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Imagens de últimos momentos de Jacky Sutton no aeroporto não mostram sinais de agitação
Muitos amigos e colegas de Jacky Sutton, a ex-jornalista da BBC que apareceu morta por enforcamento sábado nos lavabos do aeroporto de Istambul, multiplicavam ontem os comentários nas redes sociais, afastando o cenário de que a jornalista se teria suicidado recorrendo aos atacadores dos sapatos, como foi referido nos meios noticiosos turcos.Sutton, de 50 anos, que era também diretora interino do Instituto de Reportagens da Paz e da Guerra (IWPR, na sigla em inglês) no Iraque, teria ficado particularmente ansiosa por ter perdido o voo de ligação entre Istambul e Erbil, alegadamente por não ter dinheiro para adquirir um novo bilhete. Uma tese refutada de forma inequívoca pelo responsável britânico do IWPR, Anthony Borden. "Ela era uma pessoa muito inteligente, altamente competente e perfeitamente capaz de lidar com situações difíceis (...), e acho impossível de aceitar" a ideia do suicídio. Borden pensa que "as botas que ela trazia nem sequer tinham atacadores".Um outro aspecto destacado pelo responsável do IWPR é que Sutton viajava com "brinquedos nas malas para os filhos do pessoal" do instituto em Erbil, e viajava para esta cidade depois de ter assistido em Londres a uma cerimónia em memória do seu antecessor no cargo, o iraquiano Ammar Al-Shahbander, vítima de um atentado com um veículo armadilhado em maio passado em Bagdad.As imagens das câmaras de vigilância entretanto divulgadas apoiam as dúvidas expressas pelo diretor do IWPR. Nelas vê-se Sutton a movimentar-se pelos corredores do aeroporto, transportando uma mochila e um saco, nada denotando no seu comportamento sinais de pressa, ansiedade ou angústia.Nas imagens, pode ver-se a jornalista dirigir-se em direção a um homem e uma mulher, aparentemente funcionários do aeroporto, com quem conversa brevemente. Nas mãos tem alguns papéis, que poderão ser formulários. Num segundo segmento de imagens, vê-se Sutton a dirigir-se para um portão onde a segurança lhe barra passagem, indicando um outro percurso por onde ela passa sem qualquer problema. Num terceiro e último segmento de imagens, a britânica aproxima-se de outro portão de segurança, transportando agora mais um saco, aparentemente com compras feitas na área do duty free. Em nenhum momento se nota sinais de agitação ou nervosismo. Aparentemente, toda esta movimentação está relacionada com o facto de Sutton ter perdido o voo de ligação e de a Turkish Airlines não assumir responsabilidade pelo atraso.Foi entretanto criada uma etiqueta no Twitter com a designação #JusticeforJacky onde estão a ser discutidos os acontecimentos e se pede uma "investigação séria e profunda" ao sucedido.A explicação dada pelos media turcos de que Sutton ficara perturbada por não ter dinheiro para adquirir um novo bilhete, naturalmente que é afastada como ridícula e inaceitável para alguém com mais de 20 de experiência profissional, habituada a trabalhar em situações complexas enquanto jornalista da BBC, e que conviveu de perto com circunstâncias tensas num período em que trabalhou para as Nações Unidas. Para um responsável do Programa para o Desenvolvimento da ONU, Sudipto Mukerjee, "é difícil aceitar que alguém tão experiente e habituada a viajar como Jacky Sutton cometesse suicídio" por um contratempo como o que é invocado. Para um jornalista iraquiano, Mazin Elias, com que Sutton convivia habitualmente, citado pelo Daily Mail , só o facto de ela regressar ao Iraque, "onde nada é fácil", invalida a tese de alguém disposto a tirar a própria vida à primeira contrariedade.A irmã de Sutton, que estava divorciada e não tinha filhos, viajou ontem para a Turquia para acompanhar o repatriamento do corpo e para contactos com representantes diplomáticos britânicos e com as autoridades turcas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou estar a acompanhar o caso, prestando apoio à família.Jacky Sutton falava cinco línguas, entre as quais o árabe, e preparava um doutoramento no Centro de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Nacional da Austrália.
dn

Muitos amigos e colegas de Jacky Sutton, a ex-jornalista da BBC que apareceu morta por enforcamento sábado nos lavabos do aeroporto de Istambul, multiplicavam ontem os comentários nas redes sociais, afastando o cenário de que a jornalista se teria suicidado recorrendo aos atacadores dos sapatos, como foi referido nos meios noticiosos turcos.Sutton, de 50 anos, que era também diretora interino do Instituto de Reportagens da Paz e da Guerra (IWPR, na sigla em inglês) no Iraque, teria ficado particularmente ansiosa por ter perdido o voo de ligação entre Istambul e Erbil, alegadamente por não ter dinheiro para adquirir um novo bilhete. Uma tese refutada de forma inequívoca pelo responsável britânico do IWPR, Anthony Borden. "Ela era uma pessoa muito inteligente, altamente competente e perfeitamente capaz de lidar com situações difíceis (...), e acho impossível de aceitar" a ideia do suicídio. Borden pensa que "as botas que ela trazia nem sequer tinham atacadores".Um outro aspecto destacado pelo responsável do IWPR é que Sutton viajava com "brinquedos nas malas para os filhos do pessoal" do instituto em Erbil, e viajava para esta cidade depois de ter assistido em Londres a uma cerimónia em memória do seu antecessor no cargo, o iraquiano Ammar Al-Shahbander, vítima de um atentado com um veículo armadilhado em maio passado em Bagdad.As imagens das câmaras de vigilância entretanto divulgadas apoiam as dúvidas expressas pelo diretor do IWPR. Nelas vê-se Sutton a movimentar-se pelos corredores do aeroporto, transportando uma mochila e um saco, nada denotando no seu comportamento sinais de pressa, ansiedade ou angústia.Nas imagens, pode ver-se a jornalista dirigir-se em direção a um homem e uma mulher, aparentemente funcionários do aeroporto, com quem conversa brevemente. Nas mãos tem alguns papéis, que poderão ser formulários. Num segundo segmento de imagens, vê-se Sutton a dirigir-se para um portão onde a segurança lhe barra passagem, indicando um outro percurso por onde ela passa sem qualquer problema. Num terceiro e último segmento de imagens, a britânica aproxima-se de outro portão de segurança, transportando agora mais um saco, aparentemente com compras feitas na área do duty free. Em nenhum momento se nota sinais de agitação ou nervosismo. Aparentemente, toda esta movimentação está relacionada com o facto de Sutton ter perdido o voo de ligação e de a Turkish Airlines não assumir responsabilidade pelo atraso.Foi entretanto criada uma etiqueta no Twitter com a designação #JusticeforJacky onde estão a ser discutidos os acontecimentos e se pede uma "investigação séria e profunda" ao sucedido.A explicação dada pelos media turcos de que Sutton ficara perturbada por não ter dinheiro para adquirir um novo bilhete, naturalmente que é afastada como ridícula e inaceitável para alguém com mais de 20 de experiência profissional, habituada a trabalhar em situações complexas enquanto jornalista da BBC, e que conviveu de perto com circunstâncias tensas num período em que trabalhou para as Nações Unidas. Para um responsável do Programa para o Desenvolvimento da ONU, Sudipto Mukerjee, "é difícil aceitar que alguém tão experiente e habituada a viajar como Jacky Sutton cometesse suicídio" por um contratempo como o que é invocado. Para um jornalista iraquiano, Mazin Elias, com que Sutton convivia habitualmente, citado pelo Daily Mail , só o facto de ela regressar ao Iraque, "onde nada é fácil", invalida a tese de alguém disposto a tirar a própria vida à primeira contrariedade.A irmã de Sutton, que estava divorciada e não tinha filhos, viajou ontem para a Turquia para acompanhar o repatriamento do corpo e para contactos com representantes diplomáticos britânicos e com as autoridades turcas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou estar a acompanhar o caso, prestando apoio à família.Jacky Sutton falava cinco línguas, entre as quais o árabe, e preparava um doutoramento no Centro de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Nacional da Austrália.
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