Negócios de droga e da noite na origem de homicídio em Leiria

[kokas]

Raul Oliveira, ex-jogador da União de Leiria, tinha 47 anos, era segurança em alguns bares e discotecas da região e foi morto a tiro no domingo à noite. Deixa uma filha de um ano.
Negócios ligados ao tráfico de droga e à ocupação e definição de "territórios", terão estado na origem dos disparos, ocorridos domingo à noite à porta do café da Mineira, em São Romão, Leiria, e que tiraram a vida a Raul Oliveira, de 47 anos, um angolano ex-jogador de futebol da União Desportiva de Leiria.

O autor dos disparos, que "está identificado e em fuga", disse ao DN fonte da Polícia Judiciária, tem 25 anos e é conhecido no "mundo da noite" por Rafa. Cidadão brasileiro a residir há cerca de quatro anos em Portugal, Rafael está referenciado pela polícia portuguesa e brasileira, pela prática de diversos crimes, entre os quais homicídio, tráfico de estupefacientes, agressões, entre outros.
Segundo a mesma fonte policial, em finais de 2013 o suspeito foi detido pelos inspetores do Departamento de Leiria da Polícia Judiciária, pela suspeita de tráfico de estupefacientes, tendo ficado em prisão preventiva. Estava em liberdade condicional há cerca de cinco meses. A mãe do suspeito era proprietária do bar Seven Sins, uma "casa de "alterne" que empregava mulheres estrangeiras. O estabelecimento, localizado junto à Sé Catedral de Leiria, em pleno centro histórico, está fechado há alguns meses. "Foi tudo muito rápido. A esplanada estava cheia de gente e eu só vi um carro a chegar e um homem a disparar uns tiros. Depois aproximei-me e vi o meu colega deitado no chão", revela um dos amigos da vítima.
Um outro colega contou que tinha acabado de estacionar "junto ao café" e que ouviu "cinco tiros". Deixou dois filhos menores no carro e foi ao encontro do colega que estava baleado. "Chamei o INEM e tentámos fazer a reanimação, mas ele já estava bastante mal quando os médicos chegaram", frisou ainda.
Parcos em palavras e sob a garantia de anonimato, colegas e conhecidos da vítima e do suspeito apresentam várias versões para o sucedido. "O Rafa esteve preso e já tinha avisado o Raul para não se meter nos negócios dele", diz um indivíduo que frequentava o espaço, enquanto outro diz que "Raul era um homem bom" e que, por isso, "não deixava que vendessem droga no bar onde trabalhava como segurança". O café da Mineira, localizado junto às instalações da Escola Profissional de Leiria e do ISLA, estaria cheio de clientes na noite de domingo quando Rafa parou o carro à entrada desse átrio. Depois, segundo alguns populares, "disparou cinco tiros contra o Raul e ele caiu logo no chão". O suspeito, que transportava dois amigos no veículo e que segundo fonte da PJ "nada têm a ver com o ocorrido", fugiu depois e ontem, ao final da tarde, encontrava-se ainda a monte.



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