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O Palácio de Queluz já foi azul. E agora vai voltar a ser

kokas

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Set 27, 2006
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Era cor de rosa e vai ser azul esmalte como foi até ao final do século XVIII. Há dois anos a equipa de conservadores pôs em marcha o plano para devolver a cor original ao edifícios. Metade está pronto.

Azul esmalte. É esta a nova cor do Palácio Nacional de Queluz, após obras de conservação e reabilitação. Substitui o antigo rosa pálido que ainda se pode ver na fachada principal. Uma decisão arriscada? Sim, mas com rede. Vestígios encontrados nas paredes permitiam dizer que as paredes exteriores já tinham tido esta cor.


"O azul era usado no manto da Virgem e pouco mais", afirma a conservadora, Sandra Alves, em conversa com o DN. "Não é uma cor que ocorra em abundância na natureza", contextualiza.
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Há quase 30 anos que se sabia que o azul tinha sido usado aqui. "No final dos anos 80 retirou-se um busto e encontrou-se azul esmalte. Não era tão estranho nos palácios", considera.
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O rosa que está atualmente na fachada Fotografia © Álvaro Isidoro/ Global Imagens
O que está a ser aplicado nas paredes de Queluz obrigou a muita investigação para lá da descoberta da cor. Encontrar o tom certo, a técnica certa. A caiação que está a ser usada pode induzir em erro. O azul parece muito escuro, mas, depois de seco, clareia, explica a conservadora. Aponta para uma das empenas. Aquelas onde foram testadas várias cores. As diferenças, pequenas que sejam, notam-se. Seria possível conseguir a mesma tonalidade recorrendo a técnicas mais recentes, mas, concordam Sandra e Carlos Marques, o outro conservador da Parques de Sintra - Monte da Lua, que gere o Palácio de Queluz (e vários outros do concelho de Sintra), "não seria o mesmo. "O efeito estético seria mais ou menos o mesmo, mas não é o respeito que se tem de ter pelo que cá está", afirma Sandra.
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