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Neonazismo: Os Fantasmas de Hitler

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GF Platina
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Como a ideologia que prega o ódio renasceu na Europa, o mesmo cenário dos crimes contra a humanidade cometidos na Segunda Guerra e como ela se espalha até mesmo no Brasil.

O ruído era ensurdecedor. Jovens de camisas negras se aglomeravam na praça fazendo a saudação Heil Hitler! Entoando a Canção "Horst Wessel", o hino nazi. No bar perto dali, os intelectuais vociferavam contra gays, culpavam os estrangeiros pelo desemprego e advertiam sobre a conspiração judaica que levou o país à ruína. A cena bem poderia ter ocorrido em Berlim dos anos 30. Mas aconteceu em 4 de Junho de 2014, em Atenas, berço da democracia, durante um acto do partido neonazi grego Aurora Dourada. Em toda a Europa, mas também em outros países, a chaga do nazismo renasceu e vem crescendo. Tal como ocorreu com Hitler, usam-se as armas da democracia para atacá-la e destruí-la.

Nas eleições de Maio para o Parlamento Europeu (PE), o Aurora Dourada elegeu três deputados. "Somos a terceira força política do país", disse o porta-voz Ilias Kasidiaris, que tem uma suástica tatuada no braço. Grupos de extrema-direita festejaram a presença recorde no parlamento que a maioria delas rejeita.

Na Alemanha, o neonazi Partido Nacional Democrático (NPD) conseguiu pela primeira vez um assento no Parlamento Europeu (PE). Na Hungria, o fascista Jobbik é a segunda maior lenda. A Frente Nacional, cujo patriarca é Jean-Marie Le Pen, e que sugeriu o vírus Ébola como a solução para o problema da imigração, teve 25% de apoio dos franceses.

O que explica esse fenómeno? Qual foi o momento em que ser nazi e fascista deixou de ser vergonhoso para se tornar aceitável?

A fagulha nacionalista

A extrema-direita não é um bloco monolítico. Alguns partidos são racistas, xenófobos, outros são contra muçulmanos ou gays. Muitos são tudo isso. Mas há um elemento comum a todos: o nacionalismo.

"Nem todo nacionalismo é de direita e muito menos fascista, mas todo movimento nazi e fascista é nacionalista", afirma o historiador Carlos Gustavo Nóbrega de Jesus, superintendente da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, em São Paulo.

Nacionalismos florescem em tempos de crise. Tem sido assim desde o final do século XIX, quando os russos massacraram milhares de judeus acusando-os pela morte do czar Alexandre II (1818-1881). A onda de perseguições se alastrou pelo Leste Europeu, onde judeus e outras minorias foram culpados pelos males de cada país. Isto porque o nacionalismo não é um mero amor à pátria: é uma defesa férrea da identidade nacional que pressupõe a glorificação de "Nós" e a exclusão dos "Outros". Por isso desemboca em violência.

Em 28 de Junho de 1914, por exemplo, o nacionalista sérvio Gavrilo Princip disparou contra o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro da coroa Austro-Húngara. E deflagrou a Primeira Guerra Mundial. Durante o conflito, o nacionalismo serviu de base para a principal - e mais aterradora - invenção política do século XX: o fascismo. Era um movimento de massas autoritário e populista baseado no anti-comunismo, na expansão imperialista e no Estado policial que controlava a vida pública e privada das pessoas.

O fascista (e socialista na juventude) Benito Mussolini assumiu o poder na Itália em 1922 para logo implantar uma ditadura. "O fascismo reconfigurou as relações entre o indivíduo e o colectivo, de modo que o indivíduo não tinha direito algum fora do interesse da comunidade", diz o historiador norte-americano Robert Paxton no livro "A Anatomia do Fascismo".

Em 1933, o nazismo triunfou na Alemanha agregando um novo ingrediente ao pacote fascista: a raça. Hitler quis purificar a comunidade alemã dos seres considerados inferiores, entre eles judeus, homossexuais, eslavos, deficientes físicos e mentais. Segundo o Führer, era preciso eliminar esses bacilos do corpo da sociedade para assegurar a supremacia ariana. Após a Segunda Guerra Mundial, contudo, o nacionalismo deu lugar ao mundo bipolar: E.U.A. versus U.R.S.S.. As superpotências fatiaram o planeta em áreas de influência do capitalismo e do comunismo. Na lógica da Guerra Fria ser extremista era vergonhoso. Mas não por muito tempo.

Cara nova

"O neonazismo surgiu na Europa entre as correntes de direita mais radicais. De certa forma, foi constituído pelos velhos nazis que sobreviveram aos expurgos do pós-guerra, principalmente na Alemanha Ocidental", diz Luiz Dario Ribeiro, professor de História Contemporânea da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

De facto, muitos nazis convictos ingressaram no serviço público alemão após a guerra e aproveitaram os novos cargos para manter vivas as suas ideias. Foi o caso de Hans Globke, um dos autores das discriminatórias "Leis de Nuremberg" (1935) e colaborador de Adolf Eichmann, o arquitecto da "Solução Final". Globke virou assessor do chanceler alemão Konrad Adenauer nos anos 50. Assim, o anticomunismo da Guerra Fria criou condições para que o carácter nazi desses agentes fosse esquecido. O próximo passo deles foi criar organizações de fachada para incorporar novos membros. O alemão Partido Nacional Democrático (NPD) e o Movimento Social Italiano (MSI), por exemplo, eram agrupamentos nazis e fascistas que se escondiam atrás de nomes simpáticos. Os novos membros eram jovens convencidos de que deveria haver uma luta de vida e morte contra os comunistas.

Nos anos 60, o neonazismo ganhou adeptos com a crise do colonialismo europeu:

- Grupos como o Occident e o Exército Secreto Francês (OAS) atraíram nacionalistas frustrados pela derrota da França nas guerras de independência da Indochina (1946-54) e da Argélia (1954-62).

- O OAS perpetrou atentados contra argelinos e tentou até mesmo assassinar o presidente francês Charles de Gaulle por permitir a descolonização.

Pierre Sidos, fundador do Occident, era filho de um membro da Milice: a brigada paramilitar francesa que caçou judeus e membros da Resistência durante a ocupação nazi. Sidos prosseguiu com as ideias do pai, recrutando universitários para combater os manifestantes que pediam reformas no Maio de 68. De Gaulle proibiu o Occident, mas vários de seus membros integraram a Frente Nacional, fundada por Le Pen em 1972.

Os neonazis também buscaram reabilitar a ideologia de Hitler. E para isso recorreram a uma teoria pseudo-científica, o Revisionismo, que acusava os vencedores da guerra de contar a história à sua maneira:

O pai do revisionismo foi o historiador francês Paul Rassinier. Ele havia sido prisioneiro político dos nazis mas começou a defender o Terceiro Reich depois da guerra. Negava o Holocausto.

"Eu estive lá e não havia câmaras de gás", dizia. De facto, Rassinier esteve em Buchenwald, um campo de concentração situado na Alemanha que realmente não tinha câmaras de gás. Os campos de extermínio ficavam na Polónia ocupada, como em Auschwitz e Treblinka, dotados de câmaras de gás e crematórios. Mas os livros delirantes de Rassinier conquistaram leitores na Europa e foram traduzidos nos Estados Unidos pelo historiador Harry Elmer Barnes: outro adepto de teorias da conspiração. Barnes dizia que os julgamentos de nazis como Eichmann eram uma conspiração sionista e descrevia os Einsatzgruppen (esquadrões da morte da SS) como guerrilhas.

Outro revisionista norte-americano, Francis Parker Yockey, tinha ideias ainda mais estranhas. Defendia uma união totalitária entre a extrema-direita, a U.R.S.S. e governos árabes para derrotar o poder judaico-americano. Yockey foi preso pelo FBI por fraude, com três passaportes falsos, e matou-se na prisão em 1960. Mas seu livro "Imperium" tornou-se objecto de culto dos neonazis.

Gangues se aliam aos partidos

O nacionalismo sofreu uma metamorfose com a crise do petróleo de 1973. No meio da recessão europeia, os extremistas adoptaram um novo inimigo: o imigrante, sobretudo aquele oriundo das ex-colónias árabes. A xenofobia atraiu jovens desempregados e sem perspectivas para a extrema-direita. Foi o caso dos Skinheads, uma tribo formada nos anos 60 na Inglaterra por jovens de classe baixa que curtiam ritmos musicais como ska e reggae. Os skinheads originais não eram racistas (muitos eram negros jamaicanos), mas alguns deles atacavam gays e asiáticos. E na recessão dos anos 70, uma ala do movimento se vinculou ao partido neonazi inglês National Front (NF), que promovia a superioridade branca.

Os partidos de extrema-direita precisavam de militantes e a encontraram nos gangues. Gritos de guerra xenófobos entraram para o repertório dos hooligans, torcedores de futebol conhecidos por deixar um rasto de vandalismo e pancadaria. O jornalista norte-americano Bill Buford conviveu durante quatro anos com hooligans do Manchester United, na década de 80, e viu como eles eram facilmente recrutados pelo NF.

Mas nem todos os brutamontes que surravam estrangeiros estavam desempregados. Muitos aderiram à violência xenófoba por pura sede de adrenalina. Foi o caso de Mick, o primeiro hooligan que Buford conheceu. "Ele parecia um electricista perfeitamente feliz, com um enorme maço de dinheiro no bolso para comprar passagens e ver os jogos", diz Buford no livro "Entre os Vândalos". E enquanto associavam com os gangues, os partidos de extrema-direita seduziam os eleitores. Em 1984, por exemplo, a Frente Nacional obteve quase 11% dos votos dos franceses e elegeu 10 membros ao Parlamento Europeu. Um deles foi Dominique Chaboche, antigo membro do grupo Occident.

Para recuperar terreno, partidos de esquerda também assumiram o discurso xenófobo e racista. Entre eles o Partido Socialista (PS) francês e o Partido Comunista Italiano (PCI), que acusaram os imigrantes de macular a cultura nacional. O objectivo era frear a debandada de eleitores para a direita. O resultado foi desastroso. Judeus franceses arrumaram as malas e mudaram para Israel por medo de perseguição. De Janeiro a Maio, 2,5 mil franceses emigraram quatro vezes mais que em 2013.

No fim dos anos 80, as células extremistas já haviam erguido uma rede internacional. Era articulada pelo alemão Michael Kühnen, o norueguês Erik Blücher e o belga Léon Degrelle, um ex-general de Hitler que vivia na Espanha e liderava o Círculo Espanhol de Amigos da Europa (Cedade). Kühnen revelou que era homossexual em 1986, quando estava preso por incitar à violência. Após sua morte devido à sida em 1991, o neonazismo na Alemanha foi levado adiante por Christian Worch.

Nos Estados Unidos, a rede cresceu graças a Willis Carto, fundador do Instituto para a Revisão Histórica (IHR) e do extinto Liberty Lobby, que publicava o jornal anti-semita Spotlight. Timothy McVeigh, o terrorista que em 1995 detonou um camião-bomba em frente a um edifício em Oklahoma City, deixando 168 mortos e 700 feridos, era leitor assíduo do Spotlight. McVeigh colocou anúncios no jornal para vender munições.

Fascismo maquiado

O grande salto da extrema-direita veio após o fim da U.R.S.S., em 1991. Grupos nacionalistas até então sufocados pelo regime soviético despontaram no Leste Europeu. Com o fim do comunismo e a social-democracia desmoralizada, os extremistas europeus capitalizaram nas urnas. Na Dinamarca, por exemplo, o Partido Popular obteve 13 cadeiras no Parlamento em 1998.

"O ressurgimento do fascismo na Europa pós-Guerra Fria não é orquestrado por um ditador seguido por homens com camisas pardas e braçadeiras com suásticas", diz o jornalista norte-americano Martin A. Lee no livro "A Besta Desperta". "Uma nova geração de extremistas de direita, sintetizada pelo Führer do Partido da Liberdade Austríaco, Jörg Haider, adapta sua mensagem e seus modos aos novos tempos".

Haider foi duas vezes governador do Estado da Caríntia, na Áustria, e só não foi mais longe porque morreu no acidente de carro em 2008. Mas outros líderes como ele têm chegado lá. O búlgaro Volen Siderov ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais em 2006. Seu partido, Ataka (Ataque), é hoje o quarto maior da Bulgária, com 23 cadeiras no Congresso.

Graças à Internet, os extremistas propagam sua animosidade de forma simples e barata. Um dos primeiros sites de ódio foi o Stormfront, criado em 1995 por Don Black, ex-líder da Ku Klux Klan. Hoje o site conta com 250.000 membros e um fórum online com mais de 9 milhões de posts. A nebulosa virtual inclui o site Radio Islam, que dissemina propaganda anti-semita em 23 idiomas. Esses portais seguem a táctica de Hitler: usar a democracia para propagar mensagens antidemocráticas.

"Como a liberdade de expressão é um dos bens mais apreciados em qualquer democracia, ela não pode ser regulada de antemão. Cada caso tem que ser analisado", diz Sergio Widder, representante do Centro Simon Wiesenthal para a América Latina. E nenhum país preza a liberdade de expressão mais do que os E.U.A. Isso explica por que muitos neonazis hospedam seus sites em território norte-americano.

Cresce o número de brasileiros envolvidos com o neonazismo

O neonazismo também se prolifera no Brasil, porém de forma mais clandestina do que na Europa. Os adeptos dificilmente mostram a cara em manifestações públicas, mas estão bem organizados e encontraram na Internet o meio ideal para disseminar ideias anti-semitas e racistas. Aproximadamente 150.000 brasileiros baixam mensalmente mais de 100 páginas com esse tipo de conteúdo, de acordo com a antropóloga Adriana Dias, que estuda o tema há 12 anos. A pesquisadora mapeou o neonazismo no país e monitora o movimento na Internet. Entre 2002 e 2009, o número de sites específicos saltou de 7,6 mil para 20,5 mil, um aumento de 170%. Nos últimos nove anos, o número de blogs cresceu mais de 550%.

A Internet é hoje o meio de comunicação usado para expressar os mais variados tipos de intolerância. Em Novembro de 2010, na eleição de Dilma Rousseff - a candidata mais votada no Nordeste -, 3000 denúncias de manifestações preconceituosas nas redes sociais foram feitas na SaferNet Brasil, entidade de combate a crimes e violação aos direitos humanos na Internet. Com uma grande população de origem alemã, o Sul do Brasil é a região de maior concentração de neonazis. Em São Paulo e Distrito Federal, o movimento também vem crescendo, de acordo com o estudo. Não existe um pensamento único entre os neonazis brasileiros. Em 2009, o estudante de arquitectura Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, uma liderança nacional de extrema-direita que estava criando uma dissidência entre mineiros e paulistas, foi assassinado. Ele e a namorada, Renata Waeschter Ferreira, de 21 anos, foram mortos a tiros na volta de uma festa de comemoração dos 120 anos de Adolf Hitler.

"Precisamos estar alertas para combater esse tipo de crime", diz Anita Novinsky, professora da Faculdade de História da Universidade de São Paulo, ao se referir às manifestações racistas que proliferam na Internet e ao crescimento de grupos radicais no país. "Não podemos esquecer que o nazismo ganhou corpo e criou uma política de extermínio em apenas seis anos na Alemanha".

Anita veio da Cracóvia (Polónia), pouco antes da Segunda Guerra Mundial com os pais, para escapar do massacre que estava por vir. Mas a maioria dos parentes dela foi parar em campos de concentração. "A média é capaz de transformar qualquer país em qualquer coisa. É muito perigoso, principalmente se houver apoio do governo. Por sorte, o Brasil é um país democrata, com leis rígidas para coibir a intolerância racial, de classes ou de géneros", afirma a professora.

Por suas leis permissivas, os países escandinavos se transformaram em refúgio de extremistas. Não é à toa que o marroquino Ahmed Rami, fundador da Radio Islam, reside na Suécia. Redes de Skinheads, como Combat 18 e Blood & Honour, também difundem sua mensagem através de DVDs, CDs e shows ao redor da Europa sob o olhar complacente da polícia.

"Precisamos encontrar respostas que se adaptem aos novos desafios. Não podemos confrontar o nazismo do século XXI da mesma forma que nos anos 80", diz Widder. Em 2010, por exemplo, a Rússia proibiu a publicação de "Minha Luta", a autobiografia de Hitler, para tentar conter o extremismo. Mas o livro está disponível na web, virou best-seller entre os e-books e tem mais de 100 versões à venda na Amazon. "A obra de Hitler é uma fonte para quem estuda o nazismo. Não sei se proibir o livro é a melhor resposta. Vamos censurar o acesso à Internet?", diz Widder.

Encontrar respostas é difícil numa era em que a xenofobia existe até em governos democráticos: a França expulsou mais de 20.000 ciganos nos últimos anos. E o nazismo volta a assombrar quase sete décadas após a derrota alemã na guerra. Segundo estudo da Universidade de Leipzig, um em cada seis alemães orientais tendem à extrema-direita. Em 2002, era só um em cada doze. Na Espanha, 18.000 tweets (putos judeus) foram postados após a vitória do Maccabi Tel Aviv sobre o Real Madrid, em Maio de 2014, na Euro liga de Basquetebol, e houve comentários racistas durante a Copa do Mundo contra torcedores brasileiros.

"A História é cíclica: tende a se repetir. E ela nos mostra que esse tipo de ideologia é nocivo. Começa pequeno e vai crescendo por meio da demagogia, muitas vezes com um discurso maquiado", diz Carlos Reiss, coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba, único do género no Brasil. Aqui as páginas do Facebook cultuam a supremacia branca com ofensas a negros e índios. "Não somos racistas, somos orgulhosos", proclama uma delas, que tem mais de 8000 likes.

O Perfil do Intolerante brasileiro:
- Há 300 grupos neonazis, 90% deles se concentram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
- Os integrantes são brancos, homens e jovens. A maioria com ensino superior.
- Para se inserir nas células, é necessário enfrentar um ritual de iniciação. Geralmente espancar um negro ou judeu na rua.
- Se aceite no movimento, o novato recebe senha para ter acesso a um manual que lhe dirá, entre outras coisas, como reconhecer um útero branco: a mulher perfeita para procriação de um neonazi.
- Mulheres não são muito activas no movimento.
- A maioria tem dificuldade de socialização.
- Acham que os brancos perderam o poder desde a eleição de Lula. Isso tem a ver com o preconceito contra nordestinos e à ascensão da nova classe média.
- São fundamentalistas religiosos, o que ajuda a confundir liberdade religiosa com crimes de ódio.

Fonte: Pesquisa Adriana Dias.

Texto: Eduardo Szklarz.
 
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