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Novo tratamento pode duplicar sobrevivência de doentes com cancro

kokas

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É uma terapia revolucionária, substitui a quimioterapia e mostra-se eficaz nos casos de cancro da pele e do pulmão.
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Uma investigação conjunta entre universidades dos Estados Unidos e da Europa encontrou aquele que poderá vir a ser o tratamento mais eficaz para a cura do cancro, em especial da pele e do pulmão.

Conta a BBC que este novo tratamento pode aumentar até ao dobro a sobrevivência dos doentes e substitui a quimioterapia durante cinco anos. Em causa, diz o estudo publicado na American Society of Clinical Oncology, está o uso de um novo medicamento fabricado em laboratório, o Nivolumab, que impede que as células cancerígenas se ‘escondam’ e deixem o tumor à mercê da ação de anticorpos.
O poder deste novo tratamento foi testado em 582 pessoas portadoras de cancro do pulmão em fase avançada e que já tinham sido submetidos a outro tipo de terapias. Segundo a BBC, os inquiridos que se submeteram ao tratamento comum viveram, em média, 9,4 meses depois de iniciarem o processo de cura. Já os que testaram o Nivolumab viveram, em média, mais 12,2 meses, mas foram verificados casos em que o tumor resistiu à ação de anticorpos durante 19,4 meses, resultado que é visto para os médicos como um “sucesso”.
Luis Paz-Ares, responsável pela investigação e médico do Hospital Universitário Doce de Octubre, em Madrid, diz que este novo tratamento é “um marco no desenvolvimento de novas opções de tratamento contra o cancro do pulmão”, embora possa ser igualmente eficaz nos casos de cancro na pele.


nm
 

Sharkman

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Boa noticia :)
 

Feraida

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Combinação inédita de medicamentos pode travar melanoma

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Fotografia © D.R.


Dois medicamentos conseguiram parar, em quase 60% dos casos, a progressão deste tipo de cancro. Nova terapia "tira os travões" ao sistema imunitário e permite-lhe reconhecer e destruir os tumores.

Um estudo internacional que contou com a participação de 945 doentes conseguiu, através da combinação de dois medicamentos, parar o crescimento do melanoma - o mais perigoso dos cancros da pele - em 58% dos casos.

Os resultados são inéditos e podem significar um avanço importante no controlo deste tipo de cancro, extremamente agressivo, diz a BBC. O estudo, levado a cabo por uma equipa de cientistas britânicos, foi apresentado na Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

Os dois agentes responsáveis pelo sucesso do tratamento, e que até agora não tinham sido combinados, são o ipilimumab -com o nome comercial Yervoy - e o nivolumab, cuja nomenclatura de mercado é Opdivo. Ambos foram desenvolvidos pela farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb.

Os dois conseguem agir sobre o sistema imunitário, que incorpora inúmeros "travões" que o impedem de atacar os seus próprios tecidos. O cancro, que é uma versão corrompida do tecido humano saudável, consegue beneficiar destes travões para atacar o organismo.

Combinando estes medicamentos, foi possível controlar o avanço da doença: das 945 pessoas que participaram nesta pesquisa, 58% viram o tumor encolher pelo menos um terço, redução que se manteve ou estabilizou nos 11 meses e meio seguintes.

Usando apenas o ipilimumab no tratamento, os números são bem menos impressionantes: o tumor reduziu em 19% dos doentes, mantendo-se estável por dois meses e meio. Os resultados do estudo foram publicados no New England Journal of Medicine.

Um dos principais investigadores britânicos em oncologia, James Larkin, disse à BBC que fornecendo ambos os medicamentos aos pacientes é possível tirar dois travões ao sistema imunitário, permitindo-lhe reconhecer tumores que antes não reconhecia e agir para os destruir. "Em imunoterapia, nunca vimos diminuição de tumores superior a 50% e isso é muito significativo", reconheceu.

"Esta é uma modalidade de tratamento que julgo que irá ter um grande futuro no tratamento do cancro".

No entanto, há dois fatores que não permitem reações mais entusiastas da comunidade científica a estes avanços: para já, não se sabe por quanto tempo sobrevivem os doentes com melanoma sujeitos a este tratamento combinado e, por outro lado, os efeitos secundários que derivam da terapia são muito agressivos, incluindo fadiga, erupções na pele ou diarreia.

Também não é possível saber porque há doentes que reagem de forma excecional aos medicamentos, ao passo que outros não tiram qualquer benefício da toma. "Identificar os doentes que têm mais probabilidade de beneficiar deste tratamento será a chave para combater a doença", sublinhou Alan Worsley, especialista do Cancer Research UK.

Neste momento, outras farmacêuticas estão a desenvolver medicamentos semelhantes, com os mesmos efeitos secundários.

Mas a expectativa dos cientistas, diz a BBC, é que estas imunoterapias abram o caminho a um tratamento efetivo de outros tipos de cancro.

Cait Chalwin, britânica de 43 anos, é uma das doentes que foi sujeita ao tratamento combinado: os médicos que lhe detetaram o melanoma deram-lhe entre 18 a 24 meses de vida, uma vez que o tumor já tinha chegado aos pulmões.

Apesar de ter saído dos ensaios clínicos, devido aos efeitos secundários, Cait conseguiu estabilizar o cancro e acredita que se não tivesse feito este tipo de imunoterapia não teria conseguido sobreviver. "Sinto-me extremamente bem agora", disse à BBC.
 

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