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Neto de Alfredo Marceneiro reivindica direitos de autor de “Fado da Saudade”, do filme “Fados”.
O investigador e neto do fadista Alfredo Marceneiro, Vítor Duarte Marceneiro, reivindicou hoje para o seu avô a cobrança de direitos de autor do “Fado da Saudade”, do filme “Fados”, e pôs em causa a distinção do Prémio Goya.
“Os direitos de autor deste tema não foram pagos, a ficha técnica do filme e da banda sonora não dizem que o autor é o meu avô”, disse hoje Vítor Duarte Marceneiro, herdeiro de Alfredo Marceneiro, à agência Lusa.
Em causa está a canção “Fado da Saudade”, que integra o filme “Fados”, de Carlos Saura, que tem letra de Fernando Pinto do Amaral e é interpretada por Carlos do Carmo.
Segundo Vítor Marceneiro, o “Fado da Saudade” é um fado menor em versículo, cuja autoria é de Alfredo Marceneiro, data de 1926 e está registado na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
O fado menor em versículo tem como base um fado menor, que tem mais de cem anos e é de autor desconhecido, argumenta o investigador de fado.
“O fado [”Fado da Saudade”] está muito bem cantado no filme, a letra é muito boa, não é isso que está em causa, mas a música não foi composta de propósito para o filme”, sublinhou Vítor Marceneiro, que reclama a cobrança de direitos de autor pelo uso da música tanto na banda sonora como no filme.
O neto de Alfredo Marceneiro informou hoje a SPA e a Academia de Cinema de Espanha, que atribui os Goya, sobre essa omissão da autoria da música de “Fado da Saudade”.
Com esta acção, Vítor Marceneiro põe também em causa a atribuição do Prémio Goya a este fado como “melhor canção original” do filme “Fados”.
Contactado pela agência Lusa, o produtor de “Fados”, Ivan Dias, disse que o “Fado da Saudade” “é um fado menor em versículo com arranjos dos músicos que acompanham Carlos do Carmo”.
“Para o filme, o Carlos do Carmo deu-lhe a sua própria interpretação”, sublinhou o produtor.
O galardão foi atribuído no passado dia 03 em Espanha em Madrid, onde estiveram presentes Carlos do Carmo e Fernando Pinto do Amaral.
“Se este for mais um contributo para o fado, fico feliz, é o que tenho procurado fazer ao longo de 45 anos de carreira”, disse Carlos do Carmo à Lusa depois de ter recebido o prémio.
O fadista foi ainda felicitado pelo presidente da República por este prémio, que o considerou uma “honra para a música portuguesa”.
“Como português sinto-me envergonhado e com tristeza, porque podemos ser vistos como uns traidores, que enganámos as pessoas”, disse o neto de Alfredo Marceneiro.
Contactado pela agência Lusa, Carlos do Carmo remeteu para o fim da tarde da hoje um comentário às declarações do neto de Alfredo Marceneiro.
Fonte:Lusa
O investigador e neto do fadista Alfredo Marceneiro, Vítor Duarte Marceneiro, reivindicou hoje para o seu avô a cobrança de direitos de autor do “Fado da Saudade”, do filme “Fados”, e pôs em causa a distinção do Prémio Goya.
“Os direitos de autor deste tema não foram pagos, a ficha técnica do filme e da banda sonora não dizem que o autor é o meu avô”, disse hoje Vítor Duarte Marceneiro, herdeiro de Alfredo Marceneiro, à agência Lusa.
Em causa está a canção “Fado da Saudade”, que integra o filme “Fados”, de Carlos Saura, que tem letra de Fernando Pinto do Amaral e é interpretada por Carlos do Carmo.
Segundo Vítor Marceneiro, o “Fado da Saudade” é um fado menor em versículo, cuja autoria é de Alfredo Marceneiro, data de 1926 e está registado na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
O fado menor em versículo tem como base um fado menor, que tem mais de cem anos e é de autor desconhecido, argumenta o investigador de fado.
“O fado [”Fado da Saudade”] está muito bem cantado no filme, a letra é muito boa, não é isso que está em causa, mas a música não foi composta de propósito para o filme”, sublinhou Vítor Marceneiro, que reclama a cobrança de direitos de autor pelo uso da música tanto na banda sonora como no filme.
O neto de Alfredo Marceneiro informou hoje a SPA e a Academia de Cinema de Espanha, que atribui os Goya, sobre essa omissão da autoria da música de “Fado da Saudade”.
Com esta acção, Vítor Marceneiro põe também em causa a atribuição do Prémio Goya a este fado como “melhor canção original” do filme “Fados”.
Contactado pela agência Lusa, o produtor de “Fados”, Ivan Dias, disse que o “Fado da Saudade” “é um fado menor em versículo com arranjos dos músicos que acompanham Carlos do Carmo”.
“Para o filme, o Carlos do Carmo deu-lhe a sua própria interpretação”, sublinhou o produtor.
O galardão foi atribuído no passado dia 03 em Espanha em Madrid, onde estiveram presentes Carlos do Carmo e Fernando Pinto do Amaral.
“Se este for mais um contributo para o fado, fico feliz, é o que tenho procurado fazer ao longo de 45 anos de carreira”, disse Carlos do Carmo à Lusa depois de ter recebido o prémio.
O fadista foi ainda felicitado pelo presidente da República por este prémio, que o considerou uma “honra para a música portuguesa”.
“Como português sinto-me envergonhado e com tristeza, porque podemos ser vistos como uns traidores, que enganámos as pessoas”, disse o neto de Alfredo Marceneiro.
Contactado pela agência Lusa, Carlos do Carmo remeteu para o fim da tarde da hoje um comentário às declarações do neto de Alfredo Marceneiro.
Fonte:Lusa