do parque nacional New Forest, no Sul de Inglaterra, os burros convivem em liberdade com póneis, veados e gado que passeiam à vontade.



No coração do parque nacional New Forest, no Sul de Inglaterra, os burros convivem em liberdade com póneis, veados e gado que passeiam à vontade. São descendentes de antigos animais de trabalho, que agora fazem parte da paisagem cultural e natural da região, e são conhecidos pelo seu carácter tranquilo e curioso. Com a chegada da Primavera, os arbustos de tojo, uma vegetação espinhosa com flores amarelas, tornam-se um banquete irresistível para eles.

A cena ao pôr do Sol, com os burros aparecendo entre os reflexos dourados das flores, reflecte essa estreita relação entre a fauna e o ambiente que caracteriza a New Forest. Esta antiga floresta real, criada por Guilherme, o Conquistador, e protegida desde a Idade Média, mantém um sistema de direitos de pastagem comum que permite aos habitantes locais soltar os seus animais para se alimentarem livremente. Assim, os burros não só embelezam a paisagem, como desempenham um papel ecológico fundamental ao controlar a vegetação e preservar o equilíbrio do ecossistema.
 

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Uma maternidade difícil

Na savana do Masai Mara, no Quénia, uma mãe chita tenta manter a ordem entre os seus filhotes travessos.

Com apenas alguns meses de vida, os pequenos perseguem-se e brincam alegremente uns com os outros, enquanto a mãe se deita na relva para descansar um pouco até que eles voltem a chamá-la. Embora as cenas pareçam pura brincadeira, na verdade fazem parte da sua aprendizagem: através dessas corridas e lutas simuladas, os filhotes desenvolvem as habilidades necessárias para sobreviver como os velocistas mais rápidos do planeta.

O fotógrafo norueguês Olav Thokle captou estas imagens encantadoras durante a época em que os chitas aproveitam a abundância de presas na reserva. A vida dos filhotes, no entanto, está longe de ser fácil: apenas uma pequena parte chega à idade adulta, pois outros predadores, como leões, hienas ou leopardos, representam uma ameaça constante. Cada momento de brincadeira sob o olhar da mãe é, no fundo, mais um passo em direcção à sobrevivência no vasto e selvagem cenário do Masai Mara.
 

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A dádiva do mar

Na ilha de Molokai, um pescador havaiano lança a sua rede sobre o lago Kahina Pohaku, dando continuidade a uma tradição que remonta a séculos atrás.


Esses lagos, conhecidos como loko iʻa, são engenhosas construções de pedra que permitem que os peixes entrem do mar, mas não saiam, garantindo alimento constante para a comunidade. O seu design reflecte o profundo conhecimento que os antigos havaianos tinham das marés, dos ciclos lunares e do comportamento dos peixes.

Mais do que um método de subsistência, a pesca tradicional no Hawai está ligada à cultura e ao respeito pelo ambiente. Hoje, mantém vivo um legado de sustentabilidade, no qual se tira o necessário e se protege o equilíbrio do ecossistema marinho. Em Molokai, um dos locais onde estas práticas ainda sobrevivem, observar a silhueta do pescador contra a água é como espreitar uma ponte entre o passado e o presente, onde a tradição continua a marcar o ritmo da vida junto ao oceano.
 

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Um amanhecer eterno

Quando o Sol nasce sobre Jinshanling, na província chinesa de Hebei, a Grande Muralha parece despertar com ele.


Ao amanhecer, as torres de vigia da Grande Muralha ficam douradas, evocando a grandeza de uma construção que serpenteia pelas montanhas há séculos. Nesta secção, menos movimentada do que outras, o silêncio da paisagem transforma a experiência numa viagem ao passado.

Este trecho, construído durante a dinastia Ming, conserva boa parte da sua estrutura original e mostra claramente a função defensiva da muralha. Entre colinas cobertas de vegetação e um horizonte que se perde na névoa, Jinshanling combina história e natureza no mesmo cenário. É um lembrete de como as marcas humanas, quando resistem ao tempo, podem fundir-se com o ambiente e tornar-se parte inseparável da paisagem.
 

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O esconderijo
Só há pouco mais de meio século é que se sabe da existência desta espécie.

Hippocampus bargibanti foi o primeiro cavalo-marinho pigmeu descrito no mundo. Foi descoberto por acaso num pedaço de coral (Muricella sp) que Georges Bargibant tinha recolhido para o Aquário de Nouméa, na Nova Caledónia, em 1969, pelo que só há 54 anos é que se ouviu falar desta espécie pela primeira vez. Por outras palavras, só há 54 anos é que se sabe da existência desta espécie. Porque é que demorou tanto tempo?

Porque estes peixes são especialistas em mimetismo: com menos de 27 milímetros de tamanho, enrolam a cauda à volta dos corais e imitam as suas cores, o que torna muito difícil encontrá-los. Para isso, têm protuberâncias semelhantes às do próprio coral, geralmente cor-de-rosa ou cor de laranja.
 

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A árvore da maré
Este é o rio que desenhou, nas suas idas e vindas, uma floresta inteira. Onde fica?


Esta fotografia aérea tirada na província de Zhejiang, no Leste da China, mostra uma floresta desenhada na terra, com a particularidade de não ter havido mão de artista: o mérito é do rio. O rio Qiantang é famoso pelas suas marés particulares. O seu caudal mina os pântanos e cria esta paisagem na sua foz.
 

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Uma manta improvisada

No zoológico de Chester, Inglaterra, um grupo de orangotangos de Sumatra encontrou o substituto perfeito para um cobertor.



Depois de passarem o dia entretidos a trepar e a balançar-se sobre cordas, estes orangotangos de Sumatra (Pongo abelii) aconchegam-se debaixo de uns sacos de sarapilheira. Objectos como este fazem parte do chamado enriquecimento ambiental, estratégias pensadas para mantê-los activos e estimulados num ambiente onde não precisam de procurar comida como fariam na selva.

O gesto de se cobrirem com um saco é comovente, mas também lembra a fragilidade desta espécie em vias de extinção, cuja população selvagem está cada vez mais ameaçada pela perda de habitat e caça furtiva. Um orangotango a descansar debaixo de um saco é uma imagem terna que nos lembra, ao mesmo tempo, o esforço pela sua conservação e a esperança de que algum dia as selvas de Sumatra continuem a ser o seu verdadeiro lar.
 
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